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Coluna do Basaglia – O que é motivação intrínseca e como estimulá-la na empresa

Header de coluna de Ricardo Basaglia com foto, nome e perfil

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A motivação é um dos motores do desempenho humano. No ambiente de trabalho, ela pode ser impulsionada por fatores externos, como bônus e prêmios. Ou por uma força mais profunda e duradoura: a motivação intrínseca.

 

Mas, se essa motivação vem de dentro, qual o papel das empresas e lideranças? Como criar um ambiente que fortaleça esse impulso?

 

Tendo isso em vista, vamos explorar a importância da motivação intrínseca. Além de suas principais armadilhas e do impacto dela no engajamento e na construção de times de alta performance.

 

Entenda o que é motivação intrínseca

Mulher trabalhando em seu laptop demonstrando motivação intrínseca

 

A motivação intrínseca é aquela que vem de dentro do próprio indivíduo. Ela é impulsionada pelo prazer, interesse ou significado que a atividade proporciona, e não por recompensas externas, como dinheiro ou reconhecimento.

 

Por exemplo, quando uma pessoa se envolve em uma tarefa porque genuinamente gosta, ela está agindo sob motivação intrínseca.

 

No ambiente de trabalho, isso significa que um profissional sente satisfação pelo próprio ato de desempenhar suas funções. Seja porque encontra propósito no que faz, gosta de resolver problemas complexos ou sente-se realizado ao se desenvolver.

 

Saiba qual é a importância e as vantagens da motivação intrínseca

 

A motivação intrínseca é essencial para a alta performance e a inovação. Diferente da motivação extrínseca, que depende de incentivos externos (bônus, promoções, prêmios), a intrínseca é mais duradoura e sustentável. Entre suas principais vantagens, estão:

 

  • Maior engajamento: pessoas motivadas internamente tendem a se envolver mais nas atividades, sem precisar de cobranças constantes.
  • Melhor aprendizado e criatividade: quando há interesse genuíno, a disposição para aprender e buscar soluções inovadoras aumenta.
  • Resiliência e persistência: diante de desafios, quem tem motivação intrínseca tende a persistir, pois o próprio processo já é recompensador.
  • Satisfação e bem-estar: trabalhar com algo que gera prazer e propósito contribui para um ambiente mais positivo e produtivo.

 

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Veja os determinantes para a motivação intrínseca

 

A motivação intrínseca não surge do nada. Ela depende de alguns fatores-chave, que podem ser estimulados tanto pelo próprio indivíduo quanto pelo ambiente organizacional. Veja alguns deles:

 

Autonomia: ter liberdade para decidir como realizar uma tarefa aumenta o senso de controle e a motivação.

Propósito: entender o impacto do próprio trabalho e sentir que ele contribui para algo maior fortalece a motivação.

Desafio adequado: atividades que exigem esforço e proporcionam um nível adequado de dificuldade geram maior envolvimento.

Feedback significativo: reconhecimento pelo progresso e pelas conquistas ajuda a manter a motivação elevada.

Oportunidades de crescimento: ambientes que estimulam aprendizado contínuo e evolução profissional incentivam a motivação interna.

 

Você conhece a Teoria da Motivação? Saiba como ela explica comportamentos

Mulher com expressão relaxada faz alongamento no trabalho e demonstra motivação intrínseca

 

As teorias da motivação mostram que o comportamento humano é impulsionado por forças internas, ligadas às necessidades individuais. Uma das abordagens mais conhecidas é a teoria da motivação de Maslow.

 

Segundo Maslow, nossas necessidades se organizam em uma pirâmide. Na base, estão as fisiológicas (como alimentação e sono) e as de segurança (proteção contra riscos e incertezas).

 

À medida que essas necessidades são atendidas, buscamos as sociais (relacionamentos e pertencimento), seguidas pelas de estima (autoimagem e reconhecimento).

 

No topo da pirâmide, vem a autorrealização – o desejo de crescer, se desenvolver e atingir o próprio potencial máximo.

 

Isso explica por que diferentes pessoas se motivam de formas distintas.

 

Ou seja, alguém que sente sua segurança ameaçada, por exemplo, dificilmente estará preocupado com crescimento pessoal. Afinal, sua energia estará voltada para resolver essa necessidade mais básica.

 

Por outro lado, quem já tem estabilidade busca desafios maiores, reconhecimento e propósito.

 

Nas empresas, essa lógica é fundamental. Afinal, não basta oferecer bons salários se o ambiente de trabalho gera insegurança. Da mesma forma, equipes já bem remuneradas podem perder engajamento se não enxergarem propósito no que fazem.

