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Paternidade ativa e inclusiva: desafios e equilíbrio na vida profissional e familiar

Pai segurando sua filha e sorrindo

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Por Tatiana Romero*

 

O movimento social que propõe novos olhares para a paternidade tem ganhado força. No Dia dos Pais deste ano, por exemplo, algumas marcas apostaram em campanhas publicitárias com esse mote, abordando o tema de formas muito particulares, considerando vários perfis de pais.

 

Nesse cenário, a paternidade ativa é um conceito que tem ganhado cada vez mais relevância, como um modelo que envolve o pai em todas as esferas da vida dos filhos e filhas, desde os cuidados básicos até a educação e o apoio emocional. Esse conceito vai além do papel tradicional de pessoa provedora, valorizando a participação afetiva e intensa no desenvolvimento das crianças. E isso se aplica a todos os pais, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.

 

Historicamente, a responsabilidade pela criação dos filhos recaiu quase que exclusivamente sobre as mulheres, em grande parte por questões culturais. Uma pesquisa da Ticket revelou que apenas 25% dos pais se consideram os principais responsáveis pelos cuidados com os filhos, enquanto 46% afirmam que suas esposas desempenham esse papel. Esse desequilíbrio reflete o desafio que muitos homens enfrentam: equilibrar a paternidade ativa com uma carreira profissional bem-sucedida.

 

No entanto, em alguns casos, o papel tradicional dos pais se inverte, com a mulher assumindo a responsabilidade financeira enquanto o seu parceiro se dedica ao cuidado da casa e dos filhos. Esse arranjo rompe com os modelos convencionais, mostrando que a criação e o cuidado das crianças podem ser igualmente compartilhados, independentemente de quem exerce a função de provedor ou cuidador. Esses desafios também são vivenciados por pais em famílias LGBTI+, que, além de lidar com a questão do equilíbrio entre vida profissional e familiar, muitas vezes enfrentam preconceitos sociais e a necessidade de validar continuamente suas capacidades parentais.

 

De acordo com o Pew Research Center, 63% dos pais relatam que não passam tempo suficiente com seus filhos devido ao excesso de trabalho, enquanto apenas 36% conseguem ser mais presentes, evidenciando o dilema entre as demandas profissionais e o desejo de um maior envolvimento na vida familiar. Para pais LGBTI+, esse dilema é ainda mais acentuado, pois muitas vezes precisam lutar para que suas estruturas familiares sejam reconhecidas e respeitadas, tanto na esfera privada quanto pública.

 

Para desenvolver a paternidade ativa, é essencial que as responsabilidades domésticas e de cuidados sejam compartilhadas entre os pais e seus cônjuges. Isso não só alivia a carga de uma única pessoa, mas também ensina aos filhos a importância da colaboração e do trabalho em equipe. Além disso, as empresas desempenham um papel vital ao reconhecer e apoiar a paternidade ativa. Políticas como licenças paternidade estendidas, horários de trabalho flexíveis e uma cultura corporativa que valorize o equilíbrio entre vida profissional e pessoal são cruciais. Quando essas práticas são inclusivas, reconhecendo e apoiando diferentes configurações familiares, elas não apenas beneficiam todos os pais, mas também promovem um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório.

 

Outro aspecto fundamental da paternidade ativa é a gestão eficaz do tempo. Estabelecer prioridades, delegar tarefas sempre que possível e reservar tempo de qualidade para os filhos são práticas que reforçam a conexão. Pais que se envolvem ativamente na criação dos filhos desenvolvem habilidades de empatia e comunicação, fortalecem seu senso de propósito e realização pessoal, e melhoram a vida familiar. Esses benefícios também se refletem em um desempenho profissional mais equilibrado e motivado.

 

As crianças, por sua vez, tendem a ter melhor desempenho acadêmico, maior autoestima e habilidades sociais mais desenvolvidas quando crescem com pais presentes e engajados. Além disso, pais que conseguem equilibrar suas responsabilidades familiares e profissionais encontram uma fonte adicional de realização e felicidade.

 

A paternidade ativa não é apenas uma escolha individual, mas um compromisso com o futuro das famílias e da sociedade como um todo. Ao reconhecer e valorizar a diversidade de experiências de paternidade, estamos construindo um mundo mais inclusivo e empático para as próximas gerações.

 

Diretora de Pessoas da Ticket sentada com pernas cruzadas com logo da empresa ao fundo
*Tatiana Romero é diretora de recursos humanos da Ticket. É formada em Administração de Negócios pela Universidade. Paulista, pós-graduada tanto em Consultoria Interna de RH quanto em RH no geral, e tem MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Em seus 25 anos de carreira, ocupou múltiplos cargos de RH em áreas de gestão, como carreira, desenvolvimento, engajamento, business partner e remuneração. Tatiana é Coach certificada e membro do grupo de Líderes da Associação Brasileira de Recursos Humanos desde 2015, além de voluntária em mentoria para o desenvolvimento de mulheres e embaixadora de projetos de diversidade e inclusão.

 

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