A carreira em T se destaca no mercado atualmente, em que as transformações são constantes e a complexidade vira regra.
Assim, perfis profissionais rígidos perdem espaço. Ao passo que o mercado valoriza quem domina um tema, mas também sabe dialogar fora dele. E essa combinação entre profundidade e amplitude ganha nome: carreira em T.
O modelo é uma metáfora visual que responde à exigência por profissionais técnicos, colaborativos e, também, estrategicamente posicionados.
Carreira em T é um modelo de desenvolvimento que combina especialização (pense no eixo vertical da letra) com competências horizontais.
A haste vertical do “T” representa conhecimento profundo em uma área específica. Normalmente é uma habilidade técnica, como programação, finanças, engenharia, entre outras.
Já a barra horizontal indica familiaridade com outras disciplinas e competências comportamentais. Alguns exemplos são: comunicação, pensamento crítico, visão sistêmica e colaboração interfuncional.
O conceito teria nascido no Vale do Silício, mas se espalhou globalmente. Sobretudo com o aumento dos chamados “profissionais híbridos”, isto é, que transitam bem entre diferentes áreas.
Ou seja, este modelo é uma resposta à complexidade do mercado (que exige profundidade sem isolamento e amplitude sem superficialidade).
Na prática, uma carreira em T se manifesta quando o profissional combina domínio técnico com capacidade de diálogo entre áreas.
Isso permite atuar como conector entre especialidades, resolver problemas complexos e contribuir para decisões estratégicas de forma mais ampla.
Por isso, é comum ver esse modelo em cargos de liderança, inovação, gestão de produto, UX, marketing e ciência de dados.
No entanto, vale dizer que ser uma carreira em T não se trata de ser multitarefa. Isto é, não significa fazer várias coisas de maneira superficial. Ao contrário, a ideia é transitar entre especialidades mantendo profundidade em uma delas.
A carreira em T tem como objetivo principal a construção de um perfil profissional adaptável, estratégico e com alto valor agregado.
Esse modelo aumenta a empregabilidade, facilita a transição entre funções e prepara para contextos de inovação e liderança.
Empresas buscam profissionais com capacidade de transitar entre áreas, entender a lógica do negócio e colaborar em times multidisciplinares.
Outro objetivo importante é reduzir a obsolescência. A combinação de profundidade com transversalidade ajuda a manter relevância em cenários de mudança acelerada.
Por fim, trata-se de criar pontes entre especialização e impacto organizacional — e não apenas acumular certificações ou aprender por moda.
Um profissional em T combina profundidade técnica com competências amplas e relacionais. Essa combinação é o que permite navegar entre áreas sem perder a especialidade.
Na base dessa estrutura estão as hard skills. É o domínio técnico de uma área — como análise de dados, gestão financeira, engenharia ou direito. Essa é a haste vertical do “T”.
No entanto, a sustentação do modelo depende das habilidades horizontais. A começar pela comunicação clara, que permite traduzir assuntos complexos em linguagem acessível para diferentes públicos. O que costumo chamar de people skills.
Além disso, pensamento crítico e visão sistêmica se destacam como diferenciais. Essas habilidades facilitam a análise de problemas a partir de múltiplas perspectivas.
Outra competência essencial é a colaboração interfuncional. Isso envolve trabalhar com pessoas de áreas diversas, compreendendo diferentes lógicas e objetivos.
Também é comum observar nesses perfis uma boa capacidade de aprendizado contínuo. A curiosidade intelectual e a disposição para sair da zona de conforto garantem a atualização constante.
Por fim, habilidades de influência e negociação complementam o perfil. São elas que permitem articular decisões, mediar interesses e gerar impacto além do território técnico.
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Desenvolver uma carreira em T exige intenção estratégica. Por isso, o primeiro passo é consolidar uma base técnica sólida. Ou seja, escolher uma área de domínio e se aprofundar nela com consistência é essencial para formar a haste vertical do “T”.
A seguir, entra a construção das habilidades horizontais. Isso envolve ampliar repertórios, explorar temas complementares e desenvolver competências como empatia, negociação e visão de negócio.
Vale dizer que essa transição não é imediata. Ela requer exposição a outros contextos, como projetos multidisciplinares, trocas com outras áreas, mentorias e atividades fora da especialidade original.
Além disso, é necessário cultivar a curiosidade. Ler fora do óbvio, buscar formações em campos distintos e conectar saberes são atitudes que fortalecem o topo do “T”.
Participar de decisões estratégicas, acompanhar indicadores organizacionais e entender o impacto do próprio trabalho no todo também faz parte da expansão horizontal.
