O resenteeism, fenômeno no qual os colaboradores estão presentes no trabalho, mas não engajados ou motivados, é desafiador. Para enfrentar esse problema, as organizações precisam adotar práticas que promovam um ambiente de trabalho positivo e inclusivo.
Algumas estratégias eficazes incluem a promoção do diálogo aberto, o reconhecimento contínuo e ações que favoreçam o desenvolvimento dos colaboradores.
O conceito de reseenteism surge da combinação das palavras “presente” e “absenteísmo”. Ele se refere ao fenômeno em que os colaboradores estão presentes no trabalho, mas não plenamente produtivos, sobretudo devido à insatisfação.
A ideia evoluiu para abranger não apenas questões de saúde, mas também aspectos psicológicos e sociais que afetam a produtividade.
O resenteeism, então, representa a ideia de que nem sempre o colaborador será pouco produtivo, mas ainda assim poderá estar nutrindo uma insatisfação, que se manifesta de ouras maneiras, como por meio de comportamentos.
O reseenteism surge como uma derivação do termo “presenteism”. Este, por sua vez, começou sendo usado em estudos sobre saúde ocupacional. O presenteísmo, primeiramente, descrevia a presença física no trabalho, mas com um desempenho comprometido.
Já o quiet quitting é um fenômeno no qual os colaboradores optam por fazer apenas o mínimo necessário. Mesmo que pretendam permanecer em seus empregos. Esse comportamento é uma resposta ao sentimento de desvalorização ou falta de reconhecimento no ambiente de trabalho.
Ao contrário do resenteeism, o quiet quitting não está necessariamente ligado ao ressentimento ativo. Em vez disso, reflete uma decisão consciente de não investir mais tempo e energia do que se julga ser estritamente necessário.
O quiet quitting é semelhante a práticas antigas em que colaboradores insatisfeitos faziam o mínimo esperando ser demitidos.
Mas existe uma diferença crucial: no quiet quitting, o empregado muitas vezes precisa do emprego e não está buscando ativamente a demissão. Apenas não está motivado a se esforçar além do básico.
Com frequência, o ressentimento se manifesta por meio de atitudes passivo-agressivas, segundo o Psychology Today. Estes são alguns comportamentos que podem ser observados:
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O resenteeism ganha destaque no contexto das demissões em massa e crises econômicas das últimas décadas. Um estudo aponta que os layoffs que sucederam a crise do subprime serviram como estopim para o ressentimento dos trabalhadores.
Desde então, com as sucessivas crises econômicas e a consequente insegurança financeira, o fenômeno do resenteeism se espraiou ainda mais.
Uma pesquisa realizada pela Gallup mostra que o engajamento dos colaboradores decaiu muito. Dos entrevistados, apenas 32% disseram estar de fato engajados no trabalho. Por outro lado, 18% assumiram ser muito desengajados.
A taxa de trabalhadores tomados pelo reseenteism é atualmente a mais baixa em uma década. E o destaque vai para os gestores, maioria entre os desengajados.
Um estudo recente da Gallup mostra relação direta entre o engajamento dos colaboradores e o sucesso organizacional. Ou seja, caso o resenteeism esteja se aninhando na empresa, isso se refletirá nas entregas e nos relacionamentos.
Por isso, estes são alguns sinais comuns a serem observados:
Para avaliar o resenteeism, há dois indicadores particularmente úteis: o eNPS (Employee Net Promoter Score) e o indicador de rotatividade (turnover).
Ambos oferecem insights valiosos sobre o nível de satisfação e engajamento dos colaboradores. Além disso, ajudam a identificar problemas potenciais antes que se tornem críticos.
O eNPS é uma métrica derivada do Net Promoter Score (NPS), amplamente utilizado para medir a lealdade do cliente.
No contexto de gestão de pessoas, o eNPS mede a lealdade e a satisfação dos colaboradores. Isso é feito com base na disposição de recomendar a empresa como um bom lugar para trabalhar.
