A dark kitchen é um modelo de negócio que vem crescendo no Brasil e promovendo o desenvolvimento do setor de delivery de comida, impulsionado nos últimos anos.
Adaptável, tecnológico e inovador, elas se alinham às necessidades dos clientes e são altamente lucrativas.
Para quem quer investir no setor de gastronomia mas não tem condições de abrir um empreendimento físico, elas são a melhor opção, por serem focadas na qualidade de entrega dos pratos, na experiência do cliente, por ter um espaço reduzido e maior agilidade na produção e entrega.
Mas o que são dark kitchens? O que é preciso para ter uma? E quais são os desafios de mantê-la?
Neste artigo, vamos passar por todos esses pontos.
Ficou curioso?
Então boa leitura!
Também conhecidas como “restaurantes fantasmas”, de “restaurantes virtuais” ou ghost restaurant”, as dark kitchens são literalmente cozinhas que preparam alimentos exclusivamente para o serviço de delivery.
Portanto, elas estão estrategicamente posicionadas em pontos da cidade onde existe uma alta demanda por pedidos de entrega, mas que, muitas vezes, possuem uma limitação de espaço.
Não existem copos, pratos, mesas e garçons: toda a transação, desde a escolha até o pagamento, é feita por aplicativos. Os pratos são oferecidos apenas para viagem. Muitas vezes o cliente nem mesmo sabe que a comida está vindo delas.
A sua origem é incerta, mas a revista BBC News indica que as primeiras dark kitchens surgiram em Londres, em 2017, em espaços móveis.
Na pandemia por Covid-19, o modelo de negócios se espalhou como uma solução alternativa aos restaurantes que tiveram que suspender o atendimento ao público e se adaptar para não fechar as portas, devido ao distanciamento social.
Além disso, segundo uma pesquisa realizada em 2021 pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com o Galunion e Instituto Foodservice Brasil (IFB), antes da pandemia, a representação do faturamento por meio de delivery era de 24% e aumentou para 39% durante a pandemia.
A pesquisa ainda revelou que, com a retomada dos serviços presenciais, 85% tinham a intenção de manter as entregas delivery.
Com estes dados também é possível perceber que houve uma mudança no comportamento do consumidor, somado à instabilidade econômica que veio com a pandemia, realidade que não é exclusiva do Brasil, mas que afeta diversos países, tornando a operação mais cara.
Como forma de baratear os custos e manter a qualidade dos pratos, a dark kitchen cumpre muito bem o seu papel, atendendo as necessidades dos clientes.
E com a inovação tecnológica, a tendência é reduzir ainda mais os custos e otimizar os processos que envolvem entregas, satisfação do clientes, gestão dos insumos e outros.
As dark kitchen são versáteis, escaláveis e tecnológicas e parecem preencher todos os requisitos que o mercado pede. Além disso, se adequam perfeitamente às mudanças no perfil de consumo dos compradores. Entre as principais vantagens desse segmento, podemos citar:
Basicamente, a dark kitchen funciona como um espaço que é separado e equipado com todo o aparato necessário para o preparo dos pratos, terceirização do processo de entrega, que é feita por um motoboy, o aplicativo, onde os pedidos serão feitos e a tecnologia que fará o registro dos pedidos e o controle financeiro.
O que realmente as diferencia nesse modelo de negócios, é a sua gestão e o uso extensivo da tecnologia para manter o funcionamento. Dessa forma, podemos citar alguns modelos do que os restaurantes fantasmas podem ser:
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Dessa forma, o que acaba acontecendo em paralelo, é que alguns restaurantes acabam dividindo as cozinhas, em um modelo ainda mais econômico, chamado de co-kitchen.
Isso acaba reduzindo as despesas do local e os encargos com aluguel.
Dessa forma, de um único lugar, podem sair uma variedade de pratos, por exemplo, um restaurante italiano pode dividir a estrutura com um de comida japonesa.
Aqui também podemos citar o modelo kitchen as a service, que está em expansão e possui cozinhas em diferentes locais, com operadores especializados para fazer todo o processo, logísticas e até as embalagens, em um modelo de franquia ou licenciamento.
Outro fenômeno que tem sido comum é a duplicação dos restaurantes que possuem atendimentos presenciais, que decidem ter um espaço separado, montando uma dark kitchen, para atender a demanda delivery.