Por fim, o desenvolvimento da carreira em T é um processo contínuo. Envolve aprender a desaprender, revisar crenças técnicas e estar aberto a novas formas de atuar.
Sim! Aplicar o modelo de carreira em T no desenvolvimento de equipes significa formar times com especialidades distintas e competências complementares. O ponto de partida está na composição dos perfis.
Equipes eficazes combinam especialistas profundos com profissionais que possuem habilidades amplas e capacidade de diálogo entre áreas.
Além disso, a cultura da colaboração deve ser incentivada. Portanto, é fundamental criar ambientes onde a troca de conhecimento seja constante e valorizada.
Outro aspecto importante é promover a mobilidade interna. Ao circular por diferentes áreas, o colaborador amplia repertório e desenvolve habilidades horizontais com base na prática.
A liderança exerce um papel importante na construção de carreiras em T dentro das organizações. É ela quem define prioridades, aloca recursos e estimula o desenvolvimento estratégico das pessoas.
Mais do que delegar tarefas, o líder deve identificar potenciais de profundidade técnica e incentivar a ampliação de repertório. Isso significa enxergar talentos além da função atual.
O incentivo à formação cruzada é um fator-chave. Rotação entre áreas, projetos multidisciplinares e mentoria entre pares são ações que ampliam o eixo horizontal do “T”.
Além disso, é papel da liderança criar um ambiente seguro para o aprendizado. Nesse sentido, vale estimular o erro controlado, a experimentação e o acesso a diferentes pontos de vista.
Outro ponto importante é a comunicação clara sobre expectativas. Afinal, o colaborador só desenvolve uma carreira em T quando entende o valor estratégico dessa construção para o negócio.
Por isso, líderes com visão orientada aos talentos ajudam a formar profissionais mais adaptáveis, colaborativos e preparados. Assim, eles se capacitam para assumir papéis de maior impacto.
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Modelos de carreira visuais como I, T, N, π (pi) e M ajudam a compreender como diferentes perfis se desenvolvem e entregam valor em contextos organizacionais.
Cada formato representa uma combinação distinta entre profundidade e amplitude de competências. Veja uma comparação dos principais perfis, segundo a Forbes, com base nas experiências do mercado.
O modelo em I representa um profissional com profundo conhecimento técnico em uma única área, mas com pouca amplitude de atuação fora desse eixo.
É um perfil comum em profissões tradicionalmente especializadas, como engenharia, contabilidade ou pesquisa científica.
Neste caso, o crescimento é vertical, com foco em excelência técnica e senioridade progressiva dentro de um campo específico.
Embora essencial em muitas áreas, esse perfil pode enfrentar limitações em contextos que exigem colaboração interdisciplinar ou adaptação a mudanças rápidas.
A carreira em T combina profundidade técnica em uma área (vertical) com habilidades amplas em outras dimensões (horizontal).
É um perfil valorizado em ambientes que demandam especialistas que saibam dialogar fora de suas áreas.
Por isso, profissionais em T atuam como conectores entre times e temas diversos. O que os torna estratégicos para a inovação e a transformação organizacional.
O modelo em N se caracteriza por profundidade em duas áreas distintas, permitindo que o profissional transite entre dois domínios.
Por isso, a carreira em N é interessante em contextos nos quais a integração entre disciplinas é essencial, e a sinergia entre os dois campos cria perfis bastante relevantes.
O perfil em π é semelhante ao modelo N, mas inclui uma barra horizontal de competências amplas, como no T. Ou seja, trata-se de duas áreas de domínio profundo, combinadas com uma base de habilidades comportamentais e estratégicas.
Por isso, o modelo exige visão sistêmica, fluência organizacional e maturidade para atuar em mais de uma especialidade com entrega consistente.
A carreira em M envolve três ou mais áreas de conhecimento aprofundado. Além da amplitude do repertório intersetorial.
Como destaca o artigo da Forbes, o valor desse perfil está em aplicar aprendizados de um campo em outro. O que favorece a inovação, já que pode gerar conexões que, à primeira vista, podem parecer improváveis.
Vale dizer que cada modelo atende a uma estratégia distinta de desenvolvimento. Por exemplo, as carreiras em I são mais técnicas. Aquelas em T, conectivas. Já carreiras em N e π, especializadas com amplitude. Em M, complexas e inovadoras.
O importante é reconhecer o formato que melhor se conecta aos objetivos profissionais e às demandas do ambiente de negócio.
