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Como negociar salário: guia para profissionais de RH

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Duas pessoas apertam as mãos em acordo sobre como negociar salário

 

*Por Martha Marques

 

Como negociar salário? Uma questão que podem causar ansiedade tanto para quem está contratando quanto para quem está sendo entrevistado. Sabemos que essa conversa vai muito além dos números — é uma oportunidade para alinhar expectativas, fortalecer a cultura da empresa e, acima de tudo, garantir que o profissional se sinta valorizado desde o primeiro contato. Mas, sejamos honestos, não é uma tarefa simples.

 

No papel de recrutador, o desafio é oferecer uma remuneração justa e competitiva, mas também entender o timing certo para trazer o assunto à mesa e, uma vez posto, como negociar salário de forma estratégica. Afinal, um acordo ruim pode gerar insatisfação, rotatividade e até prejuízos à imagem da empresa. E não é isso que queremos, certo?

 

Por isso, vamos falar sobre como negociar salário — desde os fatores que influenciam a definição do pagamento até como lidar com contrapropostas ou abordagens. Nosso objetivo é trazer dicas práticas e reflexões para que o RH saiba como negociar salário com segurança, e, claro, com o equilíbrio necessário para alinhar interesses e fortalecer a relação com o candidato.

 

O que é negociação salarial?

 

Quando falamos sobre como negociar salário, a primeira coisa que vem à mente é a clássica conversa sobre dinheiro. Mas a verdade é que esse processo é mais que isso. Entender como negociar salário é como colocar na balança o valor que o profissional traz para a empresa e o que a organização está disposta a oferecer em troca.

 

A negociação salarial é, na verdade, uma grande oportunidade para alinhar expectativas, reforçar a proposta de valor da empresa e, claro, garantir que o candidato sinta que está fazendo uma escolha certa. Não se trata apenas de acertar o valor bruto na folha de pagamento; saber como negociar salário envolve também benefícios, plano de carreira e, até mesmo, a cultura organizacional que o novo colaborador vai encontrar. É aqui que o RH pode fazer a diferença, mostrando que uma empresa está comprometida em valorizar o talento de formar justa.

 

Seja na contratação de um novo profissional ou em um ajuste salarial de alguém que já faz parte da equipe, saber como negociar salário é encontrar o ponto de equilíbrio entre as expectativas do colaborador e o que a empresa pode oferecer. E mais, conduzir essa conversa com transparência e empatia, para estabelecer uma relação de confiança desde o início.

 

Quando pode ocorrer uma negociação salarial?

Homem e mulher no processo de como negociar salário no período de contratação

 

Saber como negociar salário não é algo necessário apenas no processo seletivo. Na verdade, ela pode surgir em diferentes momentos da trajetória de um profissional na empresa. O mais óbvio é durante a contratação, quando o recrutador e o candidato discutem os valores e os benefícios que farão parte da proposta de trabalho. Esse é o ponto de partida, mas está longe de ser o único.

 

Outro momento muito comum é quando há uma promoção ou mudança de cargo. Ao assumir novas responsabilidades, é natural que o colaborador também tenha expectativas de uma atualização salarial que reflita esse crescimento. Aqui, o RH precisa saber como negociar salário para alinhar o que a empresa pode oferecer com o que o colaborador espera, garantindo que o ajuste faça sentido para ambos os lados.

 

Além disso, existem as revisões salariais periódicas, que costumam acontecer anualmente ou em períodos definidos pela empresa. Nesse caso, a negociação pode ocorrer a partir de um feedback sobre o desempenho do colaborador, a análise de mercado ou até mesmo a situação financeira da empresa. E, claro, em momentos de crise, como ocorreu na pandemia de Covid-19, saber como negociar salário pode ser necessário para reajustes ou contenção de despesas, exigindo um diálogo ainda mais cuidadoso e transparente.

 

Por fim, não podemos esquecer as situações em que o próprio colaborador pede uma revisão salarial. Seja por sentir que o salário não reflete mais suas responsabilidades ou por estar recebendo propostas externas, é importante que o RH saiba como negociar salário para ouvir e avaliar essa demanda de forma justa e estratégica.

 

Qual a importância de saber como negociar salário?

 

A negociação salarial representa um momento estratégico para o RH, com impactos diretos na competitividade da empresa no mercado de talentos e na saúde financeira da organização. Uma negociação bem conduzida pode ser o ponto de equilíbrio entre atrair os melhores profissionais e manter o orçamento dentro de limites realistas.

