O desenvolvimento profissional não apenas impulsiona o desempenho individual, mas também o sucesso organizacional. E isso inclui desde a aquisição de novas habilidades técnicas até o fortalecimento das habilidades interpessoais.
Neste contexto, o grande protagonista é o próprio profissional, que assumirá as rédeas de sua carreira e elevá-la ao próximo nível. Mas gestores e líderes de recursos humanos também podem desempenhar um papel vital.
Ao compreenderem a importância do desenvolvimento profissional, podem criar um ambiente que promova o crescimento contínuo, a motivação e o engajamento dos colaboradores.
Desenvolvimento profissional é o processo contínuo de aprimoramento de habilidades e conhecimentos que colaboram para a progressão na carreira.
Isso inclui adotar estratégias de lifelong learning e ampliar networking, para expandir seu conhecimento, mas também suas referências na área.
Antigamente, as carreiras eram como um mapa estático. Hoje, porém, elas se parecem com um navegador em tempo real, que nos faz ouvir um “recalculando” algumas vezes.
Ou seja, conforme os mercados evoluíram, as carreiras se tornaram mais dinâmicas. Precisamos então mudar de rota e descobrir novos caminhos de forma muito mais ágil. E, para encarar este cenário, os profissionais precisam se desenvolver.
O desenvolvimento profissional cabe principalmente ao indivíduo. Afinal, só ele pode ser o arquiteto do seu próprio destino profissional.
Ao longo do tempo, é comum surgirem dúvidas como: “Será que vale a pena investir nesta formação?”; ou “Devo ficar onde estou ou tentar algo novo?”. A verdade é que não existe uma resposta única para nenhuma dessas perguntas.
A resposta ideal só poderá ser dada pelo próprio profissional. Afinal, só ele sabe da posição na qual ele se encontra hoje e aonde ele precisa chegar. Aí, sim, ele poderá investir em seu desenvolvimento profissional.
Ou seja, para se desenvolver profissionalmente de maneira estratégica, é preciso saber onde está e aonde quer chegar.
Algumas organizações, é claro, podem oferecer programas e recursos para auxiliar nessa jornada. No entanto, o profissional é quem deve estar à frente do próprio desenvolvimento, para absorver novos conhecimentos e habilidades.
Algumas habilidades são importantes para o desenvolvimento profissional. A primeira a ser destacada é a adaptabilidade. Ser adaptável é estar atento.
Uma boa forma de ilustrar isso é justamente uma frase do famoso cartunista (e ilustrador!) Scott Adams, que diz: “você pode ser o melhor em uma única coisa ou estar entre os melhores em duas ou mais”.
O profissional adaptável se destaca não necessariamente por ser aquele com maior conhecimento técnico. Nem o maior especialista do país. Muito menos aquele com mais tempo de experiência.
O sucesso do desenvolvimento profissional pode vir por diferentes caminhos, sobretudo por meio da combinação de habilidades, e não de ser o melhor em apenas uma delas.
Para isso, também é preciso ser flexível. Ser capaz de identificar as mudanças e se ajustar a elas favorece o desenvolvimento de carreira.
Portanto, outra habilidade importante para o desenvolvimento profissional é o autoconhecimento. Para reconhecer os próprios talentos, pontos fortes e pontos a serem desenvolvidos, é preciso ser capaz de olhar para si.
Mas, além de saber ler a si mesmo, o desenvolvimento profissional demanda capacidade de leitura do cenário à sua volta. Em um mundo inundado de informações, ser capaz de analisar criticamente e tomar decisões também é uma habilidade valiosa.
Por fim, vem a habilidade de aprender continuamente. No mundo em rápida evolução, aqueles que estão dispostos a se comprometer com o lifelong learning são os que prosperam.
Seja através de cursos formais, workshops, leituras ou experiências práticas, estar sempre pronto para adquirir novos conhecimentos e habilidades é o que nos mantém à frente da curva.
Um plano de desenvolvimento profissional é um modelo no qual o profissional descreverá suas metas e objetivos. A partir deles, definirá atividades específicas que precisará executar para alcançar essas metas e atingir os objetivos, avançando na carreira.
Já o plano de desenvolvimento individual (PDI) é uma ferramenta para identificar metas específicas e individuais e definir como alcançá-las. Tais metas não necessariamente precisam ser ligadas à carreira, inclusive.
Estes são alguns passos que podem ajudar a criar um plano de desenvolvimento profissional:
Muita gente cai nessa armadilha: tem uma pilha de artigos e livros para ler; uma lista de cursos para fazer. Então, investe mais tempo organizando o que vai fazer do que efetivamente fazendo. Lembre-se: execução é fundamental.
Tendo isso definido, analise:
Ao focar no desenvolvimento profissional, os colaboradores adquirem habilidades técnicas, comportamentais e interpessoais. Isso os torna mais adaptáveis e, portanto, mais interessantes para um mercado de trabalho tão dinâmico como o atual.
O desenvolvimento profissional permite que os colaboradores se mantenham atualizados em sua área de atuação, tornando-os mais competitivos. Sobretudo atualmente, as organizações valorizam colaboradores que demonstram esse tipo de comprometimento.
Ao incrementar suas habilidades, o profissional aumenta sua eficiência, produtividade e capacidade de resolução de problemas. O que pode resultar em um desempenho superior e, por consequência, aumentar sua empregabilidade.
Além disso, participar de eventos de desenvolvimento profissional, workshops e treinamentos oferece oportunidades para os colaboradores expandirem seu networking.
Essa estratégia pode ser de grande ajuda para encontrar novas oportunidades de emprego no futuro.
