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Coluna do Basaglia – Resenteeism: você sabe como identificar e combater a prática?

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O resenteeism, fenômeno no qual os colaboradores estão presentes no trabalho, mas não engajados ou motivados, é desafiador. Para enfrentar esse problema, as organizações precisam adotar práticas que promovam um ambiente de trabalho positivo e inclusivo.

 

Algumas estratégias eficazes incluem a promoção do diálogo aberto, o reconhecimento contínuo e ações que favoreçam o desenvolvimento dos colaboradores.

 

O que é resenteeism e como surgiu o termo?

Mulher sentada com os cotovelos apoiados na mesa e expressão de cansaço

 

O conceito de reseenteism surge da combinação das palavras “presente” e “absenteísmo”. Ele se refere ao fenômeno em que os colaboradores estão presentes no trabalho, mas não plenamente produtivos, sobretudo devido à insatisfação.

 

A ideia evoluiu para abranger não apenas questões de saúde, mas também aspectos psicológicos e sociais que afetam a produtividade. 

 

O resenteeism, então, representa a ideia de que nem sempre o colaborador será pouco produtivo, mas ainda assim poderá estar nutrindo uma insatisfação, que se manifesta de ouras maneiras, como por meio de comportamentos. 

 

Qual é a diferença entre resenteeism, presenteísmo e quiet quitting?

 

O reseenteism surge como uma derivação do termo “presenteism”. Este, por sua vez, começou sendo usado em estudos sobre saúde ocupacional. O presenteísmo, primeiramente, descrevia a presença física no trabalho, mas com um desempenho comprometido. 

 

Já o quiet quitting é um fenômeno no qual os colaboradores optam por fazer apenas o mínimo necessário. Mesmo que pretendam permanecer em seus empregos. Esse comportamento é uma resposta ao sentimento de desvalorização ou falta de reconhecimento no ambiente de trabalho. 

 

Ao contrário do resenteeism, o quiet quitting não está necessariamente ligado ao ressentimento ativo. Em vez disso, reflete uma decisão consciente de não investir mais tempo e energia do que se julga ser estritamente necessário. 

 

O quiet quitting é semelhante a práticas antigas em que colaboradores insatisfeitos faziam o mínimo esperando ser demitidos. 

 

Mas existe uma diferença crucial: no quiet quitting, o empregado muitas vezes precisa do emprego e não está buscando ativamente a demissão. Apenas não está motivado a se esforçar além do básico.

 

Como se comporta uma pessoa ressentida?

Homem sentado em frente ao computador com as mãos nos olhos

 

Com frequência, o ressentimento se manifesta por meio de atitudes passivo-agressivas, segundo o Psychology Today. Estes são alguns comportamentos que podem ser observados: 

 

  • Hostilidade passiva: em vez de confrontar diretamente a fonte de seu ressentimento, a pessoa pode optar por expressar frustração de maneira indireta. Isso pode incluir sarcasmo, ironia ou comportamentos passivo-agressivos.
  • Isolamento social: a pessoa ressentida pode se afastar dos colegas, preferindo ficar sozinha. Esse comportamento é uma tática para evitar conflitos ou de lidar com os sentimentos de forma privada.
  • Baixa motivação e produtividade: uma pessoa ressentida pode demonstrar falta de interesse em suas tarefas, resultando em um desempenho abaixo do esperado. Ela pode fazer o mínimo necessário para evitar problemas, mas sem se engajar de fato.
  • Cinismo e desconfiança: pessoas ressentidas tendem a ser cínicas e desconfiadas em relação às intenções dos outros. Elas acreditam que todos estão agindo de má-fé ou que não são dignos de confiança.
  • Comentários negativos: frequentemente, uma pessoa ressentida pode fazer comentários negativos sobre seus superiores, colegas ou a organização como um todo. Esta é uma forma de expressar descontentamento e validar seus sentimentos.
  • Resistência a mudanças: a pessoa pode resistir a novas ideias ou mudanças no ambiente de trabalho. Não por causa das mudanças em si, mas porque as vê como mais uma fonte de frustração ou como ameaça.

 

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Possíveis causas para o resenteeism

 

O resenteeism ganha destaque no contexto das demissões em massa e crises econômicas das últimas décadas. Um estudo aponta que os layoffs que sucederam a crise do subprime serviram como estopim para o ressentimento dos trabalhadores. 

