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O que é escuta ativa? Entenda a técnica que transforma a comunicação

Header de coluna de Ricardo Basaglia com foto, nome e perfil

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A habilidade de escuta ativa é uma competência essencial para o sucesso dos profissionais e das organizações. Afinal, vivemos em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico, que demanda por práticas mais colaborativas.

 

Você sabe o que é escuta ativa? Saiba por que ela é essencial no mundo corporativo

Empresário adulto de meia idade em reunião com colegas, praticando a escuta ativa

 

A escuta ativa é a capacidade de responder aos outros de forma que promova uma melhor comunicação e entendimento das preocupações pessoais ou profissionais.

 

Trata-se de um processo dinâmico e empático, que envolve não apenas a compreensão das palavras ditas. A escuta ativa depende também da identificação de aspectos verbais e não verbais da comunicação.

 

Isso pode ser aplicado em diferentes áreas. Na saúde, por exemplo, existe a chamada “escuta terapêutica”, cuja eficácia como parte dos tratamentos tem fortes evidências. Sustentadas, inclusive, em artigos de revisão. 

 

No entanto, a escuta ativa vai além do simples ato de ouvir. E essa ideia também é defendida pela especialista em trabalho e editora da Harvard Business Review, Amy Gallo.

 

Em um texto publicado na revista, ela defende que escuta ativa envolve demonstrar calor, interesse e respeito pela perspectiva do outro. E, a partir disso, criar um espaço de acolhimento e confiança.

 

Nesse sentido, a prática beneficia o entendimento das necessidades da equipe, melhora a relação entre liderança e colaboradores, reduzindo conflitos. 

 

Além disso, Robin Abrahams e Boris Groysberg, professores da Harvard Business School, caminham na mesma direção. Em seu próprio artigo, eles descrevem a escuta ativa com três aspectos: cognitivo, emocional e comportamental. Vamos entender isso melhor.

 

  • Cognitivo: este aspecto da escuta ativa envolve prestar atenção a todas as informações, tanto explícitas quanto implícitas, recebidas da outra pessoa. A partir disso, o ouvinte passa a compreender e integrar as informações.
  • Emocional: já este aspecto inclui permanecer calmo e compassivo durante a conversa, gerenciando reações emocionais que surjam (como irritação ou tédio).
  • Comportamental: finalmente, o aspecto comportamental envolve demonstrar, tanto de maneira verbal quanto não verbal, interesse e compreensão no diálogo.

 

Entenda a relação entre escuta ativa e empatia no ambiente de trabalho

Colegas de trabalho praticando a escuta ativa do lado de fora da empresa

 

A escuta ativa e a empatia são habilidades essenciais no ambiente de trabalho. Afinal, elas fortalecem as relações, aumentam a colaboração e promovem um clima de confiança.

 

Ainda, vale lembrar que escuta ativa vai além de simplesmente ouvir palavras. Ela exige atenção plena, interesse genuíno e a disposição de compreender o que o outro está dizendo. Ou seja, incluindo as emoções e intenções por trás das palavras.

 

Já a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e reconhecer os sentimentos desse outro como legítimos. Portanto, ao combinar essa prática com a escuta ativa, é possível criar conexões mais profundas, sinceras e significativas.

 

Essas habilidades são fundamentais para construir rapport, isto é, o vínculo de confiança e harmonia entre as pessoas. 

 

O rapport é alcançado quando se demonstra atenção plena, independentemente de quantos pontos em comum haja na interação. Além disso, reflete tanto a linguagem verbal quanto a não verbal de maneira receptiva. 

 

Para saber mais, clique aqui e descubra como construir relacionamentos e utilizar o rapport nas vendas e no relacionamento interno. 

 

No ambiente de trabalho, criar rapport ajuda a melhorar a comunicação, resolver conflitos e facilitar negociações. Além, é claro, de tornar as interações mais produtivas e satisfatórias para todas as partes envolvidas.

 

Ou seja, a prática da escuta ativa, sustentada pela empatia, é o caminho para relações mais sólidas e ambientes profissionais mais colaborativos.

 

Por isso a empatia para se conectar ao outro e estabelecer relações mais significativas é um dos pilares da escuta ativa. 

 

Atenção plena, empatia e comunicação eficaz: conheça os pilares da escuta ativa

 

A escuta ativa é uma habilidade essencial para o desenvolvimento de relações humanas saudáveis. Seja no ambiente de trabalho, seja em contextos pessoais. E ela se baseia em três pilares fundamentais: atenção plena, empatia e comunicação eficaz.

 

Mas de onde vêm esses conceitos? Como eles se conectam à prática da escuta ativa? Vamos entender melhor as origens e o impacto de cada um.

