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Tudo o que você precisa saber sobre o treinamento da CIPA

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*Por Martha Marques

 

Garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável é uma prioridade para empresas que valorizam seus colaboradores. Nesse contexto, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) desempenha um papel importante, e o treinamento adequado é para que seus membros atuem de forma efetiva.

 

Além de atender às exigências legais, um bom treinamento contribui diretamente para a redução de acidentes, a conscientização sobre riscos e a promoção de uma cultura organizacional voltada à segurança.

 

Neste artigo, vamos descobrir como estruturar e implementar um treinamento da CIPA que realmente faça a diferença no dia a dia das empresas. Preparados?

 

O que é CIPA?

 

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é uma entidade formada por representantes de empregadores e colaboradores, criada com o objetivo de prevenir acidentes e doenças no ambiente de trabalho.

 

Prevista na legislação brasileira, essa comissão é regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 5 (NR-5), que define suas atribuições, composição e funcionamento. Entre suas principais responsabilidades estão a identificação de riscos, a elaboração de planos de ação para a segurança e a promoção de uma cultura preventiva nas empresas.

 

Qual a função da comissão?

dois homens salvando um colaborador aplicando o cipa treinamento

 

Sua função é promover a saúde e a segurança no ambiente de trabalho, atuando na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Entre suas principais atribuições estão:

 

  • Identificar e analisar os riscos presentes no ambiente de trabalho.
  • Propor medidas de prevenção para minimizar ou eliminar esses riscos.
  • Realizar campanhas e ações educativas sobre segurança e saúde ocupacional.
  • Acompanhar e avaliar a eficácia das medidas preventivas adotadas pela empresa.
  • Investigar acidentes de trabalho e propor soluções para evitar que ocorram novamente.

 

Ao integrar empregadores e colaboradores em uma única comissão, a comissão busca criar um ambiente colaborativo e engajado na construção de um local de trabalho mais seguro.

 

Requisitos legais e conteúdos do treinamento sobre o tema

 

O treinamento da CIPA é obrigatório para os membros eleitos e designados, conforme estabelecido pela NR-5. 

 

Requisitos Legais

Carga horária mínima

O treinamento deve ter, no mínimo, 20 horas de duração, distribuídas em até 8 dias.

 

Periodicidade

Deve ser realizado anualmente ou sempre que houver a formação de uma nova comissão.

 

Instrutores qualificados

O curso deve ser ministrado por profissionais especializados em segurança e saúde no trabalho.

 

Conteúdos abordados no treinamento

Identificação e análise de riscos

Técnicas para reconhecer situações de perigo no ambiente de trabalho.

 

Noções de primeiros socorros

Procedimentos básicos em casos de emergências.

 

Legislação trabalhista e normas de segurança

Entendimento das obrigações legais e regulatórias.

 

Investigação de acidentes

Métodos para apurar causas e prevenir novas ocorrências.

 

Técnicas de prevenção

Medidas práticas para evitar acidentes e doenças ocupacionais.

 

Metodologias ativas para um treinamento eficaz

equipe faz cipa treinamento com boneco e respiração com oxigênio

 

Para garantir a eficácia do treinamento, é fundamental adotar metodologias ativas que promovam o engajamento e a participação dos colaboradores. Essas abordagens vão buscar envolver os participantes em atividades práticas e dinâmicas que facilitam a compreensão e a aplicação dos conceitos no cotidiano laboral.

 

Simulações e estudos de caso

Uma das metodologias mais eficazes é a realização de simulações de situações de risco no ambiente de trabalho. Isso permite que os membros da comissão experimentem, de forma controlada, como lidar com acidentes e identificar perigos.

 

Os estudos de caso também podem ser utilizados, apresentando situações reais de empresas que enfrentaram acidentes ou problemas de segurança, desafiando os participantes a discutir soluções práticas.

 

Dinâmicas de grupo

As dinâmicas de grupo são ótimas para promover a interação e fortalecer a cooperação entre os membros da CIPA.