 

Quais as diferenças entre motivação intrínseca e motivação extrínseca?

 

Uma pessoa se empenhar em uma tarefa com a expectativa de uma recompensa externa. Ou, então, por impulso interno, movido pelo prazer da atividade em si.

 

Essas duas forças são conhecidas como motivação extrínseca e motivação intrínseca, segundo definição publicada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

A motivação extrínseca acontece quando um comportamento é direcionado por fatores externos, como salários, prêmios ou reconhecimento.

 

Um exemplo clássico é o pagamento por produtividade: quanto mais um profissional entrega, maior sua recompensa.

 

Esse tipo de motivação pode ser uma faca de dois gumes. Afinal, se o estímulo externo for retirado, o engajamento tende a cair.

 

Já a motivação intrínseca surge de dentro para fora. Ela ocorre quando alguém realiza uma atividade porque gosta do processo, sente prazer no aprendizado ou se desafia a melhorar.

 

Diferente da extrínseca, essa motivação não depende de recompensas externas e, por isso, costuma ser mais sustentável no longo prazo.

 

Entenda o impacto do reforço extrínseco

Homem asiático se apoia  em painel de vidro com expressão relaxada demonstrando motivaçãoo intrínseca

 

O comportamento humano é moldado por estímulos. Quando falamos de motivação, o reforço extrínseco — recompensas externas que incentivam uma determinada ação — pode ser determinante.

 

Afinal, se há um estímulo externo claro, as pessoas tendem a responder a ele. Porém, se esse estímulo desaparece, o comportamento que ele gerava também tende a enfraquecer. Isso é o que aponta um estudo publicado pela FGV.

 

No ambiente de trabalho, fica ainda mais evidente. Pois, quando um profissional recebe um bônus por atingir metas, por exemplo, ele se sente incentivado a repetir aquele desempenho.

 

Mas o que acontece se a recompensa for retirada? Se a motivação do indivíduo dependia exclusivamente desse fator externo, o engajamento poderá cair.

 

Por isso, o reforço extrínseco funciona bem no curto prazo. Mas tem limitações quando o objetivo é construir uma cultura de alta performance e engajamento duradouro.

 

Qual é o impacto dos treinamentos corporativos na motivação dos colaboradores durante?

 

Treinamentos corporativos bem estruturados vão muito além da transferência de conhecimento. Eles podem ser uma ótima ferramenta para estimular a motivação dos colaboradores.

 

No entanto, isso só acontece quando o treinamento é pensado de forma estratégica. Considerando não apenas o conteúdo, mas também a experiência do aprendizado.

 

Afinal, quando um colaborador percebe que o treinamento contribui para seu desenvolvimento pessoal e profissional, ele se engaja mais. Isso acontece porque treinamentos eficazes ativam tanto a motivação extrínseca quanto a intrínseca.

 

Já os treinamentos tradicionais, muitas vezes, falham em gerar esse engajamento. Pois aulas monótonas, conteúdos teóricos excessivos e pouca interação acabam transformando o aprendizado em uma obrigação, em vez de oportunidade.

 

Descubra como a gamificação se relaciona com os dois modelos de motivação

Homem com motivação intrínseca analisa informações no seu tablet

 

A gamificação — ou o uso de elementos de jogos no contexto corporativo — tem um papel essencial para equilibrar motivação extrínseca e intrínseca nos treinamentos. Ela torna a experiência mais envolvente, ativando diferentes gatilhos de motivação.

 

No âmbito da motivação extrínseca, pontuações, rankings, recompensas e desafios despertam o senso de competição saudável e incentivam a participação. Afinal, o colaborador quer atingir objetivos concretos e vê valor nas conquistas que isso proporciona.

 

Já para ativar a motivação intrínseca, é possível usar elementos como narrativas envolventes, desafios progressivos e feedback imediato. Assim, o colaborador se sente motivado porque vê evolução e se diverte no processo.

 

Por isso, quando bem aplicada, a gamificação transforma treinamentos em experiências imersivas e eficazes. Nelas, os colaboradores aprendem não apenas por obrigação, mas porque encontram sentido e prazer na jornada.

 

Entenda a importância da motivação intrínseca no engajamento profissional

 

A motivação intrínseca ocorre quando o próprio trabalho é a fonte do engajamento. Por isso, pessoas que sentem prazer e enxergam propósito no que fazem tendem a apresentar uma performance mais consistente.

 

Ou seja, elas não trabalham apenas para cumprir tarefas, mas porque veem sentido no que entregam.