 

Desde então, com as sucessivas crises econômicas e a consequente insegurança financeira, o fenômeno do resenteeism se espraiou ainda mais. 

 

Conheça os impactos

Homem apoia cotovelo na mesa e mão na cabeça com olhar desanimado

 

Uma pesquisa realizada pela Gallup mostra que o engajamento dos colaboradores decaiu muito. Dos entrevistados, apenas 32% disseram estar de fato engajados no trabalho. Por outro lado, 18% assumiram ser muito desengajados. 

 

A taxa de trabalhadores tomados pelo reseenteism é atualmente a mais baixa em uma década. E o destaque vai para os gestores, maioria entre os desengajados.

 

Como identificar sinais de resenteeism na empresa?

 

Um estudo recente da Gallup mostra relação direta entre o engajamento dos colaboradores e o sucesso organizacional. Ou seja, caso o resenteeism esteja se aninhando na empresa, isso se refletirá nas entregas e nos relacionamentos. 

 

Por isso, estes são alguns sinais comuns a serem observados:

 

  • Queda na produtividade: colaboradores ressentidos geralmente apresentam uma redução significativa na produtividade. Eles podem cumprir apenas as tarefas mínimas necessárias, sem demonstrar iniciativa ou empenho.
  • Desmotivação e desengajamento: os colaboradores vão parecer desinteressados, evitar participar de discussões ou contribuir com ideias. Além disso, não vão se engajar em atividades que anteriormente lhes interessavam.
  • Mudanças de comportamento: observe mudanças de comportamento, como aumento de sarcasmo, cinismo ou comentários negativos sobre a empresa, colegas ou gestores. Comportamento hostil também é sinal de ressentimento.
  • Aumento de reclamações e conflitos: colaboradores ressentidos podem se tornar mais críticos e menos tolerantes, o que leva a mais conflitos no ambiente de trabalho.

 

Que indicadores ajudam a detectar e avaliar o problema do resenteeism?

Mulher sorridente aponta gráfico em painel

 

Para avaliar o resenteeism, há dois indicadores particularmente úteis: o eNPS (Employee Net Promoter Score) e o indicador de rotatividade (turnover). 

 

Ambos oferecem insights valiosos sobre o nível de satisfação e engajamento dos colaboradores. Além disso, ajudam a identificar problemas potenciais antes que se tornem críticos.

 

eNPS (Employee Net Promoter Score)

 

O eNPS é uma métrica derivada do Net Promoter Score (NPS), amplamente utilizado para medir a lealdade do cliente. 

 

No contexto de gestão de pessoas, o eNPS mede a lealdade e a satisfação dos colaboradores. Isso é feito com base na disposição de recomendar a empresa como um bom lugar para trabalhar.

 

Basicamente, os colaboradores respondem à pergunta: “Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar esta empresa como um bom lugar para trabalhar?”

 

Com base nas respostas, eles são classificados em:

 

  • Promotores (9-10): altamente satisfeitos e engajados.
  • Neutros (7-8): moderadamente satisfeitos, mas não entusiasmados.
  • Detratores (0-6): insatisfeitos e possivelmente ressentidos.

 

Indicador de Rotatividade (Turnover)

Este indicador mede a taxa de saída dos colaboradores da empresa dentro de um determinado período. Uma alta taxa de turnover pode ser um sinal de problemas no ambiente de trabalho, incluindo resenteeism.

 

O turnover é geralmente calculado como a proporção do número de colaboradores que saíram durante um período em relação ao número total de colaboradores.

 

O cálculo envolve algumas etapas:

  • Somar a quantidade de entradas com a quantidade de saídas em um período, por exemplo um ano.
  • Dividir esse valor por 2 e depois dividir pela quantidade de colaboradores ativos na empresa.
  • Por fim, multiplicar esse número por 100, para encontrar a porcentagem, que é o índice acompanhado.

 

Nesse contexto, como as lideranças devem atuar?

 

Para lidar com a complexidade gerada pelo resenteeism e evitá-lo, as lideranças devem adotar uma abordagem proativa. Ela deve incluir comunicação efetiva e promoção de um ambiente saudável e ações para engajar e valorizar os colaboradores. 

 

Nesse sentido, a liderança empática desempenha um papel crucial. Líderes devem estar atentos às necessidades e preocupações dos colaboradores, mostrando-se acessíveis. E a construção de uma cultura organizacional positiva é a base disso. 

