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Liderança liberal: o que é, benefícios e como implementar

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A gestão de pessoas está longe de ser uma ciência exata. No século XX, o líder autocrático era o modelo reinante, e a ideia de liderança liberal surgiu justamente para ir de encontro a isso.

Se há menos de um século pensar em autonomia ou em diálogo estreito entre o chefe e o funcionário beirava a blasfêmia, hoje vivemos em uma era de colaboração.

Espera-se que o líder dê autonomia ao time e lidere pelo exemplo, mais do que pelas palavras.

Nessa dinâmica, a gestão e a cultura são dois aspectos importantes, uma vez que a liberdade dada pelos gestores precisa estar de acordo com a cooperação demonstrada pelos colaboradores — e com os resultados entregues.

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O que é liderança liberal?

 

O termo “liderança liberal” surge na literatura das teorias da liderança na década de 1930. Em seu livro Field Theory in Social Science, o psicólogo Kurt Lewin descreve três tipos de líderes que costumava encontrar nas organizações:

  • O líder autocrático: mais autoritário, que impõe as próprias ideias e não abre espaço para diálogo.
  • O líder democrático: cujas decisões são tomadas por meio do consenso entre o time.
  • O líder liberal: que delega a tomada de decisões aos colaboradores, interferindo o mínimo possível na atuação deles.

Em suma, o líder liberal prioriza a autonomia e a colaboração entre o time. Isso favorece um ambiente de aprendizado e de inovação, já que força a equipe a pensar em conjunto, a buscar soluções e a agir sem a necessidade de alguém dando diretrizes o tempo todo.

A gestão da rotina é parte das atribuições de um líder. No caso da liderança liberal, ela deve ser ainda mais refinada. Para assegurar que o modelo com maior autonomia para os times funcione, o líder precisa dedicar o tempo devido ao acompanhamento.

Não esqueça: o líder precisa estar de olho para que o resultado seja atingido, afinal é para isso que ele foi contratado.

Outra tarefa importante é viabilizar que as pessoas que estão abaixo do líder na hierarquia tenham uma boa relação, criar uma dinâmica de time e gerar colaboração.

Trata-se de encontrar o equilíbrio entre autonomia versus negligência. É preciso saber delegar, mas nunca “delargar”.

 

Quais são as características da liderança liberal?

 

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As principais características da liderança liberal são tomadas de decisão descentralizadas; ambiente colaborativo; comunicação clara; maior autonomia para os colaboradores; interferência mínima do gestor.

Ao optar pela liderança liberal, dê autonomia para os colaboradores trabalharem, fortificando um ambiente que empodere pessoas. Este é um modelo que, sobretudo, exige autogestão.

Conduza a dinâmica de trabalho para o acompanhamento dos resultados, a fim de estabelecer uma disciplina de execução. Reconheça os esforços da equipe, mostrando o respeito que tem pela experiência de todos.

A base da liderança liberal deve ser a confiabilidade. Por isso, é bastante importante saber diferenciar o que é conquista do que é privilégio.

Se ao longo do tempo os times demonstram entrosamento e uma excelente capacidade de entrega, a liderança liberal pode ser uma consequência, conquistada por meio dos bons resultados.

Por outro lado, adotar um modelo de liderança mais permissivo e simplesmente aplicá-lo como um privilégio para os times pode colocar as entregas em risco.

Neste caso, o gestor precisa criar um ambiente saudável, estipular rotinas organizacionais e difundir as ideias e os conhecimentos gerados coletivamente. Um dos objetivos também é promover o aprendizado, de maneira mais horizontal.

Essa conduta deve estar alinhada à cultura da empresa, para garantir que a execução ocorra da melhor forma, por parte dos colaboradores — e que os resultados gerados  estejam alinhados aos interesses dos stakeholders.

Um passo importante quando se estabelece uma liderança liberal é delimitar quais decisões obrigatoriamente serão centralizadas e quais informações precisam ser enviadas a instâncias superiores, que devem endossar certas decisões.

Caso contrário, existe um risco de que eventuais deslizes de conduta só sejam notados quando for tarde demais.

Por isso, a comunicação é um fator-chave. Afinal, será preciso criar conexões e mostrar aos colaboradores que o gestor se importa com eles, que os projetos deles importam igualmente, e que todos trabalharão juntos para atingir os objetivos.

Ao líder liberal, cabe dar autonomia, mas mostrar aos colaboradores que eles podem contar com o próprio gestor. Esta é uma relação ganha-ganha, porque o líder certamente também poderá contar com os membros do seu time.

 

Vantagens da liderança liberal

 

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Em artigo publicado na Harvard Business Review, as especialistas em gestão Teresa M. Amabile e Mukti Khair defendem que o líder deve encorajar a colaboração, minimizar os obstáculos burocráticos, estar aberto e respeitar a diversidade de ideias.

Quando se tem uma equipe capacitada e bem-intencionada, motivada a colaborar, os resultados são atingidos. Estudos apontam um incremento de produtividade quando os colaboradores têm autonomia para atuar.

