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O que é CID acompanhante e como impacta o RH? Descubra

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*Por Martha Marques

 

Você já se deparou com um atestado médico que traz a indicação de “CID acompanhante” e ficou sem saber exatamente como lidar com ele?

 

Essa é uma situação comum no ambiente corporativo e que levanta muitas dúvidas, tanto para os profissionais de Recursos Humanos quanto para os gestores.

 

Neste artigo, vamos descomplicar o assunto e mostrar tudo o que você precisa saber sobre o CID acompanhante: o que ele significa, em quais casos é aplicado e como o RH pode gerenciar essas situações de maneira eficiente e humana.

 

O que é o CID acompanhante e sua importância no contexto trabalhista

 

O CID acompanhante é utilizado em atestados ou laudos médicos para indicar que um colaborador precisa se afastar do trabalho temporariamente para cuidar de um parente ou dependente que está em uma condição médica que requer acompanhamento.

 

Essa situação pode ser necessária em casos de doenças graves, tratamentos prolongados ou condições que exijam monitoramento e cuidados constantes.

 

No contexto trabalhista, o CID acompanhante é fundamental para garantir que os direitos do colaborador sejam respeitados. Para o trabalhador, é uma ferramenta que assegura o afastamento legal e protege seus direitos, como a manutenção do emprego ou o recebimento de benefícios previdenciários.

 

Para a empresa, é uma forma de legitimar o afastamento e organizar as dinâmicas de substituição e retorno do colaborador ao trabalho, mantendo-se em conformidade com a legislação.

 

Situações em que o CID acompanhante é necessário

mulher usa cid acompanhante para cuidando do seu filho incapacitado temporariamente

 

O CID acompanhante é necessário em diversos momentos em que uma pessoa, devido à gravidade de uma condição médica, não consegue realizar atividades básicas do dia a dia sem ajuda de outra pessoa.

 

Essas situações envolvem desde doenças que afetam diretamente a mobilidade ou capacidade de cuidados pessoais até condições de saúde que demandam monitoramento constante. Veja algumas situações que se enquadram no contexto.

 

Doenças graves e tratamentos prolongados

Quando um dependente do colaborador enfrenta condições como câncer ou doenças renais, especialmente em casos de quimioterapia, diálise ou internação.

 

Recuperação pós-cirúrgica

Cuidado com dependentes que passaram por cirurgias complexas ou de grande porte.

 

Condições psiquiátricas 

Situações que envolvam transtornos mentais graves ou crises psiquiátricas de um familiar que necessite de suporte constante.

 

Gravidez de alto risco

Acompanhamento de cônjuge ou parceiro(a) em gestações que exigem atenção especial.

 

Direitos garantidos ao trabalhador

 

Quando o trabalhador apresenta um CID acompanhante, ele mantém o direito de usufruir de garantias previstas pela legislação trabalhista e previdenciária. Veja os principais pontos.

 

Licença prevista por lei

O artigo 473 da CLT assegura ao trabalhador o direito de se ausentar para acompanhar familiares em situações de necessidade médica. Esse direito está vinculado à apresentação de um atestado ou laudo médico que justifique a ausência, garantindo a proteção legal para o colaborador e evitando questionamentos quanto à legitimidade da falta.

 

Saiba mais! Faltas justificadas pela CLT: quais são os possíveis tipos?

 

Auxílio-doença

Para afastamentos que excedam 15 dias consecutivos, o trabalhador tem direito de solicitar o benefício de auxílio-doença junto ao INSS. Esse processo requer que o atestado ou laudo médico seja formalizado corretamente, especificando o período necessário para o afastamento e destacando a condição do dependente que necessita do acompanhamento. O benefício garante a segurança financeira do colaborador durante o período de afastamento.

 

Manutenção do emprego

Durante o afastamento, o trabalhador está protegido contra demissão sem justa causa, conforme a legislação vigente. Essa estabilidade é fundamental para que o colaborador tenha tranquilidade para cumprir seu papel como acompanhante, sem receios quanto à segurança do emprego. Em casos de afastamentos prolongados que envolvam benefícios do INSS, essa proteção se estende durante o período de tratamento e reabilitação.

 

Retorno ao trabalho

Quando o colaborador retorna às atividades após o período de afastamento, o empregador tem o dever de proporcionar condições adequadas para sua reintegração. Isso inclui ajustes no ambiente de trabalho ou na carga horária, caso sejam necessários, além de acolher o colaborador com empatia. Essa etapa é essencial para garantir um retorno seguro e produtivo, alinhado às condições do colaborador após o afastamento.

