Tudo sobre gestão de pessoas e como aplicá-la ao seu negócio

Tudo sobre gestão de pessoas e como aplicá-la ao seu negócio

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Apesar de muitas vezes poder ser vista como uma iniciativa bônus para uma empresa, a gestão de pessoas na verdade é essencial para se ter sucesso. Assim como outras áreas de um negócio, ela conta com práticas específicas e indicadores que medem o andamento de cada projeto. Além disso, é a partir dela que é possível motivar colaboradores e torná-los mais produtivos, o que significa uma maior lucratividade. A seguir, saiba tudo sobre gestão de pessoas e como aplicá-la:

 

O que é gestão de pessoas e por que aplicar no seu negócio?

Existem vários tipos de gestão, mas enquanto as mais comuns são relacionadas a projetos, finanças, entre outros, a gestão de pessoas está ligada diretamente aos colaboradores e vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos. Seus resultados podem afetar toda a estrutura e ambiente interno de um negócio positivamente, o que por sua vez é capaz de trazer enormes benefícios.

Apesar de ser uma mudança muito positiva para uma empresa, essa prática é um dos maiores desafios enfrentados por empreendedores, segundo uma pesquisa realizada pela Endeavor. De fato, ela não é necessariamente fácil e, para ter mais chances de sucesso, é imprescindível conhecê-la a fundo. Confira abaixo o que é gestão de pessoas e por que aplicá-la:

 

O que é gestão de pessoas?

 

Gestão de pessoas é um conjunto de práticas que tem como objetivo administrar o trabalho dos colaboradores de um negócio e mantê-los estimulados. Essa área surgiu por volta da década de 1980, quando o mercado de trabalho começou a valorizar uma liderança engajadora em detrimento de chefes autoritários.

Com essa onda, vieram novos estudos e estratégias focadas em planejar e gerir colaboradores como uma forma de atrair e reter profissionais talentosos que possam beneficiar a empresa. Mas é importante diferenciar essa área do conhecimento dos Recursos Humanos.

 

Gestão de pessoas não é igual a Recursos Humanos

 

Apesar de poderem ser confundidos e terem particularidades em comum, a gestão de pessoas é bem diferente do RH de uma empresa. A área de Recursos Humanos é responsável por uma série de etapas como recrutamento, plano de carreira, organização de um banco de talentos, avaliação dos colaboradores para uma possível promoção, administração de salários e benefícios, entre outros.

Já gestão de pessoas não é necessariamente a área de uma empresa, mas práticas a serem adotadas por diversas lideranças. Seu objetivo está focado em ajudar o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores ao longo da sua carreira dentro da empresa. Os assuntos mais frequentemente elaborados em uma gestão de pessoas é a motivação dos profissionais, criação de lideranças, aplicação de ética de trabalho e mais.

 

Principais modelos de gestão de pessoas

 

Como dito, a gestão de pessoas é um conjunto de práticas recente, mas isso não significa que ela só conta com uma forma de atuação, pelo contrário. Há diferentes modelos de gestão de pessoas, confira abaixo os principais:

 

Tradicional

 

Nele, a hierarquia é o mais importante, sendo que os colaboradores têm que focar exclusivamente em trazer resultados sem necessariamente contar com muita autonomia no trabalho.

 

Por desempenho

 

Nesse modelo de gestão de pessoas, os resultados da empresa são o objetivo principal, mas ele também considera a motivação dos colaboradores, avaliando o desempenho deles em relação a metas, por exemplo.

 

Por competência

 

A gestão por competência traz um foco muito forte para cada profissional de forma individual, uma vez que ela se baseia na ideia de que com uma equipe forte a empresa consequentemente cresce também. Nela, o desenvolvimento das habilidades técnicas e interpessoais é o objetivo principal a ser alcançado.

 

Misto

 

Uma mistura de todos os outros modelos, o misto é bem mais livre, permitindo que cada negócio molde a gestão de pessoas de acordo com suas próprias necessidades. Para desenvolvê-lo, no entanto, é preciso cuidado! Algo que é recomendado, por exemplo, é profissionais da área de Recursos Humanos auxiliarem no processo. 