 

Clique aqui e acesse o “Guia para aumentar o engajamento de colaboradores”

 

Qual é o papel da liderança corporativa para a motivação dos colaboradores?

 

Se motivação fosse apenas uma questão de metas e recompensas, liderar seria fácil. Mas a realidade é bem diferente. Ou seja, o verdadeiro papel de um líder na motivação dos colaboradores não está em oferecer prêmios ou discursos inspiradores.

 

É importante que o líder crie um ambiente onde as pessoas sintam que seu trabalho tem valor e propósito. Por isso, meu amigo Bernardinho, ex-treinador da seleção brasileira de vôlei, diz: “ninguém motiva ninguém — a motivação vem de dentro”.

 

No entanto, o líder pode (e deve) ser um mediador desse processo. E garantir que sua equipe tenha os elementos certos para se manter engajada. Isso passa por:

 

  • Criar conexão com a estratégia: a equipe precisa entender como seu trabalho contribui para os objetivos da empresa. Porque estratégia sem engajamento é só um plano no papel.
  • Oferecer desafios alinhados ao crescimento: profissionais motivados querem evoluir. E quando sentem que estão estagnados, perdem o interesse.
  • Reconhecer e valorizar o esforço: um bom líder entende que reconhecimento não é só bônus e promoção. Ele inclui também feedback genuíno e valorização do impacto gerado.
  • Dar autonomia e confiança: pessoas motivadas não querem apenas seguir ordens. Elas querem sentir que têm voz e espaço para contribuir.

 

No fim das contas, o papel da liderança não é “motivar” no sentido tradicional, mas sim remover as barreiras que impedem a motivação intrínseca de surgir.

 

Como um líder motivador ou líder coach pode atuar?

Mulher trabalhando a noite desenvolve estratégias para estimular a motivação intrínseca em sua equipe

 

Não existe uma fórmula para a motivação. Portanto, o que engaja um profissional pode não fazer sentido para outro. E é justamente aí que entra o papel do líder: compreender o que move cada um e criar um ambiente que favoreça essa motivação.

 

Rachel Pacheco, professora da Wharton School, propõe que a chave está em identificar os principais motivadores individuais. E trabalhar para que sejam atendidos.

 

Nesse sentido, a abordagem considera três grandes necessidades que impulsionam a motivação intrínseca, segundo artigo publicado em HSM Management:

 

  • Realização

Algumas pessoas encontram motivação no desafio. Elas querem metas claras, progresso mensurável e feedback constante. E valorizam ambientes meritocráticos, onde seus esforços sejam reconhecidos e recompensados.

 

Para esses profissionais, promoções, projetos desafiadores e reconhecimento específico pelo trabalho feito são grandes combustíveis.

 

  • Poder

Há quem se motive pelo impacto que pode gerar e pela influência que pode exercer sobre os outros. Para esses colaboradores, competição, autonomia e responsabilidade são essenciais.

 

Por isso, atribuir desafios estratégicos, recompensar suas boas decisões e destacar suas contribuições pode ser um diferencial.

 

  • Pertencimento

Para alguns, a motivação vem da conexão com o grupo. Ou seja, eles prosperam quando se sentem parte de uma equipe forte e valorizam relações interpessoais sólidas.

 

Portanto, construir um ambiente colaborativo, criar espaços para interação e garantir que não se sintam excluídos é importante para engajá-los.

 

Cada pessoa tem um motor interno diferente. Quando o líder entende isso e age para impulsioná-lo, o impacto na motivação e no desempenho da equipe é imenso.

 

O “pulo do gato” está em sair do discurso genérico sobre motivação e partir para ações que realmente façam sentido.

 

Qual a importância da motivação intrínseca para o RH?

 

Se a motivação vem de dentro, o papel do RH é ajudar a criar um ambiente onde a motivação intrínseca possa prosperar.

 

Por isso, o RH atual não pode se limitar a benefícios e incentivos financeiros. Não que esses fatores não sejam importantes. Mas a verdadeira vantagem competitiva está em um time engajado porque quer, e não apenas porque precisa.

 

Nesse sentido, quando os colaboradores encontram sentido no que fazem, o desempenho, a inovação e a retenção aumentam naturalmente.

 

Além disso, a motivação intrínseca no contexto do RH impacta diretamente:

  • A produtividade: profissionais motivados trabalham melhor e com mais qualidade.
  • O clima organizacional: pessoas que gostam do que fazem contribuem para um ambiente mais positivo e colaborativo.
  • A atração de novos talentos: empresas que valorizam a motivação intrínseca constroem uma cultura forte e atraente para profissionais qualificados.