 

 

Procedimentos para o RH ao receber um atestado de acompanhante

 

Quando o RH recebe um atestado de acompanhante, é necessário adotar uma abordagem organizada e conforme a legislação. Veja os procedimentos.

 

Verificar a validade do atestado

Certifique-se de que o documento está corretamente preenchido, com assinatura do médico e especificação do período de afastamento.

 

Registrar a informação

Documente o afastamento no sistema de gestão da empresa para fins de controle e conformidade.

 

Orientar o colaborador

Explique ao trabalhador os seus direitos e os procedimentos para solicitar benefícios como o auxílio-doença junto ao INSS, se aplicável.

 

Planejar substituições

Garanta que as demandas operacionais sejam ajustadas para minimizar impactos.

 

Manter acompanhamento

Monitore a situação durante o afastamento e atualize os registros conforme novos atestados sejam apresentados.

 

Documentação necessária para o RH acolher o CID acompanhante

Profissional de RH verifica o cid acompanhante entregue pelo seu funcionário

 

Para acolher e processar um atestado de CID acompanhante, o RH deve estar atento à coleta e organização da documentação adequada, assegurando conformidade com as normas trabalhistas e previdenciárias. Veja os principais documentos.

 

Atestado ou laudo médico

Deve ser emitido por um profissional de saúde e conter informações claras sobre a condição do dependente que justifica o afastamento, o período necessário para acompanhamento e a assinatura do médico.

 

Documentos do colaborador e do dependente

Em alguns casos, pode ser necessário apresentar cópias da carteira de trabalho (CTPS) do colaborador, RG ou certidão de nascimento para comprovar o vínculo familiar ou dependência.

 

Declaração ou termo de responsabilidade

Algumas empresas optam por solicitar um termo formalizando que o colaborador será responsável pelo acompanhamento, especialmente em situações mais complexas. Embora não seja uma exigência legal, essa prática pode auxiliar na organização interna.

 

Relatórios médicos adicionais

Quando o afastamento é prolongado ou envolve condições de saúde críticas, pode ser solicitado um relatório mais detalhado, indicando a gravidade do caso e o tratamento em curso.

 

Comprovante de solicitação de benefícios

Caso o colaborador precise solicitar auxílio-doença ou outros benefícios previdenciários, o RH pode precisar de um comprovante do pedido junto ao INSS para documentar o andamento do processo.

 

O empregador tem obrigação de aceitar o atestado de acompanhamento médico?

 

Sim, o empregador tem a obrigação legal de aceitar o atestado de acompanhamento médico, desde que este esteja devidamente preenchido e atenda às exigências legais.

 

De acordo com o artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o colaborador pode se ausentar do trabalho para acompanhar familiares em situações de necessidade médica, e o atestado médico é o documento que legitima essa ausência.

 

Para que o atestado seja aceito, ele deve conter informações completas, como o nome do paciente (dependente), o período de acompanhamento necessário, a assinatura e o carimbo do médico responsável, além do código CID correspondente.

 

O empregador não pode se recusar a reconhecer um atestado válido ou impor exigências que extrapolem a legislação trabalhista vigente.

 

Adicionalmente, é importante que as empresas tenham políticas internas claras para lidar com esses casos, assegurando que os gestores e o RH estejam alinhados quanto aos procedimentos necessários.

 

Isso inclui prazos para entrega do atestado, orientações para o colaborador sobre seus direitos e as etapas para a regularização do afastamento.

 

Recusar um atestado válido pode expor o empregador a riscos legais, como ações trabalhistas ou denúncias junto ao Ministério do Trabalho.

 

Por isso, o acolhimento correto desses documentos não é apenas uma obrigação legal, mas também uma prática que fortalece a relação de confiança entre empresa e colaborador.

 

Desafios enfrentados pelo RH quanto ao CID acompanhante

 

Gerenciar situações relacionadas ao CID acompanhante pode apresentar diversos desafios para o RH, exigindo preparo técnico, sensibilidade e uma gestão eficiente. Conheça alguns dos principais desafios enfrentados.

 

Interpretação da legislação

Entender e aplicar as normas legais relacionadas ao CID acompanhante pode ser complexo, especialmente quando existem particularidades em cada caso. A falta de clareza nas diretrizes legais pode gerar dúvidas no RH, que precisa garantir conformidade enquanto oferece suporte ao colaborador.

 

Gestão de substituições temporárias

Planejar e implementar substituições para colaboradores afastados pode impactar a operação da empresa. O desafio está em equilibrar as demandas do negócio sem sobrecarregar a equipe, garantindo que o trabalho seja realizado com qualidade.

 

Comunicação com o colaborador

Manter uma comunicação clara, transparente e empática com o colaborador é essencial, mas nem sempre é fácil. O RH precisa garantir que o trabalhador compreenda seus direitos e responsabilidades, além de oferecer apoio durante o período de afastamento.