 

Além disso, um RH que sabe como negociar salário reflete a postura da empresa em relação ao mercado de trabalho. Uma remuneração baixa demais pode desvalorizar a marca empregadora, afastando bons candidatos. Por outro lado, a capacidade de negociar pacotes de pagamentos justos, equilibrados e competitivos reforça a imagem de uma empresa que respeita e valoriza seus colaboradores.

 

Outro ponto essencial é o controle de expectativas a longo prazo. Não saber como negociar salário no início pode gerar frustrações, pedidos de aumentos salariais frequentes ou até insatisfação, que podem culminar em alta rotatividade. Assim, uma negociação bem estruturada desde o início evita surpresas e ajuda a construir uma relação mais estável e produtiva com a empresa.

 

Por fim, a negociação salarial também está atrelada à gestão financeira da empresa. Ela faz parte de um planejamento que considera orçamento, desempenho da organização e planejamento de longo prazo. Um RH bem-preparado equilibra essas variações com habilidade, garantindo que as negociações atendam às expectativas dos colaboradores e mantenham a saúde financeira da empresa.

 

Como definir o salário para uma vaga?

Dupla do rh faz pesquisa de mercado para definir como negociar salário

 

A definição salarial começa antes mesmo de olhar para o mercado ou calcular valores. Tudo se inicia com a compreensão profunda do que a vaga em questão representa dentro da estrutura da empresa. Quais serão as responsabilidades do profissional? Que nível de impacto ele terá nos resultados? Responder a essas perguntas ajuda a dimensionar o valor que a empresa atribuiu à função.

 

Outro ponto fundamental é o equilíbrio entre o que a vaga exige em termos de habilidades e experiência e o que o mercado oferece. Aqui, a pesquisa salarial é essencial, mas não basta apenas comparar números. É preciso considerar o cenário econômico atual, a disponibilidade de profissionais envolvidos e, claro, a localização geográfica, que influencia diretamente o custo de vida e, consequentemente, as expectativas salariais.

 

Além disso, é importante pensar no perfil do profissional que se deseja atrair. Se a empresa busca alguém com experiência, flexibilidade e capacidade de liderança, o salário precisa refletir isso. Ou seja, terá de ser mais alto.

 

Outro fator que merece atenção é o futuro da vaga. Se o cargo tem um potencial claro de crescimento dentro da organização, o salário deve ser competitivo o suficiente para atrair profissionais com ambição de se desenvolver junto com a empresa. Ao mesmo tempo, é preciso equilibrar isso com a sustentabilidade financeira do negócio, garantindo que o valor oferecido seja viável a longo prazo.

 

Por fim, a definição do salário deve levar em consideração a política de benefícios e remunerações da empresa. Um pacote robusto de vantagens pode compensar um salário menor, desde que esteja alinhado ao que o profissional valoriza. Nesse sentido, ouvir o que o mercado está dizendo e observar as tendências de benefícios também faz parte do processo.

 

Usando dados de mercado para saber como negociar salário

 

Quando falamos em negociação salarial, não tem como fugir: dados são seus melhores aliados. Tomar decisões baseadas em “achismos” ou meras percepções pode custar caro — tanto para a empresa quanto para o colaborador. É aqui que entra a importância de usar dados de mercado de forma estratégica para embasar a negociação.

 

Primeiro, é fundamental entender o panorama salarial da vaga. Para isso, o RH precisa ter em mãos informações atualizadas sobre a faixa salarial para cargos semelhantes, tanto dentro do setor quanto em regiões geográficas próximas. Plataformas de pesquisa salarial, além de consultorias especializadas, podem fornecer uma visão clara de quanto o mercado está pagando para posições equivalentes. Esses dados são essenciais para garantir que a oferta da empresa esteja competitiva e alinhada às expectativas do candidato.

 

Também é importante considerar tendências específicas do mercado de atuação. Setores em expansão, como tecnologia ou áreas de alta demanda, podem ter uma variação significativa de salários, e é preciso estar atento a isso. Da mesma forma, empresas localizadas em grandes centros urbanos podem precisar oferecer salários mais altos em comparação com regiões onde o custo de vida é menor. Analisar esses fatores ajuda a construir uma proposta salarial que seja justa e atrativa.