 

Atividades como “brainstorming” para a identificação de riscos ou “role-playing” para simular a gestão de uma emergência, por exemplo, ajudam a estimular o raciocínio crítico e a tomada de decisões rápidas, habilidades necessárias para uma atuação efetiva.

 

Saiba mais! Dinâmica de grupo: confira o guia completo! 

 

Gamificação

A gamificação, que transforma o aprendizado em um jogo, pode ser uma maneira divertida e eficaz de engajar os participantes.

 

Criar desafios, pontuações e recompensas pode aumentar a motivação e a retenção de informações.

 

Por exemplo, um jogo em que os participantes devem identificar rapidamente os riscos de segurança em um cenário simulado, ou um quiz interativo sobre legislação trabalhista.

 

Ensino colaborativo

Outra abordagem interessante é o ensino colaborativo, onde os membros da equipe são incentivados a compartilhar experiências e aprendizados com os colegas.

 

Grupos de discussão sobre temas relacionados à segurança no trabalho, como prevenção de acidentes ou melhorias no ambiente de trabalho, ajudam a construir um aprendizado mais significativo e integrado à realidade da empresa.

 

Uso de tecnologias e plataformas EAD

O uso de plataformas de ensino a distância (EAD) e ferramentas tecnológicas, como vídeos interativos e aplicativos de segurança, pode tornar o treinamento mais acessível e dinâmico.

 

Esses recursos permitem o aprofundamento no conteúdo, com a flexibilidade de estudar no seu próprio ritmo, enquanto ainda participam de atividades práticas e colaborativas.

 

Adotar metodologias ativas no treinamento  não só torna o aprendizado mais envolvente, mas também garante que os participantes internalizem melhor os conceitos de segurança e estejam mais preparados para agir em situações reais.

 

Saiba mais! Treinamento online: como montar e medir o sucesso do seu programa 

 

Quem pode ministrar o treinamento de CIPA?

 

O treinamento  deve ser ministrado por profissionais qualificados, com conhecimento técnico adequado para garantir que os participantes compreendam de maneira eficaz os conceitos relacionados à segurança no trabalho.

 

Embora a NR-5 não especifique uma qualificação exata, o instrutor precisa ter expertise nas áreas de segurança do trabalho, saúde ocupacional e legislação pertinente.

 

Geralmente, os seguintes profissionais podem ministrar o treinamento:

 

Profissionais de Segurança do Trabalho

Engenheiros de segurança, técnicos de segurança do trabalho ou especialistas com experiência na área são os mais indicados. Eles possuem o conhecimento técnico necessário para abordar a identificação de riscos, prevenção de acidentes e as principais normas de segurança.

 

Médicos do trabalho

Médicos com experiência na saúde ocupacional também podem conduzir treinamentos, especialmente quando se trata de temas relacionados à saúde no trabalho, como primeiros socorros, prevenção de doenças ocupacionais e ergonomia.

 

Professores e consultores especializados

Consultores ou instrutores especializados em segurança do trabalho, com experiência em treinamento de CIPA, podem ser contratados para ministrar o curso. Eles são capacitados para oferecer uma abordagem didática e práticas que ajudem na assimilação dos conteúdos pelos participantes.

 

Instituições de ensino e cursos certificados

Algumas empresas optam por contratar cursos de empresas ou escolas especializadas em treinamento de segurança no trabalho, que contam com instrutores qualificados e seguem as normas exigidas.

 

O importante é que o instrutor tenha experiência comprovada na área e que o conteúdo seja adaptado para a realidade da empresa e os riscos específicos presentes no ambiente de trabalho. 

 

Principais requisitos do NR-5

m homem dando palestra sobre o cipa treinamento para os seus colaboradores

 

A Norma Regulamentadora nº 5 estabelece as diretrizes para a criação e o funcionamento da comissão, visando à promoção da segurança e saúde no ambiente de trabalho. Os principais requisitos da NR-5 são:

 

Composição 

Representantes dos empregados e empregadores

Formada por membros eleitos pelos empregados e indicados pelo empregador, com o objetivo de garantir a participação de ambos na prevenção de acidentes.