Um exemplo de diferentes aplicações é na avaliação de colaboradores. É possível definir que todos os membros da equipe se avaliarão entre si, o que pode dar uma visão subjetiva mas global e importante do trabalho de cada um. Junto a essa etapa, também é recomendado levar em consideração os números trazidos pelo profissional e seu desempenho ao longo do tempo.

 

Por que aplicar gestão de pessoas no meu negócio?

 

O principal motivo para aplicar uma gestão de pessoas no negócio é exatamente pelo fato de que toda empresa é feita por pessoas: a tecnologia pode até ajudar, mas quem a opera, por exemplo, são profissionais da área. Dessa forma, focar no desenvolvimento e estímulo dos colaboradores é de grande importância para o sucesso de um negócio.

Como consequência, os benefícios de uma gestão de pessoas bem feita podem ser inúmeros. Confira abaixo alguns deles:

 

Mais talentos por mais tempo

 

Profissionais satisfeitos e estimulados tendem a ter um ótimo desempenho, mas não só. Eles têm grandes chances de continuar no negócio por mais tempo, se desenvolvendo como lideranças e atraindo mais talentos para dentro.

 

Processo seletivo mais assertivo

 

Com a gestão de pessoas, é possível entender melhor o tipo de profissional mais indicado para determinadas áreas e cargos, assim como para a empresa no geral. Dessa forma, o processo seletivo pode ter resultados mais assertivos, aprovando profissionais que tenham um bom desempenho e que de fato fiquem e se encaixem na empresa.

 

Aumento da motivação… e da produtividade!

 

As práticas ligadas à gestão de pessoas ajudam a motivar os colaboradores, que se envolvem mais com a empresa e com o próprio trabalho. Isso afeta diretamente o desempenho deles, que tende a melhorar significamente, trazendo mais resultados para o negócio.

 

Menos custos e mais ganho

 

Melhorar o processo seletivo, reter talentos e aumentar a produtividade são três benefícios que influenciam diretamente nos gastos da empresa. É de comum entendimento que a demissão de funcionários é um evento custoso para um negócio, portanto ao diminuí-la os gastos também caem. Já com o aumento da produtividade, há grandes chances de uma maior lucratividade.

 

Maior motivação, melhor entrosamento

 

A gestão de pessoas também afeta diretamente o ambiente de trabalho. Uma vez que a organização dos colaboradores esteja bem feita, ela influencia no entrosamento e na colaboração entre eles, ingredientes indispensáveis para o bom funcionamento da empresa.

 

Melhor desempenho como um todo

 

Todos os benefícios anteriores se somam para o cenário de um empresa que tem grandes chances de se destacar no mercado com ideias inovadoras, recheada de talentos e uma ótima colaboração entre os profissionais. Em outras palavras, um negócio com um grande potencial competitivo no mercado.

 

Se você está gostando desse conteúdo, confira também nossos guias completos sobre Gestão Financeira; Burocracia nas Empresas; Inovação; Marketing e Vendas; e Gestão de Processos.

 

Os fundamentos da gestão de pessoas: quais são eles?

A gestão de pessoas é um conjunto de práticas que busca desenvolver profissionais e mantê-los motivados dentro de uma empresa. No entanto, para essas práticas serem consideradas estratégias nesse tipo de gestão, elas precisam se encaixar em alguns pilares importantes. Em outras palavras, para aplicá-las a um negócio, é importante entender quais os fundamentos da gestão de pessoas que servem de base para essas ações.

No total, são cinco os principais: Motivação, Comunicação, Trabalho em Equipe, Possibilidade de Crescimento e Desenvolvimento. Aqui vale lembrar que, de preferência, eles devem ser aplicados juntos para garantir uma eficiência maior.

Confira abaixo cada um com mais detalhes:

 

Motivação

 

Antes de qualquer outro dos fundamentos da gestão de pessoas, a motivação é o mais básico e que deve receber atenção o quanto antes. Isso, porque ela pode ser considerada o combustível que manterá os colaboradores se sentindo incentivados a dar o seu melhor e também engajados com a empresa.