A carreira em T oferece vantagens relevantes para organizações e profissionais. No entanto, também impõe desafios que exigem gestão ativa do desenvolvimento.
Entre os benefícios, destaca-se a alta empregabilidade. Profissionais em T são versáteis, adaptáveis e ocupam posições estratégicas com mais facilidade.
A capacidade de colaboração interfuncional também se amplia. Ao compreender diferentes áreas, esses profissionais articulam soluções integradas e reduzem conflitos entre equipes.
Outro ganho importante está na resiliência de carreira. Ao diversificar competências, diminui-se o risco de obsolescência frente às transformações do mercado.
Além disso, a carreira em T potencializa a mobilidade interna. Permite transitar por diferentes áreas ou funções com mais fluidez e agilidade.
Por outro lado, há desafios a considerar. O principal é o risco de dispersão, quando o desenvolvimento horizontal compromete a profundidade técnica.
Também existe a pressão por performance em múltiplas frentes. Espera-se que esses profissionais entreguem valor tanto na especialidade quanto em dimensões estratégicas.
Outro ponto crítico é a falta de reconhecimento formal. Em empresas com modelos tradicionais, a valorização da carreira em T pode ser limitada ou mal compreendida.
Por fim, a construção desse perfil exige investimento constante. Aprender, desaprender e manter amplitude de repertório demanda energia, tempo e intenção.
Portanto, a carreira em T oferece alto retorno, mas requer planejamento cuidadoso, cultura de aprendizagem e apoio institucional.
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Perfis em T estão por trás de trajetórias de destaque no mercado global. São profissionais que combinam profundidade técnica com visão ampla e capacidade de articulação estratégica. Veja alguns exemplos!
Identificar profissionais com perfil em T exige atenção a sinais que vão além do domínio técnico.
O primeiro indicativo está na capacidade de traduzir conhecimento especializado para diferentes públicos. Profissionais em T articulam ideias técnicas de forma acessível e estratégica.
Outro sinal recorrente é a atuação colaborativa em contextos multidisciplinares. Pessoas com esse perfil se movimentam com naturalidade entre áreas e ajudam a conectar pontos em projetos complexos.
A curiosidade intelectual contínua também se destaca. São profissionais que buscam aprender fora da zona de conforto, mesmo sem obrigatoriedade formal.
Além disso, é comum que esses talentos tenham repertório diverso. Participação em iniciativas interáreas, cursos fora da formação original e experiências híbridas ajudam a mapear a barra horizontal do “T”.
Durante entrevistas, vale observar a capacidade de análise sistêmica. Profissionais em T enxergam relações de causa e efeito, riscos e oportunidades em dimensões amplas do negócio.
Testes de perfil comportamental e avaliações situacionais também podem revelar esse potencial. Especialmente quando exigem raciocínio integrado, visão estratégica e diálogo entre áreas.
Por fim, o histórico de carreira revela muito. Experiências fora do escopo tradicional, mudanças intencionais de trajetória e projetos interdisciplinares são fortes indícios do modelo em T.
Então acompanhe este checklist de competências em T para avaliação interna
Para apoiar processos de mapeamento e desenvolvimento interno, este checklist apresenta os principais indicadores de uma carreira em T.
Ele pode ser utilizado por lideranças, RHs e times de gestão para identificar talentos com potencial de atuação transversal e alto valor estratégico.
Possui domínio profundo em uma área específica e é reconhecido como referência técnica dentro da equipe.
Traduz termos técnicos de forma clara, adapta a linguagem conforme o interlocutor e facilita o entendimento coletivo.
Participa ativamente de projetos multidisciplinares e se mostra confortável em contextos que envolvem outras especialidades.
Busca conhecimento fora da zona de especialização, explora novas tendências e mantém hábito de estudo constante.
Conecta sua atuação ao impacto global do negócio. Consegue enxergar relações entre áreas, processos e resultados.
Propõe soluções integradas, levando em conta múltiplas variáveis e interesses. Atua como articulador.
Adapta-se rapidamente a novas equipes, projetos ou áreas, mantendo a entrega de valor consistente.
Conquista adesão de diferentes perfis, promove integração e atua como ponto de conexão entre pessoas e objetivos.
Profissionais com perfil em T demandam abordagens específicas de engajamento. Seu potencial está na integração entre especialidade e visão ampla. O que exige estímulo constante.
A primeira estratégia é oferecer desafios interdisciplinares. Projetos que conectam diferentes áreas são essenciais para manter o interesse e ampliar o repertório desses profissionais.