Basicamente, os colaboradores respondem à pergunta: “Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar esta empresa como um bom lugar para trabalhar?”
Com base nas respostas, eles são classificados em:
Este indicador mede a taxa de saída dos colaboradores da empresa dentro de um determinado período. Uma alta taxa de turnover pode ser um sinal de problemas no ambiente de trabalho, incluindo resenteeism.
O turnover é geralmente calculado como a proporção do número de colaboradores que saíram durante um período em relação ao número total de colaboradores.
O cálculo envolve algumas etapas:
Para lidar com a complexidade gerada pelo resenteeism e evitá-lo, as lideranças devem adotar uma abordagem proativa. Ela deve incluir comunicação efetiva e promoção de um ambiente saudável e ações para engajar e valorizar os colaboradores.
Nesse sentido, a liderança empática desempenha um papel crucial. Líderes devem estar atentos às necessidades e preocupações dos colaboradores, mostrando-se acessíveis. E a construção de uma cultura organizacional positiva é a base disso.
O RH é uma interface fundamental entre os colaboradores e toda a organização. Por isso, é um excelente parceiro para lidar com a questão do resenteeism.
Primeiramente, o RH pode atuar mantendo todos informados sobre mudanças organizacionais, metas e expectativas. Isso reduz a incerteza e o ressentimento causados por possíveis layoffs.
Incentivar os colaboradores a expressarem suas preocupações e sugestões é outra prática importante. E implementar programas de reconhecimento, que celebrem as contribuições dos colaboradores, também pode aumentar o engajamento e a satisfação.
Além disso, oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional também ajuda a combater o resenteeism. O RH pode atuar na implementação de programas de treinamento e desenvolvimento profissional, juntamente com planos de carreira personalizados.
Estratégias assim ajudam os colaboradores a visualizar um futuro dentro da organização, podendo aumentar a motivação e o comprometimento.
Práticas que combatem o resenteeism nas empresas envolvem estratégias para melhorar o ambiente de trabalho e aumentar o engajamento. Alguns exemplos incluem:
Uma alternativa eficaz para combater o resenteeism é a gestão de benefícios. A começar pelos benefícios flexíveis. Isso permite que os colaboradores escolham e ajustem seus pacotes de acordo com necessidades e preferências individuais.
Essa abordagem personalizada ajuda a resolver um dos principais desafios relacionados ao resenteeism: conectar a empresa com as verdadeiras necessidades e motivações dos colaboradores. E pode transformar a forma como os colaboradores se relacionam com a empresa.
Ao oferecer opções que atendem a necessidades específicas, as empresas demonstram que valorizam e compreendem as prioridades de cada um. O que resulta em uma maior motivação e um engajamento mais autêntico.
Combater o resenteeism requer uma abordagem estratégica e atenta às necessidades dos colaboradores.
Em primeiro lugar, para enfrentar esse desafio, é preciso promover um ambiente de trabalho positivo. A intenção é fortalecer a confiança entre a equipe e a gestão.
O reconhecimento contínuo é igualmente importante para manter a motivação e satisfação dos colaboradores. Implementar práticas de reconhecimento pode fazer a diferença.
Afinal, quando os colaboradores sentem que seu trabalho é valorizado, eles se tornam mais engajados e dedicados. O que eleva o moral da equipe e solidifica a relação entre os times e a empresa.
Portanto, fomentar o diálogo aberto, permitindo que os colaboradores expressem suas preocupações e sugestões sem receios, também é importante. Tal prática ajuda a identificar e resolver problemas antes que se agravem.
Finalmente, é essencial agir com base nos resultados das pesquisas e feedback. Implementar mudanças conforme as sugestões recebidas e comunicar as ações demonstra que o feedback é valorizado.
Esse compromisso com a escuta ativa reforça a confiança na gestão e fortalece o engajamento. E o mais importante, ajuda a combater o resenteeism, promovendo um ambiente mais produtivo e satisfatório.
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