Ninguém estava preparado para lidar com uma crise tão grande quanto a do coronavírus que, está afetando não só a saúde, como também a economia mundial. Devido às medidas de isolamento, os números de faturamento estão caindo, por isso, o Sebrae preparou dicas de renegociação e portabilidade de dívidas.
As empresas já estão acostumadas a lidar com empréstimos para capital de giro, no entanto, essas medidas costumam ser tomadas com planejamento financeiro. Agora que vivemos em situação de crise, isso pode se tornar um problema. Sem planejamento, e somando fatores externos, além de a empresa já possuir algum grau de endividamento anterior, as novas dívidas podem acabar tornando-se impagáveis.
No caso dos endividamentos bons, a dívida foi contraída para investimento e expansão, assim, as receitas futuras conseguirão cumprir o compromisso com os pagamentos. Já no endividamento ruim, as despesas são para cobrir má gestão e nem sempre conseguem ser cobertas. Segundo o Sebrae, alguns dos principais motivos de endividamento são: compromissos de pagamento futuro com fornecedores (compra de insumos, matérias-primas, mercadorias etc.); financiamento para investir na aquisição de máquinas, equipamentos, reformas; empréstimo para capital de giro em função de aumento da atividade da empresa (aumento do estoque de mercadorias, inauguração de uma filial); empréstimo para capital de giro em função da necessidade de cobrir fluxos de caixa deficitários.
Confira as dicas do Sebrae sobre como renegociar as dívidas e como organizar o caixa:
Primeiramente o empresário tem que analisar com urgência o impacto da queda de faturamento no negócio, projetando possíveis cenários (pessimista, provável e otimista) para um período de 03 a 06 meses à frente, de maneira a reformular os processos operacionais da empresa.
Verificar quais custos e despesas podem ser cortados para ajustar o fluxo de caixa à nova realidade.
Verificar a possibilidade de se beneficiar das medidas do governo referentes à financiamento de folha de pagamento, redução de jornadas de trabalho, férias coletivas, entre outras. É preciso analisar bem a decisão de demitir funcionários, pois o custo de demissão pode representar uma despesa adicional nesse momento.
Negociar redução, isenção ou adiamento do pagamento de aluguéis. Lembre-se que para o locador é melhor ter uma redução de receitas agora do que ficar meses com uma loja parada sem o aluguel!
Avaliar a possibilidade de fazer adaptações nos processos, de maneira a manter a operação para, ao menos, cobrir os custos fixos do negócio.
Priorize negociar com aqueles fornecedores em que uma perda do crédito poderá representar grande impacto para o negócio. Negocie aumento de prazos ou isenções temporárias de pagamento, primeiro com os fornecedores mais importantes, deixando aqueles menos importantes para um segundo momento.
Se há pedidos em abertos junto aos fornecedores, cancele-os imediatamente antes que sejam faturados. Dessa forma, você evita compromissos futuros de pagamento que poderão dar uma folga no caixa quando as atividades voltarem à normalidade.
Uma outra etapa, talvez a mais difícil, é renegociar dívidas com as instituições financeiras, caso a empresa tenha operações de crédito (empréstimo ou financiamento) vigentes.
Se o processo de renegociação junto ao seu banco não trouxe vantagens, uma outra alternativa pode ser utilizar o mecanismo de portabilidade de crédito. Vejas as características e cuidados a serem tomadas para quem pretende utilizar o mecanismo da portabilidade:
Ticket e você. Juntos contra a crise.
Ou solicite uma proposta comercial e entraremos em contato com você.