Sabe quando você vai se deitar depois de fazer uma refeição pesada e começa a sentir aquela queimação que, como resultado, acaba virando refluxo? A sensação é das mais desagradáveis e não é para menos: os líquidos gástricos, quando retornam para o esôfago e a garganta, têm PH entre 1,5 e 3,5. São, portanto, mais ácidos que o vinagre. Consequentemente, causam tosse e irritação.
No entanto, para cerca de 20% da população ocidental, essa sensação é mais que um mal-estar passageiro e tem nome: refluxo gastroesofágico (RGE). Essa condição impacta, acima de tudo, a qualidade de vida das pessoas. Pode se desdobrar em complicações, e certamente está ligada aos hábitos alimentares.
Neste artigo, esclareceremos as dúvidas mais populares sobre o problema. Suas causas, implicações à saúde e as frutas para quem tem refluxo. Posteriormente, você poderá testar seu aprendizado sobre o assunto em nosso quiz. Confira!
O refluxo gastroesofágico é uma condição relativamente comum que afeta cerca de 20% da população ocidental, segundo dados do Manual Médico MSD. Ele ocorre quando o ácido do estômago flui de volta para o esôfago, trazendo, como resultado, irritação e desconforto.
Normalmente, uma válvula muscular chamada esfíncter esofágico inferior (EEI) impede que o conteúdo do estômago retorne. No entanto, quando essa válvula não funciona corretamente, o ácido estomacal pode irritar o revestimento do esôfago.
De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, as causas do aparecimento da doença são diversas, como por exemplo:
– Alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos;
– Hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago, que, consequentemente, se projeta para dentro da cavidade torácica;
– Fragilidades das estruturas musculares existentes na região.
Diversos fatores podem contribuir para o refluxo. Por exemplo:
– Obesidade, já que os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa emagrece;
– Refeições volumosas antes de deitar-se;
– Aumento da pressão intra-abdominal;
– Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gás.
O refluxo crônico pode levar a complicações sérias, como esofagite, úlceras esofágicas e estreitamento do esôfago. Em casos mais graves, o refluxo pode aumentar o risco de desenvolver adenocarcinoma esofágico, uma forma de câncer.
Algumas frutas têm propriedades mais alcalinas e que, portanto, podem aliviar os sintomas. No entanto, outras devem ser consumidas com moderação. Frutas de baixa acidez, como banana, melão, pera e maçã, são geralmente bem toleradas. Confira a lista das frutas para quem tem refluxo:
– Banana: Rica em fibras, a banana é uma excelente opção para quem sofre de refluxo. Além disso, ela contém substâncias que ajudam a revestir o estômago, proporcionando alívio.
– Melão: Com baixo teor de acidez, o melão é uma escolha refrescante e suave para quem busca aliviar os sintomas do refluxo.
– Pera: A pera é uma fruta mais alcalina e rica em fibras, o que a torna uma opção segura para quem tem refluxo.
– Maçãs doces: Embora algumas pessoas possam ser sensíveis a maçãs ácidas, muitas encontram alívio ao consumir variedades de maçãs mais doces.
– Pêssego: Pêssegos frescos ou em suco podem ser bem tolerados por muitas pessoas com refluxo, pois são menos ácidos.
– Uva: Especialmente aquelas sem sementes são uma escolha suave e podem ser consumidas frescas ou em forma de suco.
– Melancia: Com alto teor de água, a melancia é geralmente bem tolerada e pode ajudar a manter a hidratação.
– Pera asiática (Nashi): Esta variedade de pera tem uma acidez mais baixa e pode ser uma alternativa interessante.
– Água de coco: Rica em eletrólitos e naturalmente hidratante, a água de coco é uma opção leve.
– Suco de cenoura: Cenouras são geralmente bem toleradas por quem tem refluxo e são uma boa opção para incluir na dieta.
Além de escolher as frutas certas, certamente é preciso considerar outros alimentos que podem ajudar a controlar o refluxo. São eles:
– Legumes de folhas verdes;
– Aveia;
– Gengibre;
– Alimentos ricos em fibras e alimentos probióticos, como iogurte.
Frutas cítricas, como laranja, limão e abacaxi, são conhecidas por sua acidez e podem irritar o esôfago, contribuindo, portanto, para o refluxo. Entenda:
– Laranja: É rica em vitamina C, mas também em ácido cítrico. Por isso, não é recomendada.
– Limão: Seja em suco ou como ingrediente, o limão é ácido e pode aumentar a acidez no estômago, agravando o refluxo.
– Abacaxi: Embora delicioso, o abacaxi é outra fruta ácida que pode desencadear sintomas de refluxo.
Além das frutas ácidas, alguns alimentos podem relaxar o esfíncter esofágico inferior (EEI), facilitando o retorno do ácido estomacal para o esôfago. Por exemplo:
– Café;
– Chocolate;
– Alimentos fritos;
– Tomate;
– Cebola;
– Hortelã.
Muita gente considera o pão como o vilão da alimentação para quem tem refluxo. No entanto, o impacto do alimento pode variar de pessoa para pessoa, e diversos fatores, incluindo o tipo de pão consumido e a sensibilidade individual, podem influenciar essa relação. Alguns aspectos que você deve considerar:
Pães integrais e de grãos inteiros são geralmente considerados mais saudáveis, pois contém fibras benéficas para a digestão. Por outro lado, pães brancos e refinados são menos nutritivos e não oferecem os mesmos benefícios.