A motivação pode ser feita de diversas formas: por meio de aumento de salário, de um plano de carreira a partir do qual o colaborador entenda que pode crescer, de projetos que desafiem a equipe em algum sentido, por exemplo. Dessa forma, o estabelecimento de metas pode ser um ótimo caminho, uma vez que essa estratégia tem o objetivo de tornar o trabalho mais desafiador. Além disso, ela também abre espaço para incluir algum tipo de benefício quando os números forem alcançados, uma ótima forma de motivar o time. Afinal, se feita de maneira correta, essa estratégia pode unir o time e fazê-lo pensar e entregar resultados que vão além do esperado.

Ao mesmo tempo, a motivação é uma parte muito importante da gestão de pessoas exatamente porque quando os profissionais estão se sentindo desestimulados, eles podem buscar oportunidades em outras empresas e ter um desempenho abaixo da média, mas não só. Um dos grandes perigos de colaboradores desmotivados é a influência deles para outros membros do time, o que pode contaminar todo o ambiente. Portanto, é importante manter um canal de comunicação aberto para identificar sinais de desânimo o quanto antes e onde eles estão se originando.

 

Comunicação

 

Como visto, a comunicação é outro fator importantíssimo para a gestão de pessoas de uma empresa. É por meio dela que será possível saber se os colaboradores estão motivados, mas não só: ela é um ingrediente essencial no engajamento deles. 

Ao aplicar uma comunicação aberta e transparente, a equipe como um todo se sente mais interada sobre o que acontece na empresa, podendo não só sugerir soluções como também se sentir parte importante dela. Já no caso de uma comunicação fechada ou mal feita, o negócio fica vulnerável à circulação de informações equivocadas e os profissionais podem ficar desconfiados e chegar à conclusões precipitadas, o que afeta a produtividade e a colaboração entre eles.

É por isso que reuniões gerais, de times e também feedbacks são momentos importantes. Neles, há terreno fértil para abrir o canal de comunicação com os profissionais, procurando criar confiança e passar segurança para eles. Com isso, as chances de poder contar com opiniões sinceras e um crescente envolvimento dos colaboradores são muito altas.

 

Trabalho em equipe

 

O trabalho em equipe feito com sucesso pode ser considerado um efeito direto de uma boa aplicação dos fundamentos da gestão de pessoas. É preciso que não só os profissionais individualmente estejam bem e motivados, como também funcionem em grupo, respeitando diferenças e focando no objetivo em comum.

No dia a dia, é indicado que o foco de união do time seja alcançar as metas da área, o que requer um trabalho de colaboração intenso para ter resultados satisfatórios. Aqui vale promover dinâmicas em grupo, como reuniões com todos os envolvidos para pensar em soluções ou estratégias. É tanto uma forma de incentivar o trabalho em equipe como de aproximar os profissionais que possam ter visões similares.

Por falar nisso, também é interessante apostar em eventos internos e happy hours nos quais a equipe possa confraternizar e achar afinidades além do trabalho, o que acaba refletindo diretamente na interação como time.

 

Possibilidade de crescimento

 

Por mais experiente que seja o profissional quando ele é contratado, ele sempre pode melhorar, se aprimorando ainda mais nas tarefas diárias como também em relação às habilidades interpessoais, como liderança por exemplo. Essa possibilidade de crescimento e aprendizagem é um dos fundamentos da gestão de pessoas, pois pode ser um grande incentivo para toda a equipe.

Ter um plano de carreira para cada área ou tipo de trabalho é um exemplo de possibilidade de crescimento, uma vez que a partir dele o colaborador consegue entender os caminhos que precisa seguir e o que desenvolver para dar o próximo passo. Conseguir traçar uma meta factível em termos de carreira é algo que motiva a equipe, fazendo com que ela sempre busque melhorar para continuar avançando.

Além do plano de carreira poder dar um norte de como se desenvolver, feedbacks e avaliações de desempenho também são importantíssimos para ajudar o profissional a entender suas forças e oportunidades de crescimento.