 

Atenção plena: o poder de estar presente

A atenção plena, ou mindfulness, tem raízes nas tradições meditativas do budismo. No entanto, seu impacto ultrapassou o contexto espiritual e ganhou força no campo da psicologia moderna.

 

Jon Kabat-Zinn, médico e pesquisador, foi um dos pioneiros a trazer a atenção plena para o ocidente como prática terapêutica. A partir disso, ele criou o programa de Redução do Estresse Baseada em Mindfulness (MBSR).

 

No contexto da escuta ativa, atenção plena significa estar completamente presente no momento da conversa, sem distrações externas ou julgamentos internos. Essa abordagem ajuda o ouvinte a absorver melhor o que está sendo dito. Dessa maneira, ajuda a promover uma troca mais rica e genuína entre as pessoas.

 

Quer saber o que fazer para aplicar a atenção plena em sua prática de escuta ativa? Comece desligando dispositivos eletrônicos e evitando interrupções em todas as conversas que iniciar.

 

Além disso, concentre-se no que a outra pessoa está dizendo, sem antecipar respostas ou soluções.

 

Empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro

A empatia é um conceito amplamente estudado na psicologia, especialmente por Carl Rogers, fundador da terapia centrada no cliente.

 

Mais do que entender o outro, de maneira lógica e racional, empatia envolve sentir e validar as emoções dessa pessoa. Nesse sentido, Rogers acreditava que a empatia é essencial para criar conexões humanas autênticas. 

 

Já no ambiente profissional, a empatia fortalece os vínculos interpessoais e cria um espaço de segurança psicológica. Dessa forma, as pessoas se sentem mais à vontade para se expressar.

 

Portanto, pratique a escuta sem julgamentos, demonstrando interesse genuíno pelo ponto de vista da outra pessoa. Além disso, valide sentimentos, mesmo que você não concorde com a perspectiva apresentada pelo outro.

 

Comunicação eficaz: transformar a escuta em ação

O conceito de comunicação eficaz se apoia em teorias de comunicação, como as de Paul Watzlawick.

 

Ele destacou a importância da clareza e da congruência nas interações humanas. Nesse sentido, a comunicação eficaz serviria como a ponte entre ouvir e agir. Uma visão bastante ligada à ideia central da escuta ativa. 

 

No contexto da escuta ativa, não basta apenas ouvir. É necessário transmitir de volta o que foi compreendido para assegurar que a mensagem foi captada corretamente.

 

Um exemplo de como isso pode ser feito é por meio da técnica de parafrasear, confirmando a mensagem recebida: “O que estou entendendo é que você está preocupado com o prazo do projeto. É isso mesmo?”

 

Ou seja, com essa prática, você demonstra atenção, reduz mal-entendidos e facilita a construção de soluções colaborativas.

 

A convergência dos três pilares

Atenção plena, empatia e comunicação eficaz surgem de diferentes campos do conhecimento — espiritualidade, psicologia humanista e teorias da comunicação. Mas se unem de forma eficiente na escuta ativa.

 

Juntos, esses pilares permitem a criação de ambientes mais harmoniosos, em que as pessoas se sentem ouvidas, valorizadas e compreendidas. 

 

Afinal, a comunicação interpessoal eficaz é uma base sólida para construir relações produtivas e saudáveis.

 

Para saber mais sobre comunicação interpessoal e como desenvolvê-la, clique aqui. 

 

Portanto, cultivar a escuta ativa exige prática e intenção, mas os benefícios para relacionamentos interpessoais e profissionais são inestimáveis. 

 

Como diz o provérbio africano, “Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá acompanhado.” E a escuta ativa é um dos elementos-chave para construir essas conexões que nos levam longe.

 

Descubra os três tipos de escuta e como identificar e evoluir da passiva para a ativa

Três pessoas reunidas praticando escuta ativa em uma sala de escritório ao fim do dia

 

Existem três tipos principais de escuta no ambiente profissional: escuta passiva, escuta adaptativa e escuta ativa. E cada uma representa um nível de envolvimento e intenção no ato de ouvir. 

 

Por isso, é interessante compreender suas diferenças e entender como é possível evoluir para a escuta ativa, considerada uma das mais eficazes.

 

Então, vamos iniciar pela escuta passiva. Ela ocorre quando o ouvinte está presente, mas não se envolve de fato com o que está sendo dito. Nesse caso, a atenção está dispersa, e há pouca ou nenhuma intenção de compreender a mensagem.