Pães ricos em gorduras, como massa folhada ou com adição de manteiga, aumentam o risco de refluxo, pois a gordura pode relaxar o esfíncter esofágico inferior (EEI), contribuindo para o problema.
A sensibilidade ao glúten, que é uma proteína presente em alguns cereais, pode trazer sintomas gastrointestinais como, por exemplo, o refluxo.
Da mesma forma que escolher bem os alimentos é importante, dosar bem o tamanho das porções e a quantidade total de alimentos consumidos, incluindo o pão, influenciam na ocorrência de refluxo. Assim, refeições grandes e pesadas podem aumentar a pressão no estômago, favorecendo o refluxo.
Consumir pão como parte de uma refeição equilibrada e não em combinação com alimentos conhecidos por desencadear refluxo, como os ácidos, picantes ou gordurosos, pode reduzir o risco de sintomas.
O refluxo gastroesofágico é uma condição complexa, e o que funciona para uma pessoa pode não ser aplicável a outra. Suspeitando que certos alimentos, incluindo o pão, estão contribuindo para o refluxo, mantenha um diário alimentar para identificar padrões e discutir essas observações com um profissional de saúde.
Você já conheceu as frutas para quem tem refluxo e quais alimentos evitar. Agora, descubra algumas curiosidades sobre o problema.
Muitas vezes, as crises de refluxo se intensificam à noite. Isso ocorre porque, quando o corpo está deitado para descansar ou dormir – o que geralmente acontece à noite – a gravidade não ajuda a manter o ácido no estômago, trazendo, como resultado, sintomas mais intensos durante o sono.
O líquido estomacal é incrivelmente ácido, com um pH que pode variar entre 1,5 e 3,5. Essa acidez é essencial para a digestão, mas quando ocorre o refluxo, pode causar danos ao esôfago.
Uma hérnia de hiato ocorre quando uma parte do estômago se projeta para cima através do diafragma. Essa condição pode, como resultado, contribuir para o refluxo, pois enfraquece a barreira entre o estômago e o esôfago.
O refluxo também afeta crianças. Em bebês, é frequentemente chamado de “refluxo gastroesofágico do lactente” e geralmente melhora conforme a criança cresce.
A obesidade está associada a um maior risco de refluxo. O excesso de peso pode exercer pressão adicional no estômago, contribuindo para o mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior.
A tosse noturna relacionada ao refluxo muitas vezes é descrita como uma tosse seca e persistente que ocorre principalmente à noite, especialmente ao deitar-se. Isso pode ser, por exemplo, um reflexo do corpo, que tenta proteger as vias respiratórias da irritação causada pelo ácido estomacal.
Os efeitos do ácido na garganta podem resultar em irritação e inflamação do tecido, causando, então, uma condição chamada laringite por refluxo. Além disso, o ácido estomacal pode danificar as cordas vocais, levando a problemas como rouquidão ou mudanças na voz.
Então anote se é verdadeiro ou falso e confira os resultados no final!
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– Verdadeiro: A azia é frequentemente associada ao refluxo gastroesofágico.
– Falso: A tosse noturna pode ser um sintoma de refluxo, mas é preciso considerar outros fatores para associá-la à doença.
– Verdadeiro: Esse é um sintoma típico de refluxo.
– Falso: Dor no peito intensa pode indicar outras condições, como problemas cardíacos. No entanto, não causa refluxo. Consulte um profissional de saúde se tiver este sintoma.
– Verdadeiro: A irritação do ácido pode afetar as cordas vocais, causando, então, rouquidão.
– Falso: O engasgamento pode ser um sintoma de refluxo em alguns casos.
– Falso: A irritação na garganta é comum em pessoas com refluxo crônico. Portanto, pode ser considerada sintoma.
– Verdadeiro: Deitar-se logo após comer pode trazer, consequentemente, sintomas mais potentes de refluxo.
– Falso: O refluxo é comum em todas as idades. No entanto, as apresentações de sintomas podem variar de acordo com a faixa etária.
*Este quiz é informativo, mas não substitui a avaliação de um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. Portanto, se você suspeitar de refluxo ou estiver preocupado com sintomas relacionados, consulte um médico.
O refluxo gastroesofágico é certamente uma condição desafiadora, e fazer mudanças significativas na dieta desempenha um papel importante no gerenciamento dos sintomas.
Ao escolher os alimentos certos, como as frutas para quem tem refluxo, e evitando aqueles que certamente agravam o refluxo, é possível melhorar a qualidade de vida para aqueles que enfrentam o problema.
Ou seja: é fundamental tratar adequadamente a doença para prevenir danos e complicações associadas.
Em primeiro lugar, o tratamento envolve mudanças no estilo de vida, medicamentos prescritos por um profissional de saúde e, em alguns casos, procedimentos médicos ou cirúrgicos.
Portanto, se você estiver experimentando sintomas como azia frequente, dor no peito ou irritação na garganta, é recomendável procurar orientação médica para avaliação e aconselhamento adequados.
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