 

Desenvolvimento

 

Uma vez identificados os pontos fortes e fracos dos colaboradores, o ideal é que a gestão de pessoas da empresa também forneça formas deles se desenvolverem ainda mais. Afinal, só expor as melhorias que precisam ser feitas sem as ferramentas para tal não é construtivo e pode desestimular o time.

É aqui que entra o oferecimento de treinamentos e cursos para ajudar profissionais a se tornarem mais completos e atualizados nas respectivas áreas. Existem várias formas de uma empresa fazer isso, como por exemplo contratando um curso para todos os funcionários, oferecendo vale educação (um valor limitado por ano, por exemplo, para ser usado em cursos de aprimoramento), contratando programas ou softwares mais atuais, entre outros.

Apesar de parecer um custo dispensável da empresa, na realidade é um tipo de investimento que ela faz não só nos próprios colaboradores, mas nela mesma. Afinal, quanto mais desenvolvidos e completos eles forem, melhor será o desempenho do negócio.

 

Como por em prática a gestão de pessoas? Confira o passo a passo!

Por em prática a gestão de pessoas em uma empresa exige um profundo conhecimento dos fundamentos dessa área. Além disso, durante a aplicação é importante não deixar de lado objetivos como a promoção do bem-estar e da motivação de colaboradores, visando um crescimento da equipe e da empresa em conjunto. Juntando esses pontos, as ações devem ser engajantes e estimulantes, voltadas para metas e conquistas.

Confira algumas formas de por em prática a gestão de pessoas:

 

Otimizar a comunicação interna

 

Um dos pontos onde as empresas mais falham ao por em prática a gestão de pessoas é exatamente na comunicação. No caso, ao invés de promover uma troca, é comum que ela seja feita de forma unilateral, ou seja, as lideranças falando, mas não necessariamente ouvindo. É aqui que mora o perigo.

A importância da comunicação para a gestão de pessoas é exatamente abrir espaço para os colaboradores opinarem e se sentirem parte importante da empresa. Além disso, é uma ótima forma de entender insatisfações deles e o que poderia ser feito para estimular mais a equipe. Mas atenção: não adianta só ouvir e não agir, pois se isso acontecer, as práticas de gestão de pessoas cairão na descrença perante a empresa.

Ao mesmo tempo, é indispensável que essa comunicação seja construída passando segurança e confiança para todos os lados envolvidos. Afinal, ninguém irá querer fazer uma sugestão de melhora para a empresa e correr o risco de ser demitido ou exposto, por exemplo.

Outro ponto muito importante envolvendo a comunicação é como a empresa informa a sua equipe. De preferência, ela deve ser feita de forma clara e transparente, certificando-se que todos estejam alinhados em relação aos rumos e objetivos principais do negócio. Fazendo isso, as chances de ter colaboradores que confiam na empresa são bem mais altas, já as de ter fofocas nas quais informações podem ser distorcidas são bem menores.

 

Cultivar a cultura da empresa

 

A cultura de uma empresa é basicamente a forma como ela funciona, o que pode refletir em seus costumes e valores. Por exemplo, uma empresa pode ser muito flexível, contando sempre com muitas mudanças nos negócios em um prazo curto. Ao mesmo tempo em que isso pode permitir uma adaptabilidade a crises, também pode exigir um certo desapego por parte da equipe.

Investir na cultura é promover uma identidade do negócio e também meios de engajar os colaboradores que a integram. No entanto, uma das partes mais importantes da cultura da empresa é exatamente alinhar a equipe de acordo com ela e isso deve ser levado em consideração desde o processo seletivo. Afinal, contratar alguém que não se encaixa no ritmo da empresa pode resultar em um fracasso.

Para a situação ficar mais clara, se levarmos em consideração o exemplo da empresa flexível, não adianta contratar profissionais que se apeguem muito a projetos e não se adaptem bem a mudanças repentinas. É muito provável que em uma cultura assim esse colaborador irá se frustrar e em pouco tempo procurará oportunidades em outros lugares.