 

Exemplos incluem ouvir alguém falar enquanto se checa o celular. Ou quando o ouvinte apenas acena com a cabeça sem de fato absorver o conteúdo. Esse tipo de escuta pode transmitir desinteresse, prejudicando a comunicação e até mesmo o relacionamento.

 

Já a escuta adaptativa vai além de simplesmente ouvir o que está sendo dito. Ela envolve ajustar o estilo de escuta às necessidades do interlocutor e ao contexto. 

 

Segundo coluna da MIT Sloan Management Review, essa abordagem reconhece que diferentes situações e pessoas demandam graus variados de envolvimento.

 

Por exemplo, ao ouvir um colega relatar um problema técnico, a escuta adaptativa pode exigir foco em detalhes e soluções. Por outro lado, em uma conversa emocional, o foco pode ser oferecer apoio e compreensão.

 

Essa flexibilidade torna a comunicação mais eficaz e personalizada, em um nível superior ao da escuta passiva.

 

Por outro lado, a escuta ativa exige atenção total e genuína. Aqui, o ouvinte se concentra tanto no conteúdo quanto no contexto e nas emoções do emissor. 

 

Ou seja, a escuta ativa envolve não apenas ouvir as palavras. Ela também envolve captar gestos, tons de voz e subtextos, além de fazer perguntas ou parafrasear para garantir a compreensão.

 

Para ser posta em prática, esse tipo de escuta exige algumas habilidades sociais, como empatia e flexibilidade. Mas os benefícios também são muitos.

 

Afinal, a escuta ativa ajuda a promover confiança, a fortalecer relacionamentos e a melhorar significativamente a qualidade da comunicação.

 

Para saber mais sobre as habilidades sociais e por que elas são fundamentais para o ambiente corporativo, clique aqui

 

Para evoluir da escuta passiva para a ativa, passando pela adaptativa, é necessário praticar três passos fundamentais:

 

Primeiramente, elimine distrações: esteja presente de forma completa, desligando notificações e focando exclusivamente no interlocutor.

 

Em segundo lugar, demonstre interesse genuíno. Então, use gestos de encorajamento, como manter contato visual e reagir de forma adequada ao que está sendo dito.

 

Por fim, pratique a validação. Repita ou parafraseie partes da mensagem para confirmar que compreendeu, e faça perguntas abertas para explorar o assunto mais profundamente.



Desenvolver a escuta ativa e integrar a adaptativa como prática intermediária é uma habilidade que requer esforço consciente. No entanto, os benefícios vão além da comunicação eficiente, impactando positivamente a colaboração, a confiança e os resultados no ambiente de trabalho.

 

Qual é o papel da liderança no desenvolvimento da escuta ativa?

 

A liderança desempenha um papel central na promoção da escuta ativa dentro das organizações.

 

Líderes que sabem ouvir criam culturas nas quais as pessoas se sentem ouvidas, valorizadas e engajadas. Isso não apenas fortalece o vínculo entre equipes. Também gera um ambiente de segurança psicológica, essencial para a colaboração e a inovação.

 

Portanto, líderes que dominam a escuta ativa conseguem compreender os desafios e necessidades de suas equipes de forma profunda. E são capazes de tomar decisões mais empáticas e assertivas. 

 

Além disso, ao demonstrarem empatia e compreensão, as lideranças constroem relações de confiança e respeito mútuo.

 

A boa notícia é que a escuta ativa é uma habilidade treinável em quem ocupa posições de liderança. 

 

Técnicas como “ouvir até o fim” ajudam os líderes a estarem completamente presentes durante as conversas, evitando interrupções ou respostas precipitadas.

 

Já a prática de “ouvir para entender, não para resolver” prioriza a compreensão genuína antes de propor soluções.

 

Por fim, a capacidade de ouvir tanto os aspectos relacionais quanto os conteúdos apresentados permite um equilíbrio entre empatia e foco na resolução de problemas.

 

Como a escuta ativa pode transformar as relações entre colaboradores e líderes

Imagem de vista superior de funcionários motivados trabalhando juntos e exercitando a escuta ativa

 

A escuta ativa é uma ferramenta poderosa para fortalecer a relação entre colaboradores e líderes. 

 

Afinal, esse tipo de comunicação cria um ambiente de confiança. E, dessa maneira, os colaboradores se sentem mais seguros para compartilhar opiniões, sugerir inovações e expressar dificuldades.

 

Ou seja, quando líderes se dedicam a ouvir com atenção e empatia, demonstram respeito pelas ideias e preocupações da equipe.

 

Por outro lado, quando os colaboradores praticam a escuta ativa com seus líderes, os benefícios também são relevantes. Porque, dessa forma, estes colaboradores são capazes de compreender melhor as expectativas, as metas e os desafios organizacionais.