 

Qual é o papel do time de RH para prevenir, identificar e combater o problema?

 

O RH é uma interface fundamental entre os colaboradores e toda a organização. Por isso, é um excelente parceiro para lidar com a questão do resenteeism. 

 

Primeiramente, o RH pode atuar mantendo todos informados sobre mudanças organizacionais, metas e expectativas. Isso reduz a incerteza e o ressentimento causados por possíveis layoffs. 

 

Incentivar os colaboradores a expressarem suas preocupações e sugestões é outra prática importante. E implementar programas de reconhecimento, que celebrem as contribuições dos colaboradores, também pode aumentar o engajamento e a satisfação. 

 

Além disso, oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional também ajuda a combater o resenteeism. O RH pode atuar na implementação de programas de treinamento e desenvolvimento profissional, juntamente com planos de carreira personalizados. 

 

Estratégias assim ajudam os colaboradores a visualizar um futuro dentro da organização, podendo aumentar a motivação e o comprometimento. 

 

Práticas que combatem o resenteeism na empresa

 

Práticas que combatem o resenteeism nas empresas envolvem estratégias para melhorar o ambiente de trabalho e aumentar o engajamento. Alguns exemplos incluem:

 

  • Comunicação aberta e transparente: manter os colaboradores informados sobre mudanças organizacionais, objetivos e expectativas é crucial para reduzir a incerteza e o ressentimento.
  • Programas de reconhecimento: reconhecer e valorizar as contribuições dos colaboradores regularmente, não apenas durante grandes realizações, é fundamental.
  • Oportunidades de desenvolvimento e crescimento: oferecer programas de treinamento e desenvolvimento profissional incentiva os colaboradores a crescerem em suas carreiras.
  • Equilíbrio entre vida profissional e pessoal: incentivar um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal, oferecendo mais flexibilidade, contribui para o bem-estar. 
  • Liderança empática e acessível: os líderes devem demonstrar empatia e estar atentos às necessidades e preocupações dos colaboradores. 
  • Cultura organizacional positiva: é preciso definir com clareza os valores da empresa e garantir que eles sejam vividos, especialmente pelos líderes.
  • Feedback contínuo e melhoria: realizar pesquisas de clima organizacional regularmente ajuda a entender o estado de espírito dos colaboradores e identificar áreas de melhoria. 

 

Como a gestão de benefícios pode combater o resenteeism nas empresas?

 

Uma alternativa eficaz para combater o resenteeism é a gestão de benefícios. A começar pelos benefícios flexíveis. Isso permite que os colaboradores escolham e ajustem seus pacotes de acordo com necessidades e preferências individuais. 

 

Essa abordagem personalizada ajuda a resolver um dos principais desafios relacionados ao resenteeism: conectar a empresa com as verdadeiras necessidades e motivações dos colaboradores. E pode transformar a forma como os colaboradores se relacionam com a empresa. 

 

Ao oferecer opções que atendem a necessidades específicas, as empresas demonstram que valorizam e compreendem as prioridades de cada um. O que resulta em uma maior motivação e um engajamento mais autêntico.

 

Conclusão

 

Combater o resenteeism requer uma abordagem estratégica e atenta às necessidades dos colaboradores. 

 

Em primeiro lugar, para enfrentar esse desafio, é preciso promover um ambiente de trabalho positivo. A intenção é fortalecer a confiança entre a equipe e a gestão. 

 

O reconhecimento contínuo é igualmente importante para manter a motivação e satisfação dos colaboradores. Implementar práticas de reconhecimento pode fazer a diferença. 

 

Afinal, quando os colaboradores sentem que seu trabalho é valorizado, eles se tornam mais engajados e dedicados. O que eleva o moral da equipe e solidifica a relação entre os times e a empresa.

 

Portanto, fomentar o diálogo aberto, permitindo que os colaboradores expressem suas preocupações e sugestões sem receios, também é importante. Tal prática ajuda a identificar e resolver problemas antes que se agravem.

 

Finalmente, é essencial agir com base nos resultados das pesquisas e feedback. Implementar mudanças conforme as sugestões recebidas e comunicar as ações demonstra que o feedback é valorizado.

 

Esse compromisso com a escuta ativa reforça a confiança na gestão e fortalece o engajamento. E o mais importante, ajuda a combater o resenteeism, promovendo um ambiente mais produtivo e satisfatório.

 

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