 

Além disso, os dados de mercado também oferecem uma excelente oportunidade para a transparência na negociação. Quando o RH chega à mesa de negociação com informações claras e fundamentadas, o processo se torna mais objetivo. O candidato entende que a oferta não é fruto de uma tentativa de “pagar menos”, mas sim de uma análise criteriosa do que o mercado está oferecendo. Isso ajuda a criar uma relação de confiança logo no início.

 

Outro ponto que vale ser mencionado é o uso de dados para projeções futuras. Empresas que se baseiam apenas na situação atual do mercado correm o risco de ficarem defasadas em pouco tempo. Por isso, é interessante analisar também projeções salariais e tendências econômicas que possam impactar o valor das remunerações no curto e médio prazo. Isso permite que a empresa não só atraia talentos, mas retenha profissionais com ofertas mais ajustadas à realidade futura.

 

Em que momento realizar uma negociação salarial no processo seletivo?

Duas mulheres em processo seletivo discutem sobre como negociar salário

 

Aqui fica uma premissa: não existe a possibilidade de não falar sobre expectativa salarial numa entrevista de emprego. Fazer isso é um desrespeito com o candidato, que deve conhecer todos os termos da vaga para avaliar se deseja ou não fazer parte da empresa. Sim, a entrevista é uma via de mão dupla em que todos devem apresentar os termos da negociação. 

 

Agora, essa negociação é um ponto delicado no processo seletivo, e saber o momento certo de abordar o tema pode fazer toda a diferença no desenrolar da contratação. Falar do assunto muito cedo pode desviar o foco da avaliação das competências do candidato. Por outro lado, deixar para a última hora pode gerar insegurança ou até mal-entendidos. Então, qual é o timing ideal?

 

Em um processo seletivo bem conduzido, o ideal é que a negociação salarial ocorra quando ambas as partes já tiverem clareza sobre o alinhamento entre o candidato e a vaga. Normalmente, isso acontece na fase final, quando o recrutador já tem a certeza de que encontrou o profissional certo, e o candidato está seguro sobre sua decisão de seguir com a empresa. Nessa etapa, o foco não está mais na avaliação técnica, mas na formalização do acordo.

 

É importante também que, até esse momento, expectativas salariais já tenham sido alinhadas de forma preliminar. Isso evita que, ao chegar na negociação, a proposta cause choque ou desmotivação. Quando o candidato tem uma noção clara da faixa salarial, fica mais fácil ajustar os detalhes e conduzir a conversa de forma mais objetiva e justa.

 

Outro ponto a considerar é o contexto da vaga. Em posições de alta demanda, pode ser necessário trazer a negociação para um estágio mais intermediário, para garantir que o candidato esteja confortável com a oferta antes que ele receba propostas de outras empresas. Nessas situações, uma conversa transparente pode evitar surpresas no final do processo.

 

No entanto, o mais importante é que a negociação salarial seja sempre uma conversa aberta e transparente. O candidato precisa se sentir à vontade para expor suas expectativas, e o recrutador deve ser claro sobre os limites e as possibilidades da empresa. Essa abordagem evita mal-entendidos e estabelece uma relação de confiança desde o início.

 

Assim, 

 

a melhor hora para negociar o salário é quando todos os pontos-chave já tiverem sido discutidos e ambas as partes estão seguras sobre o caminho que desejam seguir. 

 

Nesse momento, a negociação se torna um ajuste natural, e não um obstáculo no processo seletivo.

 

Como o recrutador deve se preparar para negociar o salário?

 

Negociar salário exige preparo, especialmente por parte do recrutador. Não basta apenas esperar que o candidato traga suas expectativas; é preciso ir para essa conversa com clareza sobre os limites da empresa, dados de mercado e, claro, uma estratégia bem definida.

 

O primeiro passo é ter uma visão completa do orçamento disponível para a vaga. O recrutador precisa saber até onde pode ir na negociação sem comprometer o equilíbrio financeiro da organização. Isso inclui não só o salário em si, mas também os benefícios, bonificações e outros incentivos que podem ser oferecidos. Se o recrutador não tiver essas informações claras, fica difícil argumentar e construir uma proposta que faça sentido para ambas as partes.

 

Outro ponto essencial é se munir dos dados de mercado sobre os quais já falamos aqui. Saber quanto outras empresas estão pagando por cargos similares é uma arma poderosa na mesa de negociação. Isso não só dá ao recrutador uma ideia do que é competitivo, mas também oferece argumentos concretos para justificar a oferta, caso o candidato questione o valor. Ter uma base sólida de comparação evita que a conversa se torne puramente subjetiva.