Assim como o ritmo da empresa é uma parte importante da cultura, o clima também é. Há negócios, por exemplo, que funcionam à base de um ambiente tenso e autoritário, outros, que são mais leves e descontraídos. Dessa forma, é preciso tomar muito cuidado para profissionais que tenham uma abordagem contrária à da empresa não contaminem o ambiente, tornando-o negativo de alguma forma.

Em resumo, contar com funcionários alinhados com a empresa evita atritos desnecessários e aumenta as chances de uma equipe motivada, aspectos essenciais para uma boa gestão de pessoas.

 

Investir nos colaboradores

 

Nessa prática há dois principais tipos de colaboradores: os que ainda não foram contratados, o que envolve como escolhê-los, e os que já foram, o que envolve como mantê-los e desenvolvê-los.

 

Processo seletivo: como não errar na contratação

 

Começando pelos que ainda não foram contratados, o investimento no processo seletivo é extremamente importante para uma empresa. Um dos motivos disso é evitar escolher profissionais que não se encaixam e que em pouco tempo vão embora, o que além de trazer instabilidade para o time também traz altos custos para o negócio.

Para ajudar nisso, é indicado promover a empresa – as redes sociais podem ser uma ótima ajuda aqui, especialmente o LinkedIn -, destacando os benefícios oferecidos e promovendo conteúdos que destaquem o quão excelente é fazer parte do time. Uma ideia, por exemplo, é fazer um vídeo com funcionários contando o porquê de gostarem de trabalhar aí. Lembre-se, no entanto, que todas essas informações devem ser verídicas, caso contrário poderia ser muito negativo para o negócio.

Já no momento da escolha, deve ser levado em consideração não só o desempenho do profissional e seu conhecimento, mas o quanto ele se encaixa na cultura da empresa, como já mencionado. Assim, haverá menos chances de ter supresas no meio do caminho.

 

Desenvolvimento: como manter talentos

 

Um dos aspectos mais importantes da gestão de pessoas é o foco no colaborador que já faz parte da empresa. Ele precisa se desenvolver e se sentir motivado e, para isso algumas ações podem ser tomadas.

Uma delas é fornecer meios dos profissionais identificarem suas oportunidades de melhora e crescimento. Nesse sentido, os feedbacks podem ser ótimas ferramentas para mostrarem não só o interesse da empresa no desenvolvimento do time como também serem uma maneira clara de expor essas questões. Um dos cuidados que se deve ter com eles, no entanto, é saber equilibrar elogios e críticas, sendo que aspectos negativos devem ser abordados sempre em particular. Além de apontar o que deve ser melhor desenvolvido, é interessante que a empresa forneça como fazer isso, o que pode ser por meio de capacitações e cursos, por exemplo.

Outra questão relevante na manutenção de colaboradores é dar a eles uma clara visão dos caminhos que poderão seguir na empresa, ou seja, desenvolver um plano de carreira. A partir dele e das competências exigidas e descritas para cada cargo, os profissionais terão noção dos passos que precisam tomar para avançar, assim como terão as expectativas alinhadas com o que a empresa está disposta a oferecer.

 

Quais os principais indicadores de gestão de pessoas no seu negócio?

A gestão de pessoas pode ser considerada um conjunto de práticas subjetivas, mas essa área pode ser muito mais analítica do que se pensa. Não só ela conta com fundamentos e práticas específicas para ser aplicada, como também pode ser medida e analisada. Ou seja, há indicadores de gestão de pessoas que devem ser levados em consideração na hora de avaliar se as ações tomadas estão surtindo efeito ou se precisam de algum tipo de reestruturação.

 

Qual a importância de medir a gestão de pessoas

 

Por em prática a gestão de pessoas não é garantia de sucesso e, para ter certeza que os investimentos feitos pela empresa estão dando retorno, é muito comum serem utilizados indicadores de desempenho. A partir deles, é possível chegar a conclusão de quais ações estão fazendo mais sentido, quais não estão atingindo o resultado esperado, se há falhas no planejamento, entre outros.