 

Organização de documentos e processos administrativos

O processamento de atestados, laudos médicos e solicitações de benefícios requer um sistema administrativo eficiente. A ausência de ferramentas adequadas ou a sobrecarga de processos podem gerar atrasos e inconsistências.

 

Garantia de equidade no tratamento

Cada caso envolvendo o CID acompanhante é único, mas o RH deve assegurar que todos os colaboradores sejam tratados com justiça e imparcialidade. Isso inclui evitar discriminação e aplicar políticas internas de forma uniforme.

 

Atualização e treinamento da equipe de RH

As equipes de RH precisam estar sempre atualizadas sobre as mudanças na legislação trabalhista e previdenciária, além de receber treinamento para lidar com situações sensíveis como as que envolvem o CID acompanhante.

 

Impacto na cultura organizacional

A forma como a empresa lida com casos de afastamento por CID acompanhante reflete diretamente em sua cultura organizacional. Uma abordagem inadequada pode comprometer o clima interno e a confiança dos colaboradores na gestão.

 

Para enfrentar esses desafios, o RH deve investir em capacitação contínua, adotar ferramentas tecnológicas que facilitem a gestão de afastamentos e promover uma cultura de empatia e acolhimento. Dessa forma, é possível equilibrar as necessidades da empresa com o cuidado ao colaborador e sua família.

 

Políticas internas para gestão do CID acompanhante

Cinco pessoas sorrindo para a câmera exemplificam a satisfação da empresa gerenciar bem atestados como o Cid acompanhante

 

Ter políticas internas claras e bem estruturadas é essencial para que o RH consiga gerenciar situações envolvendo o CID acompanhante de maneira eficiente e justa.

 

Essas políticas não apenas ajudam a manter a conformidade com a legislação, mas também promovem transparência e confiança entre os colaboradores. Confira os principais pontos que podem compor essas diretrizes:

 

Estabelecimento de prazos para entrega de documentos

Defina prazos razoáveis para que o colaborador entregue o atestado ou laudo médico, como até 48 horas após a ausência, garantindo tempo suficiente para a organização do RH. Esses prazos devem estar claros nos manuais ou políticas da empresa.

 

Critérios para validação de atestados

Inclua orientações específicas sobre como validar um atestado médico, verificando informações essenciais como assinatura, carimbo, CID correspondente e duração do afastamento. Políticas claras evitam ambiguidades e asseguram um tratamento uniforme.

 

Comunicação padronizada

Desenvolva modelos de comunicação interna que possam ser usados para orientar o colaborador em casos de afastamento, incluindo informações sobre direitos, prazos e procedimentos para regularizar a situação.

 

Planejamento de substituições

Prevê políticas que definam como serão geridas as substituições ou redistribuições de tarefas em casos de afastamento prolongado, garantindo a continuidade das operações sem sobrecarregar a equipe.

 

Treinamento para a equipe de RH e gestores

Inclua programas de capacitação para que os profissionais de RH e os gestores entendam os direitos trabalhistas e saibam lidar com essas situações de forma sensível e profissional.

 

Confidencialidade e proteção de dados

Reforce o compromisso da empresa com a proteção das informações médicas e pessoais do colaborador, em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Isso inclui restringir o acesso aos dados sensíveis apenas às pessoas envolvidas na gestão do caso.

 

Acompanhamento e retorno ao trabalho

Estabeleça um fluxo para monitorar o afastamento e preparar o retorno do colaborador, garantindo que ele tenha suporte adequado e que eventuais limitações sejam respeitadas.

 

Essas políticas internas não apenas simplificam a gestão do CID acompanhante, mas também demonstram o compromisso da empresa com um ambiente de trabalho humano e organizado, fortalecendo a cultura de acolhimento e respeito.

 

Conclusão

 

Gerenciar casos que envolvem o CID acompanhante é uma oportunidade de fortalecer o relacionamento entre a empresa e seus colaboradores. Ao implementar políticas claras, oferecer suporte efetivo e agir com empatia, o RH cumpre seu papel estratégico e humano, garantindo que todos os envolvidos se sintam amparados.

 

O CID acompanhante é um reflexo do compromisso da empresa com um ambiente de trabalho ético e acolhedor. Quando o processo é bem conduzido, todos saem ganhando: a empresa mantém sua operação fluida e os colaboradores se sentem valorizados em momentos de vulnerabilidade.

 

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*Martha Marques é jornalista e criadora de conteúdo há 20 anos. Para a Ticket, escreve sobre benefícios corporativos e o complexo e apaixonante mundo das relações de trabalho.

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