Para os restaurantes que possuem a cozinha ociosa em uma parte do dia, a solução é a criação de um restaurante virtual multimarca.
Ou seja, eles inserem uma nova marca com a opção exclusiva de delivery e usam a cozinha original como um ghost restaurant para produção dos pratos.
Dentro desse modelo temos uma infinidade de possibilidades, como o trabalho com marcas sazonais, operação em sistemas integrados com uma cloud kitchen, para testar qual marca tem melhor resultado, temos o coworking de cozinha, onde é possível alugar um espaço para montar suas operações sem se preocupar com as burocracias comuns.
Outro conceito prático que vem ganhando espaço é o dark mall, que são espaços com cozinhas exclusivas para deliveries. A primeira a operar no Brasil foi a Delivery Center, com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Para quem deseja incrementar as vendas exclusivas por entregas, independentemente do restaurante físico, eles fornecem o espaço para preparação dos pratos, o apoio nas entregas e centralizam os pedidos. Eles também possuem hubs em shopping centers, ampliando as possibilidades.
Além disso, a inovação nessa área é constante, de modo que hoje é possível alugar espaços de estoques em câmaras de frigoríficos, escolher softwares de gestão integrado, negociações diferenciadas para plataformas de entrega e vários outros.
Podemos dizer que os desafios de uma dark kitchen são vários, principalmente, relacionados a tecnologia, tão necessária ao funcionamento do negócio. Por isso, é fundamental criar um plano de gestão para prevenir esses problemas e não deixar que afetem o seu negócio:
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Se você se interessou por este modelo de negócios e quer saber como montar o seu, existem alguns passos que podem te ajudar a estruturar seu planejamento. Vamos te mostrar o passo a passo:
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O melhor momento para começar o seu negócio com certeza é agora, com alta demanda de comidas por delivery, serviço que teve aumento depois da pandemia. Quanto mais cedo você abrir o seu negócio, mais tempo hábil terá para consolidar a sua marca.
Para abrir a sua dark kitchen, você precisará escolher o seu modelo de negócios, se terá a sua cozinha separada e específica para a preparação de determinados pratos, se os horários ociosos serão usados para a criação de outra marca com pratos distintos, se você irá alugar um espaço compartilhado ou um que tenha uma infraestrutura montada para operação delivery.
Avaliar como será o marketing da sua empresa também é um passo muito importante, pois a mensagem que sua marca irá passar será fundamental para suas vendas. Além disso, você precisará de definir os meios de comunicação com seu público, para saber onde estará presente, em quais redes sociais, se terá um site ou um aplicativo próprio, se fará estratégias de e-mail marketing ou tráfego pago e outras.
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Escolher as tecnologias que serão importantes para um bom funcionamento, como softwares de gestão, um sistema integrado para restaurantes, para consolidar os pedidos de vários canais, como aplicativos de entrega, mídias sociais e site, agilizar o trabalho, acompanhar as entregas, evitar erros de pedidos e manter a segurança dos dados.
Para saber quantos funcionários são necessários para o funcionamento de uma dark kitchen, é preciso levar em consideração o estágio e o modelo de negócios. Além disso, a agilidade é uma característica fundamental na hora de contratar e montar a equipe.
Se seu modelo tiver apenas um tipo de prato, você precisará de poucos funcionários, como um cozinheiro e um auxiliar para ajudar no atendimento virtual, preparo e embalo das comidas e outras funções.
Caso você tenha mais de um nicho de comida no mesmo local, é importante montar times diferenciados para o preparo, de acordo com a especialidade. Por exemplo, você poderá montar times com duas a três pessoas, além dos atendentes virtuais e o embalador geral. Isso irá facilitar bastante o seu processo, sem sobrecarregar as funções. E à medida que o negócio for se expandindo, será necessário aumentar a equipe.
Entenda aqui Os benefícios mais importantes para atrair talentos!
A dark kitchen é um modelo de negócios que está revolucionando o setor gastronômico.
Com consumidores cada vez mais exigentes e que preferem os serviços de delivery para comida, investir nesse ramo pode ser a via mais rápida para consolidar a marca no mercado.
Com um planejamento correto, um bom plano de marketing e gestão e a equipe certa, o negócio pode atingir altas escaladas.
Além disso, as oportunidades de aperfeiçoamento do negócio são maiores, devido a redução dos custos e possibilidade de testar os pratos. Com certeza, esse modelo de negócios é uma tendência para o futuro.
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