 

Essa reciprocidade gera um ciclo positivo de diálogo, em que ambos os lados se sentem ouvidos e motivados.

 

Além disso, a escuta ativa ajuda a reduzir conflitos e mal-entendidos. Líderes que a praticam conseguem captar não só o que é dito, mas também o que está implícito. Ou seja, fica mais fácil de identificar preocupações ou sentimentos não verbalizados.

 

O resultado é uma relação baseada na colaboração e no respeito mútuo. Afinal, quando líderes e colaboradores se comunicam de forma aberta e atenta, o ambiente de trabalho se torna mais produtivo. E alinhado aos objetivos organizacionais.

 

Para saber mais sobre relacionamentos interpessoais no trabalho e como desenvolvê-los de maneira eficaz, clique aqui.

 

Conheça os benefícios da escuta ativa no ambiente de trabalho

 

A escuta ativa é muito mais do que apenas ouvir. No ambiente de trabalho, ela é um diferencial que traz benefícios significativos para a comunicação e os resultados organizacionais.



Primeiro, a escuta ativa melhora a compreensão e o alinhamento. Quando as pessoas realmente ouvem umas às outras, as mensagens são captadas de maneira mais clara. O que ajuda a poupar retrabalhos, mal-entendidos e erros operacionais.

 

Além disso, essa prática fortalece os relacionamentos interpessoais. Demonstrar atenção genuína às ideias e sentimentos dos colegas cria um ambiente de confiança e respeito mútuo.

 

Isso é especialmente importante em times multidisciplinares, nos quais existe uma  diversidade de perspectivas que precisam ser integradas.

 

Outro benefício significativo da escuta ativa é a melhoria da resolução de conflitos. Isto é, a escuta ativa permite identificar as verdadeiras causas de um problema e facilita o diálogo entre os envolvidos.

 

Por fim, a escuta ativa aumenta o engajamento e a motivação dos colaboradores. Quando as pessoas sentem que suas vozes são ouvidas, tornam-se mais propensas a contribuir com ideias. Além de se comprometer com os objetivos da equipe e da organização.



Em resumo, ao adotar a escuta ativa como prática no dia a dia, as empresas otimizam a comunicação e criam uma cultura de colaboração e empatia. Fatores essenciais para o crescimento sustentável e o bem-estar no trabalho.

 

Veja o papel estratégico do RH na promoção da escuta ativa

 

O RH é um agente fundamental na disseminação da escuta ativa dentro das organizações. Afinal, ele desempenha um papel estratégico na criação de culturas organizacionais baseadas no respeito e na compreensão mútua.

 

A promoção da escuta ativa pelo RH pode ser realizada por meio de treinamentos  específicos. A ideia seria o desenvolvimento dessa habilidade tanto em líderes como nos demais colaboradores.

 

Outra estratégia é a implementação de programas de mentorias que incentivem a comunicação aberta e construtiva. Além disso, o RH pode criar espaços de feedback onde as equipes se sintam confortáveis para compartilhar suas ideias e preocupações.

 

E vale lembrar que um RH que lidera pelo exemplo também influencia a organização como um todo.

 

Ou seja, ao praticar a escuta ativa em todas as suas interações, a área promove melhores relações interpessoais. E também orienta a liderança e os colaboradores a seguirem o mesmo caminho.

 

A estratégia é clara: quando o RH posiciona a escuta ativa como uma competência essencial, a organização colhe benefícios. Maior engajamento, resolução mais eficiente de conflitos e um ambiente de trabalho mais colaborativo são apenas alguns exemplos.

 

Práticas para o RH desenvolver a escuta ativa nas equipes 

Equipe de Recursos Humanos sorridente reunida em conversa animada baseada na escuta ativa

 

A escuta ativa é uma habilidade treinável e transforma o ambiente de trabalho em um espaço onde cada voz é reconhecida e valorizada.

Portanto, o RH pode se beneficiar ao adotar algumas técnicas sugeridas pela especialista em liderança e inovação no trabalho Debra Schifrin, em seu artigo na Harvard Business Review:

 

Ensinar a escuta até o fim

Interromper uma conversa para oferecer uma solução ou compartilhar experiências similares é comum, mas pode prejudicar o entendimento da mensagem. 

 

Para evitar esse problema, o RH pode incentivar os colaboradores a praticar a escuta até o fim. Isso envolve estar totalmente presente na conversa e resistir à tentação de pensar na próxima resposta enquanto o outro fala.

 

Essa abordagem ajuda a captar nuances importantes e demonstra respeito pela fala do outro. E para colocá-la em prática, é possível simular cenários nos quais os participantes pratiquem esperar o término do relato antes de responder.