Em resumo, o desenvolvimento profissional não só melhora as habilidades e o desempenho do colaborador em seu emprego atual. Ele também aumenta a empregabilidade, tornando-o mais atraente para oportunidades de carreira.
O RH pode fornecer oportunidades de desenvolvimento profissional de qualidade indo além do treinamento de habilidades técnicas (hard skills).
Embora elas sejam valiosas, são apenas parte de uma boa caixa de ferramentas profissional. Em um mercado que exige tanta adaptabilidade, os profissionais precisam estar munidos de boas people skills — habilidades interpessoais — para se destacar.
A especialista em desenvolvimento de carreira Rebecca Fraser-Thill aponta que os profissionais tendem a reclamar da necessidade de habilidades interpessoais. Afinal, segundo ela, os seres humanos se recusam a estagnar.
Em um artigo publicado na Forbes, Fraser-Thill cita aquelas que são mais mencionadas entre os profissionais que ela atende:
Fraser-Thill defende que essas habilidades são essenciais para promoção, satisfação e senso de significado no trabalho.
Acrescento ainda que são justamente essas habilidades, intrinsecamente humanas, que nos diferem das máquinas e nos tornam insubstituíveis.
Além disso, os empregadores precisam transcender uma abordagem passiva e padronizada para a aprendizagem. Vale transcender as tradicionais aulas e treinamentos.
Modelos de aprendizado em grupo e programas de mentoria são particularmente atrativos como possíveis programas de desenvolvimento profissional.
No entanto, seja qual for a abordagem escolhida, ter conversas abertas sobre o que está funcionando ou não é fundamental para identificar e atender às necessidades dos colaboradores.
Não há como projetar um desenvolvimento profissional e treinamento genuinamente eficazes sem ouvi-los diretamente.
Além disso, uma das preocupações mais comuns entre os profissionais é a falta de oportunidades de desenvolvimento profissional. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo think tank The Conference Board, com mais de 1.200 trabalhadores.
Dentre os entrevistados, 58% afirmaram que deixariam sua empresa se não tivessem oportunidades de desenvolvimento profissional.
O RH pode conduzir pesquisas e avaliações para identificar lacunas de habilidades e áreas de desenvolvimento para os colaboradores. Com base nas necessidades identificadas, pode oferecer programas de desenvolvimento profissional.
Também pode coordenar programas de mentoria e coaching para ajudar os colaboradores a desenvolver habilidades específicas. Assim, poderá ajudar a atender às necessidades específicas dos colaboradores e, também, as da organização.
O setor de recursos humanos ainda pode recomendar recursos educacionais externos, como cursos, programas de certificação e workshops.
Mas há uma alternativa ainda melhor. A organização pode fazer parcerias com as instituições que fornecem essas formações, para que elas sejam mais acessíveis aos profissionais.
O RH pode ser um grande aliado na promoção de uma cultura de aprendizado contínuo. Por meio dessa área, a empresa pode demonstrar que valoriza e incentiva o desenvolvimento profissional dos colaboradores.
Empregadores que incentivam os funcionários a buscar oportunidades de desenvolvimento profissional estimulam a satisfação no trabalho. Isso, por sua vez, está ligado a maior produtividade.
É o que mostra um artigo publicado pela Harvard Division of Continuing Education. Além disso, o artigo aponta alguns benefícios que o desenvolvimento profissional fornece como retorno para as organizações:
O desenvolvimento profissional pode ajudar a reforçar a confiança dos colaboradores na organização. Essa confiança, por sua vez, pode se traduzir em maior satisfação no trabalho, desempenho do funcionário, produtividade e moral geral.
Investir em programas de treinamento de desenvolvimento profissional mostra aos funcionários que a empresa está interessada em promover seu avanço.
Pode ser desafiador encontrar e reter funcionários talentosos. Oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional pode ajudar os empregadores a preencher vagas abertas, atraindo e retendo funcionários qualificados.
Num estudo recente realizado pela Supply Gem, 74% dos entrevistados reclamaram da falta de oportunidades de desenvolvimento profissional. Eles afirmaram que essa falta por parte das empresas os impede de alcançar seu pleno potencial.
Além disso, 94% afirmaram que permaneceriam por mais tempo em uma empresa se ela investisse no desenvolvimento profissional dos colaboradores.
O desenvolvimento profissional contínuo pode prevenir potenciais estagnações ao investir na melhoria das habilidades dos funcionários. Afinal, as tendências se modificam rapidamente hoje, e é preciso se manter atualizado.
Um programa de educação corporativa é essencial para promover o desenvolvimento profissional nesse sentido. Só assim é possível assegurar que a organização esteja capacitada para enfrentar os desafios em constante evolução do mercado.
Para implementar um programa de educação corporativa eficaz, as organizações podem seguir estas etapas:
Investir no desenvolvimento profissional é uma estratégia importante, isso está claro. No entanto, é fundamental que fique claro que esse desenvolvimento deve estar, sobretudo, nas mãos do próprio profissional.
Mas o desenvolvimento dos colaboradores também é fundamental para o sucesso a longo prazo de qualquer organização. Portanto, gestores e líderes de recursos humanos podem desempenhar um papel vital nesse processo.
Os representantes das organizações podem atuar como catalisadores para criar uma cultura de aprendizado e desenvolvimento. Desse modo, poderá motivar, inspirar e capacitar os colaboradores a atingir seu pleno potencial.
Ao se concentrar no desenvolvimento profissional, as empresas não apenas fortalecem suas equipes. Elas também se posicionam de forma mais competitiva em um mercado cada vez mais exigente.
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