 

Ou seja, um RH estratégico ajuda a desenvolver um ecossistema no qual a motivação intrínseca se fortalece e gera resultados.

 

Clique aqui e entenda o conceito de RH estratégico e saiba como implementá-lo na sua companhia!

 

Conheça as potenciais armadilhas potenciais que afetam a motivação intrínseca e saiba como escapar

 

A motivação intrínseca pode ser sufocada por algumas armadilhas organizacionais. Ou seja, há fatores que, muitas vezes, surgem de boas intenções, mas acabam desmotivando as pessoas em vez de impulsioná-las.

 

Então, conheça algumas armadilhas que drenam a motivação intrínseca e o que pode ser feito para evitá-las.

 

Foco excessivo em recompensas externas

O cérebro humano responde bem a incentivos externos no curto prazo, mas, com o tempo, eles podem gerar uma relação transacional com o trabalho. Ou seja, o colaborador passa a se engajar apenas quando há uma recompensa imediata.

 

Afinal, reconhecimento e bonificações são importantes. Mas, quando são o único ou principal combustível para o engajamento, a motivação intrínseca pode se enfraquecer.

 

Como escapar?

Vincule o trabalho a um propósito maior, pois a motivação verdadeira vem de enxergar o impacto do que se faz.

 

Por exemplo, um engenheiro de software, por exemplo, não escreve código apenas para cumprir metas, mas para criar soluções que facilitam a vida de milhares de pessoas.

 

Além disso, recompense o esforço, não apenas os resultados. Pois, se a única coisa que importa são metas atingidas, o time pode evitar desafios ou buscar atalhos para isso.

 

Ambiente de pressão constante

Muitas empresas confundem exigência com desempenho. Mas existe uma linha tênue entre um ambiente desafiador e um ambiente sufocante. Afinal, quando a pressão se torna excessiva, a motivação intrínseca é substituída pelo medo.

 

Como escapar?

Equilibre desafio e suporte. Pois pessoas precisam ser estimuladas, mas também precisam sentir que têm suporte para crescer.

 

Então, dê espaço para a experimentação. Afinal, se o medo de errar for maior que a vontade de inovar, ninguém arrisca nada novo.

 

Além disso, incentive uma cultura em que testar e aprender sejam bem-vindos.

Mas atenção à sobrecarga, pois alta performance não significa excesso de trabalho.

 

Falta de autonomia e reconhecimento

A motivação intrínseca está diretamente ligada à sensação de autonomia. Isto é, a liberdade para tomar decisões e influenciar os rumos do próprio trabalho.

 

Portanto, quando um colaborador sente que não tem controle sobre o que faz ou que não é valorizado, o engajamento cai.

 

Como escapar?

Dê liberdade para que as pessoas tomem decisões. Nesse sentido, valorize ideias e iniciativas, lembrando que o reconhecimento não precisa vir apenas na forma de bônus ou promoções.

 

Um feedback genuíno sobre o impacto do trabalho de alguém, por exemplo, pode ser mais poderoso do que qualquer premiação.

 

Outra possibilidade é criar pequenos rituais de reconhecimento, como compartilhar conquistas em reuniões, destacar boas práticas ou ouvir ideias ativamente.

 

Ausência de propósito claro

Quando um profissional não vê sentido no que faz, o trabalho se torna uma sequência de tarefas mecânicas. E a verdade é que ninguém se motiva de verdade apenas para cumprir protocolo.

 

Como escapar?

Conecte o trabalho ao impacto real. Para isso, deixe claro como cada atividade contribui para o todo.

 

Outro fator importante é fortalecer a cultura organizacional de modo que as pessoas se conectem mais com os valores e o propósito da empresa.

 

Basicamente, pequenos ajustes fazem a diferença para manter equipes engajadas, produtivas e satisfeitas.

 

No fim das contas, a chave está em equilibrar desafios, autonomia, reconhecimento e propósito. Criando, assim, um ambiente onde as pessoas queiram estar, e não apenas onde precisem estar.

 

Conclusão

 

Criar um ambiente que favoreça a motivação intrínseca é essencial para o sucesso a longo prazo das organizações.

 

Afinal, quando as pessoas estão motivadas pelo prazer em realizar suas atividades e pelo propósito, o desempenho fica mais sólido.

 

No entanto, é preciso estar atento às armadilhas para a motivação, como o foco excessivo em recompensas ou pressão constante.

 

Em resumo, a motivação intrínseca é um dos motores da performance e da realização profissional. Ela não pode ser imposta, mas pode ser cultivada — tanto pelos indivíduos quanto pelas lideranças.

 

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