Uma pesquisa realizada pelo PageGroup aponta que um modelo de trabalho no qual as pessoas possam desenvolver as próprias formas de atuar, em vez de apenas obedecer ou replicar o que foi feito antes, é uma das grandes tendências para o futuro.

Segundo essa pesquisa, a autonomia está entre os insumos principais para o engajamento dos times e para a gestão daqui em diante.

No entanto, quanto maior o porte da empresa, mais necessário é haver coordenação — e aí está o desafio para equilibrar um modelo de liderança liberal e a coordenação por parte do gestor.

O autor e professor Scott Galloway diz: “Não acredito em equilíbrio; acredito em trade-off”. Ou seja, não se pode ter tudo, e algumas escolhas e ponderações precisam ser feitas. De novo, vale voltar à cultura da sua empresa.

Se autonomia, colaboração, inovação e liberdade forem valores para a sua organização, a liderança liberal pode ser o modelo ideal para vocês. Em um ambiente mais conservador, talvez valha a pena considerar outras opções.

 

Exemplos de liderança liberal

 

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Até aqui, você pode estar pensando que a liderança liberal é um modelo moderninho, com a cara do mundo tech ou de startups mais disruptivas. Pois eu posso garantir que isso está longe de ser verdade.

Um dos exemplos mais icônicos de liderança liberal é Jack Welch, o lendário CEO da General Electric (GE). Ainda na década de 1980, Welch revolucionou a forma de conduzir e de liderar em uma empresa bastante tradicional.

Welch seria considerado “o gestor do século” pela Fortune. O líder, cuja premissa era dar autonomia para que os especialistas da empresa agissem, tinha como lema uma frase que posteriormente ficaria bastante famosa:

“Nada é sagrado; a mudança é a regra, não a exceção”.

Outro bom exemplo de liderança liberal em um setor tradicional é Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, empresa que se tornou um conglomerado graças à visão inovadora de seu gestor.

Buffett acredita que a criatividade, a ousadia e a coragem, aliadas à expertise, são ingredientes importantes nos negócios.

Por buscar estar sempre rodeado pelos melhores profissionais em suas respectivas áreas, ele busca delegar as tomadas de decisão, confiando na equipe que ajudou a formar.

Agora indo para a área da inovação, o cofundador da Microsoft, Paul Allen, tinha a liderança liberal como um valor.

Prova disso é que, quando a Microsoft amadureceu e passou a buscar processos mais estruturados e tradicionais, Allen optou por sair da empresa que ajudou a fundar.

Por outro lado, Steve Jobs está longe de poder ser considerado um líder liberal. Pelo contrário, graças à busca insaciável pela perfeição, o fundador da Apple muitas vezes tinha como premissa que todos persistissem em algo que ele acreditasse ser o ideal.

Aficcionado pelo resultado, no entanto, o próprio Steve Jobs reconhecia a importância de dar autonomia para os grandes talentos que trabalhavam com ele. O pré-requisito para isso era, de novo, a confiança.

Jobs dizia que “Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que precisa ser feito. Nós contratamos pessoas inteligentes para que elas possam nos dizer o que fazer”.

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Conclusão

 

O mundo cada vez mais ágil, competitivo e imprevisível. E está cada vez mais claro que, para girar os ponteiros do negócio e conseguir ter os melhores resultados, será preciso ter colaboração.

Apesar de não ser uma nova forma de conduzir os negócios e de gerir as equipes, a liderança liberal se mostra ser um modelo adequado a muitos dos princípios que, atualmente, têm se tornado mais caros para muitas organizações.

Exemplos de liderança liberal mostram que é possível deixar o pessoal mais independente, com pouca interferência do líder, dando espaço para que todos possam aprender juntos, criar conexões e entregar o seu melhor.

Se estamos na era da colaboração, aderir a um modelo de gestão autoritário, verticalizado, parece contraintuitivo.

Tenha em mente que é preciso dar atenção ao modo como tudo isso se organiza. Em um primeiro momento, não dá para simplesmente entregar as tomadas de decisão para um time que o gestor ainda não conhece.

Por outro lado, é bastante contraproducente ser autoritário ou microgerenciar equipes bem ajustadas, integradas e criativas, que já se mostraram capazes de entregar resultados. É preciso delegar sem “delargar”.

Lembre-se de que autonomia precisa ser conquista, e não privilégio. O papel do líder é saber quando a maior autonomia se aplica e dosar a própria interferência sobre os colaboradores e times.

Ao optar por um modelo de liderança liberal, gerar um ambiente colaborativo e manter diálogo com todos não podem sair do radar.

 

Ricardo Basaglia é CEO da Michael Page no Brasil e é autor do best-seller Lugar de Potência. Hoje é o headhunter mais acompanhando do Brasil, produzindo conteúdo sobre Carreira & Liderança nas redes sociais e podcast. https://www.instagram.com/ricbasaglia/

 

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