 

Além disso, é fundamental que o recrutador entenda o valor do candidato. Quais são as habilidades que ele traz e que o diferenciam dos demais? Qual é o impacto que ele pode gerar na empresa? Essa avaliação ajuda a justificar internamente (e, às vezes, externamente) o motivo pelo qual vale a pena estender a oferta ao máximo, ou, por outro lado, definir limites claros para a negociação.

 

Outra parte do preparo é a prática da escuta ativa. Ao longo do processo seletivo, o recrutador deve captar pistas sobre o que é mais importante para o candidato — salário, benefícios, qualidade de vida, oportunidades de crescimento? Essas informações serão valiosas na hora de personalizar a oferta e negociar com mais precisão. Talvez, para aquele candidato, um plano de saúde robusto ou uma política de trabalho híbrido sejam mais atrativos do que um aumento direto no salário.

 

Por fim, é sempre uma boa ideia antecipar possíveis cenários. O candidato pode trazer uma contraproposta de outra empresa? E se ele pedir um valor acima do esperado, há flexibilidade para negociar benefícios em vez de salário? Pensar nessas situações com antecedência permite que o recrutador tenha respostas preparadas e conduza a conversa com mais segurança.

 

Diferença entre negociação salarial para cargos juniores, plenos e seniores

 Formas de como negociar salário com homem sênior e homem júnior

 

Não existe fórmula única para negociar salários. Cada nível de cargo exige uma abordagem diferente, tanto em termos de expectativa salarial quanto na forma de conduzir a negociação.

 

Quando falamos de cargos juniores, geralmente estamos lidando com profissionais em início de carreira, que estão mais focados em aprendizado e desenvolvimento. A negociação salarial, nesse caso, tende a ser mais simples, já que muitos desses candidatos aceitam uma remuneração menor em troca de oportunidades de crescimento e formação. 

 

O foco aqui deve estar em destacar o pacote de benefícios, o ambiente de aprendizado e as chances de progressão na empresa, que são altamente valorizados nesse estágio. 

 

Um salário competitivo é importante, mas o plano de carreira costuma pesar mais na decisão.

 

Já para cargos plenos, a negociação se torna um pouco mais complexa. Esse perfil de profissional já tem uma bagagem sólida e está em busca de desafios maiores e de estabilidade financeira. Aqui, a experiência começa a contar bastante, e o candidato espera ser reconhecido pelo que já construiu ao longo da carreira. 

 

O recrutador precisa estar atento ao equilíbrio entre oferecer um salário atrativo e garantir que o colaborador veja oportunidades de crescimento a médio prazo. 

 

É nessa fase que a flexibilidade salarial começa a aparecer mais, junto com a negociação de benefícios como bônus de desempenho, trabalho híbrido ou maior autonomia no dia a dia.

 

Agora, nos cargos seniores, o cenário muda significativamente. Profissionais em nível sênior costumam ter alta demanda no mercado e trazem consigo uma experiência vasta, além de um impacto direto no negócio. Para esses cargos, a negociação salarial pode ser bastante robusta. Muitas vezes, o salário fixo precisa ser complementado com incentivos de longo prazo, como participação nos lucros, ações da empresa ou bônus anuais. Aqui, o recrutador deve estar preparado para oferecer uma proposta que não só atraia o profissional, mas que também o mantenha engajado a longo prazo. O diálogo é mais estratégico e personalizado, e a margem para negociar detalhes como benefícios e até condições especiais de contrato é maior.

 

Em resumo, cada fase da carreira demanda uma estratégia diferente. 

 

O profissional júnior busca aprendizado, o pleno quer estabilidade e crescimento, e o sênior precisa de desafios e reconhecimento à altura de sua experiência. 

 

Entender essas nuances é essencial para garantir uma negociação salarial bem-sucedida, tanto para a empresa quanto para o profissional.

 

Até que ponto a negociação de salário é aceitável?

 

Negociar salário é uma arte, mas até a arte tem seus limites. Saber até onde ir em uma negociação salarial é essencial para garantir que o processo não se torne frustrante para ambas as partes. A grande questão é: como saber qual é o ponto em que a negociação deixa de ser produtiva e começa a causar danos, seja para o candidato, seja para a empresa?