Também é importante garantir autonomia com clareza de propósito. Perfis em T valorizam liberdade para atuar, desde que conectada a metas concretas e impacto organizacional.
Outro ponto central é o acesso a múltiplas fontes de aprendizado. Treinamentos tradicionais podem não ser suficientes. Curadorias sob demanda, mentorias cruzadas e formações híbridas fazem diferença.
Reconhecimento também precisa ser repensado. Em muitos casos, o impacto desses profissionais é transversal e não cabe nos indicadores padrão de desempenho.
Além disso, vale investir em rotas alternativas de crescimento. Nem sempre o caminho hierárquico é o mais atrativo para esses perfis. Planos em Y ou trilhas técnicas valorizadas podem reter talentos com alta profundidade.
Por fim, o engajamento passa pela escuta ativa. Profissionais em T costumam ter ideias conectadas ao todo do negócio. Criar canais para que essas contribuições influenciem decisões fortalece o vínculo.
A integração da carreira em T ao plano de sucessão fortalece a preparação de lideranças mais adaptáveis, colaborativas e estratégicas.
O primeiro passo é mapear os talentos com perfil em T dentro da organização. Isso exige análises que considerem tanto o domínio técnico quanto a atuação transversal dos profissionais.
Em seguida, é necessário revisar os critérios do pipeline de sucessão. Avaliações baseadas apenas em especialização vertical limitam a identificação de perfis com visão sistêmica e capacidade de articulação interárea.
A inclusão de profissionais em T nos planos de sucessão permite formar líderes capazes de atuar em ambientes complexos, com múltiplos stakeholders e demandas simultâneas.
Também é recomendável criar trilhas de desenvolvimento personalizadas. Programas que estimulem a ampliação do repertório, a atuação em projetos interdisciplinares e a exposição a diferentes áreas aceleram a prontidão desses profissionais.
Outro ponto estratégico é usar o modelo em T como critério de seleção para posições-chave. Isso ajuda a alinhar o futuro da liderança com as competências exigidas pela transformação digital e pela cultura da colaboração.
Em contextos de mudança acelerada, não basta saber quem entrega — é preciso entender como e com qual amplitude cada pessoa contribui.
Nem todo time técnico é, de fato, estratégico. E nem toda transversalidade é sinônimo de dispersão. O equilíbrio entre profundidade e amplitude define a capacidade de adaptação da equipe.
A seguir, você verá uma ferramenta simples, mas que poderá ajudar na análise de times sob a perspectiva do modelo em T, para avaliar cada um dos quesitos:
A maioria do time atua de forma especializada, com foco profundo em um único domínio de conhecimento?
As entregas são consistentes, mas com pouca interação entre áreas?
A comunicação tende a circular dentro de silos funcionais?
Há circulação de ideias entre diferentes disciplinas ou departamentos?
O time participa de projetos integrados, com múltiplas áreas envolvidas?
Existe repertório fora da especialidade principal (ex: dados, negócios, comunicação)?
As pessoas tomam decisões com base em impactos mais amplos do negócio?
Há compreensão clara sobre o papel da equipe no ecossistema da organização?
Os profissionais atuam como ponte entre áreas, e não apenas como especialistas?
A estrutura hierárquica desincentiva a atuação entre áreas?
Existe valorização apenas da especialização vertical?
O tempo da operação consome a possibilidade de ampliar repertórios?
A carreira em T representa uma resposta concreta aos desafios do mercado. Pois ela surge como um modelo que equilibra profundidade técnica com a capacidade de articulação entre áreas, promovendo valor organizacional ampliado.
Por isso, é possível dizer que o profissional em T não é apenas multidisciplinar. Ele é estrategicamente posicionado para gerar conexões. Traduz linguagem técnica, antecipa necessidades, compõe soluções integradas e influencia decisões além de seu campo específico.
Na prática, profissionais em T criam pontes. Entre tecnologia e negócio. Entre produto e cliente. Entre dados e narrativa. Pontes que reduzem ruídos, aceleram entregas e sustentam transformações.
Quando reunidos em equipes, esses profissionais aumentam a inteligência coletiva. Constroem times menos hierárquicos e mais interdependentes, preparados para ambientes de mudança contínua.
Já do ponto de vista da liderança, integrar o modelo em T a estratégias de desenvolvimento, sucessão e engajamento é uma forma de proteger o futuro. Não apenas formar especialistas, mas desenvolver conectores.
Por isso, o investimento na carreira em T vai além de uma tendência. É uma escolha por estruturas organizacionais mais adaptáveis, inovadoras e colaborativas.
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