O ideal é que eles sejam abrangentes e explorem ao máximo o cenário global da empresa. Em outras palavras, que os indicadores de gestão de pessoas avaliem fatores internos e todas as ações tomadas pela empresa assim como também fatores externos e as mudanças no mercado de trabalho e no comportamento dos profissionais. Por exemplo, é possível que um negócio tenha se empenhado em atrair talentos, mas não esteja conseguindo muitos candidatos. Isso pode ser um reflexo de um mercado altamente competitivo e nesse caso vale analisar se os benefícios oferecidos nas vagas estão à altura.

 

Quais os principais indicadores de gestão de pessoas?

 

Como dito, os indicadores são formas de avaliar o desempenho de determinadas estratégias e na gestão de pessoas isso não é diferente. Se acompanhado de perto, eles podem funcionar como um verdadeiro termômetro no qual qualquer oscilação pode revelar sinais do início de um sucesso ou fracasso.

Confira abaixo quais os principais indicadores de gestão de pessoas:

 

Rotatividade

 

Também conhecido como turnover, esse índice é responsável por medir quantos colaboradores entram e saem da empresa, levando em consideração um determinado período de tempo. Sendo um dos dados mais importantes para a gestão de pessoas, ele pode indicar diversos cenários, como:

  • Baixa atratividade da empresa no mercado de trabalho: isso pode se dar por benefícios que não são competitivos o suficiente, falta de um plano de carreira e perspectiva de médio a longo prazo, assim como políticas e cultura da empresa.
  • Efetividade do processo seletivo: fazer um processo sem muito cuidado pode resultar em contratações equivocadas nas quais os profissionais não tenham o conhecimento necessário ou se encaixem na cultura da empresa, fazendo com que saiam em pouco tempo.

Se a maioria dos casos de saída da empresa seja de profissionais pedindo demissão, é importante convocar uma reunião e entender o porquê dele estar tomando essa decisão e no que ele acha que a organização como um todo precisa melhorar.

 

Absenteísmo

 

O absenteísmo é outro indicadores de gestão de pessoas importante e ele mede as taxas de ausência dos profissionais, o que engloba tanto faltas como atrasos em um período de tempo. Ele pode ter diversas causas, tanto decorrentes de uma má gestão como também por fatores externos. Alguns dos principais motivos podem ser:

  • Saúde do colaborador: os problemas podem ser alheios ao trabalho ou ocasinados por ele, o que exige ainda mais atenção.
  • Problemas com equipe ou trabalho: conflitos com os colegas ou com as lideranças podem ser a causa, assim como desestímulo em relação ao trabalho, por exemplo.
  • Problemas pessoais: questões relacionados a família ou a outras dificuldades da vida pessoal, como endividamento ou dependência química.

Dependendo do problema, é indicado que não só colaboradores envolvidos com a gestão de pessoas lidem com o caso, como também envolvam profissionais da área da saúde.

 

Satisfação dos colaboradores

 

Apesar de parecer muito abstrato medir o quão satisfeito um profissional possa estar na empresa, isso é possível e é um indicadores de gestão de pessoas muito relevante. Afinal, quanto mais motivados e satisfeitos, mais produtivos eles serão.

Para medir a satisfação, é muito comum a utilização do ENPS (Employee Net Promoter Score), metodologia normalmente aplicada a clientes para entender o seu grau de fidelidade à marca que posteriormente foi adaptada para a gestão de pessoas. Geralmente, ele conta com algumas perguntas-chave, como o quanto indicaria a empresa como um bom lugar para trabalhar.

Os colaboradores devem dar notas de 0 a 10, sendo que de 0 a 6 são os que estão infelizes, entre 7 e 8 são os neutros e entre 9 e 10 os que estão satisfeitos e são fiéis à empresa. Lembrando que esse tipo de teste deve ser feito de forma anônima para obter as respostas mais sinceras possíveis.

 

Investimento em desenvolvimento

 

Uma das premissas da gestão de pessoas é exatamente estimular o desenvolvimento de colaboradores e isso normalmente é feito por meio de treinamentos ou cursos oferecidos pela empresa. Aqui é importante deixar claro que deve haver uma avaliação dos conteúdos e habilidades que cada funcionário precisa de acordo com suas necessidades individuais e crescimento profissional.

