Planilha de orçamento: principal ferramenta de controle financeiro

Compartilhe

O primeiro passo para você poder cuidar melhor da sua vida financeira é saber exatamente quanto ganha e como gasta o seu dinheiro.

A ferramenta mais apropriada para este controle é a planilha de orçamento. Existem diferentes modelos disponíveis na internet, desde as mais simples às mais completas. Você pode fazer sua planilha no computador, celular ou até mesmo anotando em caderno, da sua forma. O caminho é encontrar a que mais faça sentido para você. Afinal, precisa ser algo que facilite sua vida e que você preencha facilmente no dia a dia.

Observar com atenção a sua planilha de orçamento lhe dá uma visão bem clara da sua situação financeira, do quanto pode realmente gastar. Isso facilita o seu planejamento, permitindo alcançar seus objetivos de forma mais eficiente.

Basicamente, uma planilha de orçamento precisa lhe dar as seguintes informações, mensalmente: 

• quanto dinheiro você recebe (receitas); 
• quanto dinheiro você gasta (despesas);
• o resultado, que é a diferença entre ambas (receitas menos despesas). 

Primeiro passo: relacione suas receitas

São as suas receitas que definem o seu poder de consumo (até quanto você pode gastar). Entram aqui o seu salário, comissões, rendimento com aplicações financeiras, pagamento recebido de aluguel etc.

Lembre-se de considerar sempre a sua renda líquida, obtida depois dos descontos. 

Por exemplo: 

Uma pessoa que recebe R$ 3 mil de salário e tem descontos no seu holerite de R$ 500, deve considerar como sua receita líquida o valor de R$ 2.500.  Este é o valor que ela efetivamente recebeu e entrou na sua conta!

Só coloque na coluna de receitas da planilha de orçamento o que você efetivamente receber: uma previsão de 10% de aumento, uma estimativa de bonificação, ou a possibilidade de receber comissão não deve ser considerada. Afinal, contar com o dinheiro incerto, e antes da hora, pode ser um problema!

Limites do seu cheque especial e do cartão de crédito não entram na definição da sua receita mensal. Lembre-se: o crédito deve ser utilizado de forma responsável.

Segundo passo: liste suas despesas

Relacione primeiro as fixas (aquelas que não costumam variar tanto, como aluguel, financiamento do carro ou do imóvel, mensalidade escolar etc.).

Ainda nas despesas, reflita muito bem sobre os gastos variáveis, que são aqueles relacionados com o consumo, como conta de luz, água etc. Quando mais completa for a sua planilha, melhor! Liste todos os gastos que puder, pois isso lhe dará uma visão muito clara da sua situação financeira. 

Terceiro passo: calcule a diferença

Pode-se dizer que essa é a hora da verdade! Compare o quanto recebe com aquilo que gasta. A planilha de orçamento permite esse diagnóstico da sua saúde financeira. Qual é a sua situação? Com o resultado em mãos, o caminho é agir: 

• seus gastos superam as receitas? É importante identificar se há caminhos para reduzir/cortar despesas, se há contas em atraso, já pensando numa renegociação, priorizando pagar primeiro as mais caras (com juros mais altos), para evitar assim o efeito “bola de neve”. É indicado, também, buscar novas fontes de renda (serviços extras, um pequeno negócio para a família, mais pessoas em casa trabalhando). Rever o padrão de gastos, ou mesmo alguns hábitos, também pode ajudar. 
• receitas e despesas “empatam”: você pode dar um novo passo, que é rever um pouco os gastos, economizar ao máximo para começar a poupar, assim vai criando este hábito. 
• receitas superam despesas: se você está conseguindo terminar o mês com dinheiro no bolso, planeje-se para poupar e investir, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo, para garantir motivação. 

Bom planejamento!