 

Primeiro, é importante entender que a negociação salarial deve ser baseada em transparência e realismo. Tanto o recrutador quanto o candidato precisam ter clareza sobre os limites da oferta desde o início. Uma negociação que se prolonga demais ou que fica constantemente subindo a barra sem um fundamento sólido pode sinalizar problemas — ou porque o candidato tem expectativas desalinhadas com o mercado, ou porque a empresa não está sendo clara sobre suas possibilidades.

 

Outro ponto importante é que a negociação deve respeitar a política salarial da empresa. Muitas organizações têm faixas salariais bem definidas para cada nível de cargo, e sair muito desses limites pode criar distorções internas. Por exemplo, oferecer um salário muito acima da média para um novo colaborador pode gerar insatisfação entre os profissionais que já estão na empresa há mais tempo, criando um desequilíbrio que impacta diretamente a cultura organizacional.

 

Além disso, é preciso avaliar até onde os benefícios complementares podem entrar na conversa. Quando o salário não pode ser elevado além de um certo ponto, a empresa pode oferecer outras formas de valor, como bônus, participação nos lucros, plano de saúde ou condições de trabalho flexíveis. No entanto, se mesmo com esses ajustes o candidato continuar pressionando por um salário maior, talvez seja o momento de reavaliar a adequação dele à cultura e à realidade da empresa.

 

Por fim, vale lembrar que a negociação de salário precisa manter a relação saudável entre as partes. Quando o processo se torna um cabo de guerra, com o candidato insistindo demais e o recrutador sem margem para avançar, é possível que o resultado não seja positivo para nenhum dos lados. A ideia é que a negociação chegue a um ponto de equilíbrio, onde ambas as partes se sintam valorizadas e motivadas a seguir adiante.

 

Resumindo,

 

a negociação salarial é aceitável enquanto ela for justa, respeitar os limites da empresa e o mercado, e não comprometer a cultura interna. 

 

Quando esses pontos são ultrapassados, talvez seja o momento de repensar a oferta ou, em alguns casos, até o candidato.

 

Outras dúvidas sobre como negociar salário

Diversas pessoas sentadas de costas com ilustrações sobre dúvidas de como negociar salário

 

Como responder sobre a pretensão salarial do candidato?

Responder sobre a pretensão salarial do candidato é um dos momentos mais sensíveis da negociação. O ideal é que essa conversa seja conduzida com clareza e transparência. Quando o candidato apresenta sua expectativa salarial, o primeiro passo é avaliar se ela está dentro da faixa que a empresa pode oferecer. Se estiver, ótimo — o diálogo segue de maneira fluida.

 

No entanto, quando o valor está fora da realidade da empresa, a resposta precisa ser estratégica. Em vez de simplesmente rejeitar a pretensão, o recrutador deve conduzir a conversa com base em dados e argumentos. “Entendemos sua expectativa, mas a nossa faixa salarial para esta posição é X, considerando o que o mercado oferece e a política interna da empresa”. O foco deve estar em garantir que o candidato saiba que a oferta é justa e alinhada com as práticas do mercado.

 

Como negociar salário quando a oferta da empresa é abaixo da pretensão salarial do candidato

Existem situações em que a empresa não pode oferecer o valor esperado pelo candidato, e é nesse momento que saber como negociar salário faz toda a diferença. O primeiro ponto é ser honesto e direto: explique os motivos pelos quais a oferta não atinge a expectativa. Seja transparente sobre os limites orçamentários ou a política salarial interna.

 

Ao mesmo tempo, é importante destacar os benefícios adicionais, como plano de saúde, bônus, flexibilidade de trabalho ou qualquer outro atrativo que possa compensar um salário menor. O importante é que o candidato sinta que, apesar do salário ser um pouco abaixo do esperado, o pacote completo de remuneração e benefícios ainda torna a oportunidade interessante.

 

Quando vale a pena abrir exceções?

Abrir exceções em uma negociação salarial pode ser arriscado, mas, em alguns casos, pode fazer sentido. Se o candidato em questão traz um diferencial claro — uma habilidade muito específica, uma experiência sólida em um mercado de nicho ou um histórico de entregas excepcionais —, pode valer a pena flexibilizar a oferta.

 

No entanto, isso deve ser feito com cautela e sempre levando em consideração os impactos internos. A decisão de oferecer um salário acima do usual para uma determinada vaga pode gerar desequilíbrio entre outros colaboradores. Por isso, antes de abrir uma exceção, o RH deve avaliar se essa flexibilização é realmente necessária e sustentável para a cultura da empresa.