É muito comum, por exemplo, que empresas ofereçam cursos de liderança para ou atualizar todos os profissionais que já ocupam cargos de gestão ou para preparar os que estão se desenvolvendo para isso. Ao mesmo tempo, alguns desses colaboradores podem ter outras dificuldades mais específicas, como por exemplo não saber mexer em um software necessário para a área. Nesse caso, também é importante ele ter acesso específico a um treinamento sobre isso.

Todo esse investimento da empresa, no entanto, precisa ser medido e a forma mais indicada é calculando o ROI, o retorno sobre o investimento. Em poucas palavras, o ROI avalia o quanto foi gasto em comparação a quanto resultado gerou, que no caso pode ser o aumento de produtividade ou de lucratividade dos times.

Medir o ROI é uma importante forma de entender se o investimento no treinamento de colaboradores está surtindo efeito e se faz sentido que ele seja mantido ou que seja inclusive ampliado, destinando mais verba para o desenvolvimento deles.

 

Quais os principais erros de gestão de pessoas que podem ser cometidos e como evitá-los

A gestão de pessoas é uma área muito delicada de uma empresa exatamente porque lida com o capital humano dela, ou seja, os colaboradores. Dessa forma, se erros forem cometidos, uma cadeia de profissionais pode ser afetada. Para evitar esse cenário, reunimos quais os principais erros de gestão de pessoas que podem ser feitos e como evitá-los. Confira:

 

Processo seletivo não planejado

 

O processo seletivo é a porta de entrada de novos colaboradores na empresa e isso significa que o seu não planejamento é um dos erros que mais deve ser evitado. Além de correr o risco de contratar colaboradores que não tem o conhecimento e a experiência necessária para a vaga, eles também podem não se encaixar na cultura da empresa, colaborando assim para uma maior rotatividade do quadro de funcionários.

O cenário de profissionais sendo contratados e demitidos constantemente resulta em vários pontos negativos para a empresa. O principal deles é em relação ao gasto, uma vez que esses processos são custosos e podem gerar prejuízo. O segundo é exatamente a descontinuidade do trabalho, o que prejudica a equipe, que tem que se mobilizar para treinar os novatos, e resulta em uma performance ruim ou abaixo do esperado.

Dessa forma, é essencial contar com um bom planejamento para o processo seletivo, com critérios bem definidos para a vaga, evitando esses erros de gestão de pessoas. 

 

Falta de estratégia

 

Iniciativas que não contam com um objetivo e metas claras podem se perder, gerando gasto de tempo e recursos sem resultados úteis. Um exemplo disso é propor um treinamento para desenvolver um time em termos de liderança. No caso, os profissionais poderiam já ter conhecimento sobre liderança de pequenos times, mas precisariam de ferramentas para gerir ramificações ainda maiores, talvez até abrir filiais da empresa. Se não houver um planejamento do que é preciso fornecer àqueles profissionais e por que, é possível que o conteúdo não atenda às expectativas, abordando um assunto que essa equipe já domina – como, no caso do exemplo, liderança básica – e não acrescentando nada a eles.

Como exemplificado, apesar da ação de treinar a equipe ser muito importante, se não for planejada de forma estratégica, pode não gerar resultados, ou pior, só gerar gastos de dinheiro e tempo. Para evitar isso, é recomendado estabelecer objetivos para cada iniciativa, que de preferência estejam de acordo com as metas da empresa como um todo.

 

Comunicação confusa ou inexistente

 

A comunicação é um dos fundamentos da gestão de pessoas, portanto, é parte essencial dessa área e deve ser aplicada da melhor forma possível em todas as ocasiões necessárias. Isso significa que as palavras devem ser pensadas cuidadosamente tanto em comunicados importantes para toda a empresa, como em reuniões menores e especialmente na hora de feedbacks.