 

Tamanho da comissão

O número de membros varia conforme o número de empregados na empresa. Empresas com até 50 funcionários devem ter, no mínimo, dois representantes de cada lado (empregados e empregadores).

 

Treinamento 

Treinamento obrigatório

Todos os membros devem passar por um treinamento obrigatório, com carga mínima de 20 horas. Este treinamento deve abordar temas como identificação de riscos, prevenção de acidentes, primeiros socorros, legislação trabalhista e análise de acidentes de trabalho.

 

Instrutores qualificados

O curso deve ser ministrado por profissionais qualificados em segurança do trabalho, podendo ser realizados internamente ou por meio de terceiros especializados.

 

Eleição e mandato

Processo eleitoral

A eleição dos representantes dos empregados deve ser realizada de forma democrática, garantindo que todos os trabalhadores tenham a oportunidade de votar e ser votados.

 

Mandato de 1 ano

O mandato dos membros é de 1 ano, sendo permitido que o membro seja reeleito para um novo período, caso a empresa tenha a necessidade de renovação.

 

Atribuições 

Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais

A principal função da comissão é identificar e minimizar os riscos de acidentes no ambiente de trabalho, promovendo ações de prevenção e orientando os colaboradores sobre práticas seguras.

 

Investigação de acidentes

A CIPA deve investigar acidentes de trabalho e propor medidas corretivas para evitar novas ocorrências.

 

Campanhas educativas

Realizar campanhas para conscientizar os colaboradores sobre a importância da segurança no trabalho e da prevenção de acidentes.

 

Reuniões 

Periodicidade das reuniões

O grupo deve se reunir, no mínimo, uma vez por mês, para discutir questões relacionadas à segurança e saúde no trabalho. Durante essas reuniões, são abordados temas como acidentes ocorridos, riscos identificados e propostas de melhorias.

 

Atas das reuniões

As reuniões devem ser registradas em atas, que devem ser disponibilizadas para todos os membros da comissão e para os colaboradores, garantindo transparência nas discussões.

 

Saiba mais! Reunião de trabalho: como torná-la mais produtiva e eficiente 

 

Fiscalização e Monitoramento

Monitoramento contínuo

Os participantes deve estar atenta a todas as situações de risco no ambiente de trabalho e fazer a recomendação de mudanças ou adequações para melhorar as condições de segurança.

 

Acompanhamento das ações

A comissão deve garantir que as medidas de segurança adotadas pela empresa sejam cumpridas, realizando fiscalizações periódicas.

 

Esses requisitos visam garantir que a CIPA desempenhe um papel efetivo na promoção de um ambiente de trabalho seguro, com a participação ativa dos empregados e empregadores, conforme as exigências da legislação brasileira.

 

Benefícios do treinamento da CIPA

 

Ao capacitar os membros da comissão, o treinamento garante que eles adquiram as habilidades necessárias para identificar riscos e implementar medidas preventivas no dia a dia da empresa.

 

Isso melhora a segurança dos colaboradores e pode reduzir custos relacionados a acidentes de trabalho, como afastamentos e indenizações, além de aumentar a produtividade, uma vez que um ambiente seguro favorece o bem-estar e a motivação dos funcionários.

 

Outro benefício importante do treinamento é o fortalecimento da comunicação com os colaboradores e a gestão.

 

Quando bem treinados, os membros da comissão conseguem articular melhor as questões de segurança, promovendo um diálogo aberto sobre riscos e soluções.

 

Esse alinhamento contribui para que a segurança no trabalho seja integrada à cultura organizacional, tornando-se uma prioridade tanto para empregadores quanto para empregados.

 

Saiba mais! Coluna do Basaglia – Cultura organizacional: por que é tão importante? 

 

Papel do RH na implementação e manutenção da CIPA

reunião com os colaboradores sentados sob uma mesa sobre o cipa treinamento

 

O papel do RH na implementação e manutenção da CIPA é para garantir que a comissão tenha as condições necessárias para desempenhar suas funções com eficácia.