 

Em seguida, é importante oferecer feedback imediato sobre o impacto positivo dessa prática na clareza das interações.

 

Ouvir para entender, não para resolver

Muitas vezes, a tentativa de solucionar problemas imediatamente pode limitar o aprofundamento no entendimento da situação.

 

Para evitar essa questão, o RH pode treinar os líderes e equipes a ouvir com o objetivo de compreender a questão. A ideia é evitar propor soluções que possam estar desalinhadas com a realidade do time.

 

Para isso, é importante instruir os colaboradores a resumir o que ouviram após uma conversa. Frases como “O que estou entendendo é que…” seguidas de uma confirmação, como “Isso está correto?”, ajudam a alinhar percepções.

 

Além disso, realizar treinamentos de simulação para reforçar essa técnica e seu impacto positivo.

 

Afinal, essa prática é importante para fomentar confiança e ajudar que a solução esteja alinhada com o verdadeiro problema.

 

Equilibrar o conteúdo e o relacionamento

Toda conversa tem dois aspectos principais: o conteúdo (o problema ou informação em questão) e o relacionamento (a conexão entre as pessoas).

 

Colaboradores que se concentram apenas no conteúdo podem passar a impressão de desinteresse pelas emoções do outro. Enquanto quem foca somente o relacionamento pode evitar soluções práticas.

 

O equilíbrio é a chave. Então, para desenvolver essa habilidade, o RH pode buscar treinar os colaboradores a alternar entre ouvir de forma empática e estruturar uma resposta prática.

 

Promover diálogos guiados, nos quais eles possam praticar essa alternância, é uma estratégia nesse sentido. 

 

Por exemplo, um líder pode começar reconhecendo as emoções da equipe em relação a um problema. Mas, em seguida, ele deve direcionar a conversa para ações objetivas.

 

Escutar os valores subjacentes

Nem sempre as pessoas expressam diretamente suas preocupações ou motivações.

 

Por isso, identificar os valores que estão por trás de uma reclamação ou dificuldade pode ser um diferencial. O que ajuda a criar um ambiente de trabalho mais alinhado às necessidades do time.

 

Então, durante feedbacks, os líderes devem ser incentivados a perguntar: “O que nesse cenário é mais importante para você?” ou “Como essa situação impacta seus valores e objetivos?”.

 

Em seguida, podem usar as respostas para ajustar atribuições e criar um ambiente mais satisfatório para os colaboradores.

 

Por exemplo, um profissional que valoriza estabilidade pode reagir de forma mais emocional a mudanças frequentes. 

 

Portanto, identificar esses valores permite antecipar desafios e melhorar a experiência de trabalho.


Conclusão

 

A escuta ativa é uma habilidade de comunicação capaz de transformar relações interpessoais e fortalecer ambientes de trabalho. Ela permite que líderes e colaboradores construam conexões baseadas em empatia, respeito e confiança. 

 

Assim, torna-se uma ferramenta poderosa para melhorar a compreensão, resolver conflitos e fomentar o engajamento.

 

No cerne da escuta ativa está a capacidade de estar verdadeiramente presente. O que inclui captar não apenas o que é dito, mas também o que está implícito, como emoções e contextos.

 

No entanto, essa prática exige outras habilidades atreladas a ela. Entre os exemplos estão a atenção plena e um esforço consciente para eliminar barreiras à comunicação. Além, é claro, de uma postura aberta à diversidade de perspectivas. 

 

No caminho para o desenvolvimento da escuta ativa, é interessante aderir também à escuta adaptativa, que amplia o impacto dessa habilidade.

 

Dessa forma, é possível ajustar o estilo de escuta às necessidades e aos perfis específicos de cada interação. O que potencializa a influência e a colaboração.

 

Basicamente, a escuta ativa é um motor de transformação no ambiente de trabalho. Ela ajuda líderes a compreenderem os desafios e aspirações de suas equipes. Ao mesmo tempo em que encoraja os colaboradores a se sentirem valorizados e motivados.

 

Ao reduzir mal-entendidos e facilitar diálogos construtivos, ela contribui para uma cultura organizacional mais saudável, em que a comunicação eficaz é um diferencial competitivo.



Em resumo, a evolução da escuta da passiva para a ativa é um caminho que exige esforço, mas traz recompensas.

 

Desenvolver essa habilidade é investir na construção de relações mais humanas e produtivas, essenciais para o sucesso de qualquer organização.

 

Afinal, ouvir de forma atenta e genuína é mais do que um gesto: é uma escolha que transforma pessoas, equipes e resultados.

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