Se a comunicação for confusa, ou seja, não ir direto ao ponto ou falar de forma ambígua, poderá gerar mal entendidos e talvez até mal estar entre os colaboradores. O mesmo pode ocorrer com a ausência de comunicação, pois nesse caso qualquer informação que vaze poderá ser interpretada erroneamente e causar estresse nas equipes.

Para contornar esses erros de gestão de pessoas, é recomendado recorrer a cursos que focam nessa questão e a ajuda de pessoas próximas que possam reler a mensagem e dar as suas impressões, assim como algumas sugestões de melhorias. Além disso, treinar muito e elaborar várias versões para um comunicado também ajuda.

 

Foco excessivo no lucro

 

Pode se dizer que a gestão de pessoas atua indiretamente na lucratividade de uma empresa, afinal, ao motivar e melhorar o desempenho de colaboradores há uma maior produtividade e, consequentemente, mais ganhos. No entanto, gestores que focam excessivamente nos resultados precisam tomar muito cuidado para não exagerar e acabar prejudicando o time.

Os principais problemas gerados pelo foco no lucro é criar um cenário oposto aos fundamentos da gestão de pessoas, com uma equipe desmotivada, desconfiança entre colaboradores e consequentemente performance abaixo do esperado. Para evitar essa situação é importante não focar somente nos resultados que os profissionais têm a oferecer, mas no cenário mais geral, ou seja, no seu desenvolvimento ao longo do tempo.

 

Feedbacks que não acrescentam

 

A existência de feedback é, por si só, muito importante para a gestão de pessoas de um negócio. No entanto, ele deve ser bem feito, caso contrário pode frustrar os profissionais, desmotivando-os e com isso arriscando perdê-los para concorrentes.

Uma boa forma de fazer um feedback é balancear elogios com os pontos a melhorar. É indicado parabenizar os colaboradores por iniciativas positivas e bom desempenho, estimulando-os a continuar e até melhorar nesses quesitos. Isso faz com que eles sintam que seu trabalho está sendo observado e reconhecido, fatores essenciais para mantê-los motivados. Ao mesmo tempo, também é importante apontar o que deve ser melhorado e de preferência indicando como fazê-lo. É aqui que o profissional tem uma grande oportunidade de crescimento, podendo corrigir o que não está bom e evoluir na carreira.

Deve-se evitar só criticar negativamente um funcionário ou então criticar traços da personalidade que ele talvez não consiga mudar. Nesse caso, por exemplo, se alguém é naturalmente tímido, dificilmente vai deixar de ser, ainda mais em um curto espaço de tempo. O foco deve ser em qualidades e defeitos relacionadas ao desempenho no trabalho, como pontualidade, profissionalismo, entrosamento com o time, entrega, entre outros.

 

Falta de oportunidades de treinamento

 

Engana-se quem pensa que contratar um profissional experiente e com muito conhecimento ausenta a empresa de investir em treinamentos. Isso, porque por mais completo que seja um colaborador ninguém é perfeito. Além de todo mundo contar com dificuldades, que podem ser tanto técnicas quanto sociais, há também a necessidade de manter a equipe atualizada na área em que atua, uma vez que novas estratégias e softwares podem surgir no mercado.

Dessa forma, investir em treinamentos para colaboradores é uma grande vantagem para a empresa, tanto por se manter competitiva no mercado, com uma equipe em constante aprimoramento e por dentro das novidades, como também ser um elemento importante para motivar a equipe, que fica estimulada a entregar resultados cada vez melhores.

 

Gestão de pessoas: o ingrediente essencial para toda empresa

Como visto, a gestão de pessoas é crucial para uma empresa de sucesso e não deve ser subestimada. Afinal, com ela o ambiente de trabalho pode ser mais harmonioso e os colaboradores, motivados e produtivos. Exatamente pelo seu potencial transformador e por ser uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos empreededores em termos de gestão, é importante ter cuidado ao aplicá-la e não deixar de lado todas as dicas e informações aprendidas aqui!

 

Se esse conteúdo te interessou, não deixe de conferir nosso e-book sobre Gestão de Pessoas e se aprofundar ainda mais no assunto!

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