 

Desde o início, o RH é responsável por facilitar o processo de criação da comissão, o que envolve a organização das eleições, a definição das atribuições e a comunicação sobre a importância da comissão para toda a empresa.

 

A área de recursos humanos também deve garantir que o treinamento seja realizado de forma adequada, alinhando os conteúdos às necessidades específicas da empresa e assegurando que os membros da comissão recebam a capacitação necessária para agir de forma preventiva.

 

Além disso, o RH deve ser um facilitador constante na integração com outras iniciativas da empresa, como programas de saúde e segurança do trabalho, comissões de qualidade de vida e treinamentos continuados.

 

Isso garante que a comissão não funcione de maneira isolada, mas integrada a uma estratégia mais ampla de bem-estar e segurança no ambiente de trabalho.

 

Saiba mais! Do conhecimento à prática: descubra os benefícios da educação continuada 

 

O RH deve ajudar na resolução de obstáculos que possam surgir, como falta de recursos ou dificuldades de comunicação, e garantir que a alta gestão esteja comprometida com as recomendações da CIPA.

 

Esse apoio fortalece a comissão e reforça a cultura de segurança da empresa, tornando-a uma prioridade para todos os colaboradores.

 

O RH também desempenha um papel no monitoramento dos resultados das ações da CIPA, avaliando periodicamente o impacto das medidas adotadas na redução de acidentes e no aprimoramento das condições de trabalho.

 

A análise de dados, como taxas de acidentes, número de afastamentos e feedback dos colaboradores, é uma ferramenta importante para ajustar e melhorar as estratégias de segurança no trabalho, garantindo que a CIPA continue evoluindo e cumprindo seu papel de forma eficaz.

 

Integração da CIPA com outras iniciativas de Segurança no Trabalho

 

Uma das formas de integração é por meio da colaboração entre a comissão e o Comitê de Saúde e Segurança, caso exista na organização.

 

Juntos, esses grupos podem desenvolver projetos conjuntos, como campanhas de conscientização e auditorias internas, que abordam riscos específicos em áreas distintas.

 

A troca de informações e experiências entre as diferentes comissões contribui para a construção de uma visão mais ampla e precisa das necessidades da empresa em termos de segurança e saúde no trabalho.

 

Saiba mais! A importância das campanhas de conscientização para qualidade de vida no trabalho 

 

A CIPA pode ser também um elo importante entre as iniciativas de ergonomia e a gestão de segurança no trabalho.

 

Empresas que implementam programas de ergonomia para melhorar as condições de trabalho dos funcionários podem contar com a CIPA para identificar situações de risco relacionadas a postura, mobiliário inadequado ou excessos de carga.

 

Dessa forma, a comissão ajuda a garantir que as práticas ergonômicas sejam efetivamente incorporadas nas rotinas diárias da empresa, minimizando o risco de lesões.

 

Outra integração relevante ocorre com o Sistema de Gestão de Segurança, onde a CIPA pode colaborar na implementação de normas e práticas de segurança padronizadas.

 

A comissão pode atuar como um canal de feedback, fornecendo insights valiosos sobre como as políticas de segurança estão sendo aplicadas no chão de fábrica ou no escritório.

 

Esse processo contínuo de avaliação e ajuste garante que a gestão da segurança seja sempre atualizada e alinhada às necessidades reais dos trabalhadores.

 

Conclusão

 

 colaboradores juntando as mãos felizes e sorrindo comemorando o fim do cipa treinamento

 

É importante destacar que o treinamento da CIPA não se limita à transmissão de informações, é uma verdadeira construção de uma cultura organizacional voltada para a prevenção e segurança.

 

Ele permite que a comissão atue de maneira proativa, criando um ambiente onde a segurança é discutida de forma constante e colaborativa.

 

Essa abordagem protege os colaboradores e fortalece a imagem da empresa como responsável e comprometida com o bem-estar de sua equipe.

 

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*Martha Marques é jornalista e criadora de conteúdo há 20 anos. Para a Ticket, escreve sobre benefícios corporativos e o complexo e apaixonante mundo das relações de trabalho.

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