 

Como lidar com contrapropostas?

Contrapropostas fazem parte do jogo. Quando o candidato volta com uma oferta de outra empresa, o RH precisa avaliar o cenário com frieza e estratégia. Primeiro, pergunte-se: esse profissional realmente traz o valor que justifica uma contraproposta mais alta? Se sim, a empresa pode se sentir confortável em ajustar sua oferta.

 

No entanto, vale lembrar que a negociação precisa ser saudável. Se o candidato parece estar usando a contraproposta apenas para aumentar a pressão, talvez seja o momento de reconsiderar. O recrutador deve estar preparado para argumentar a favor dos benefícios e da cultura da empresa, mostrando que o valor de trabalhar ali vai além do salário.

 

Como negociar salário apresentando benefícios como pontos fortes de uma empresa?

O segredo está em mostrar que o pacote de remuneração vai além do número no contracheque. Ao apresentar uma oferta, é essencial destacar todos os benefícios complementares: vale-refeição, vale-alimentação, plano de saúde, bônus por desempenho, participação nos lucros, horário flexível, home office e qualquer outro diferencial que a empresa possa oferecer.

 

Além disso, é importante comunicar de forma clara o plano de carreira e as oportunidades de crescimento. Profissionais não buscam apenas um bom salário — eles querem desenvolvimento e reconhecimento. Mostrar que a empresa oferece um ambiente em que eles poderão crescer e alcançar novas posições é um atrativo poderoso.

 

Tendências em remunerações e benefícios

 

Nos últimos anos, as tendências em remuneração têm ido além do salário tradicional. Empresas estão investindo cada vez mais em benefícios modulares, como planos de saúde personalizados, auxílio para educação continuada e até programas de bem-estar, como academias ou suporte psicológico. O conceito de remuneração total — que inclui salário, benefícios e incentivos de longo prazo — se fortaleceu, especialmente em tempos de trabalho remoto e maior preocupação com a qualidade de vida.

 

Além disso, programas de participação nos lucros e bônus baseados em desempenho se tornaram atrativos importantes, oferecendo aos colaboradores a chance de sentir que seu esforço é recompensado diretamente.

 

Pontos de atenção na negociação salarial

 

Há alguns pontos críticos a serem observados em qualquer negociação salarial. Primeiro, a transparência deve guiar todo o processo. O candidato precisa saber que está negociando com uma empresa que valoriza a honestidade. Outro ponto é o alinhamento das expectativas — as surpresas durante a negociação geralmente surgem por falta de clareza no início do processo.

 

Além disso, o recrutador deve sempre garantir que a equidade interna seja mantida. Oferecer salários muito diferentes para colaboradores com funções semelhantes pode gerar insatisfação e problemas a longo prazo.

 

Conclusão

 

Saber como negociar salário é, sem dúvida, um dos aspectos mais sensíveis e estratégicos de qualquer processo seletivo ou revisão de carreira. Mais do que acertar números, saber como negociar salário dá a oportunidade à empresa de alinhar expectativas, garantir a satisfação do candidato e, ao mesmo tempo, zelar pela saúde financeira da empresa. Sabendo como negociar salário, se estabelece uma base sólida para um relacionamento profissional produtivo e duradouro.

 

O sucesso de uma negociação salarial está diretamente ligado à transparência, à clareza e à capacidade de ambos os lados de ajustarem suas expectativas com realismo. O recrutador, munido de dados de mercado e uma escuta ativa, tem o papel de saber como negociar salário de forma objetiva e empática, mostrando que a empresa está disposta a valorizar o talento, mas dentro de limites sustentáveis. Por outro lado, o candidato deve se sentir seguro para expressar suas necessidades, sabendo que será ouvido e que a empresa está comprometida com uma negociação justa.

 

No fim, o equilíbrio entre o que a empresa pode oferecer e o que o colaborador espera é o que garante uma negociação bem-sucedida. Seja nas contratações ou em ajustes internos, o RH tem nas mãos a chance de reforçar a cultura da empresa e fortalecer o relacionamento com os profissionais. O importante é que todos saiam da mesa de negociação com a sensação de que a decisão tomada é a melhor para ambos — e é isso que transforma uma negociação salarial em um verdadeiro sucesso.

 

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*Martha Marques é jornalista e criadora de conteúdo há 20 anos. Para a Ticket, escreve sobre benefícios corporativos e o complexo e apaixonante mundo das relações de trabalho.

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