Gestão financeira: tudo o que você precisa saber e fazer

Gestão financeira: tudo o que você precisa saber e fazer

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A gestão financeira de um negócio pode dar medo em muitos empreendedores, principalmente os que não tem experiência na área. No entanto, não tem como escapar: ela é uma das áreas mais relevantes de uma empresa e é de grande importância que se tenha uma boa noção do que ela é e como aplicá-la. Para ajudar, desenvolvemos esse artigo super completo sobre as principais questões do assunto.

 

O que é gestão financeira e por que fazer?

Gestão financeira é a função administrativa de uma empresa responsável por cuidar dos seus recursos, elaborando planejamentos e estratégias de como melhor utilizá-los – e multiplicá-los. Ela é uma das partes mais importantes de um negócio, uma vez que todas as áreas dependem dela de alguma forma, especialmente se precisam de um orçamento específico.

Em resumo, a gestão financeira está sempre de olho nos gastos e ganhos da empresa para evitar que ela entre no vermelho e acumule dívidas ou não consiga se bancar. Exatamente por causa disso, ela está sempre preocupada em fazer investimentos que resultem em um bom retorno para o negócio ou em estratégias  para lucrar mais.

Essa área abrange diversas funções, como planejamento financeiro, análise dos resultados, controle de fluxo de caixa, captação de recursos, gestão de cobranças, análise de investimentos, controle de contas a receber e a pagar, entre outros.

Se realizada de uma forma descuidada, a gestão financeira pode ser responsável por refletir uma realidade distorcida e gerar prejuízos para a empresa ou, no pior cenário, levá-la à falência.

 

Para que serve a gestão financeira? 

 

Fazer a gestão financeira de sua empresa é essencial para manter o equilíbrio de suas contas, garantindo um retorno positivo sobre os seus gastos.

Muitas empresas – principalmente PMEs e Startups – acabam sofrendo da má (ou ausente) gestão financeira, operando no negativo.

Aliás, 48% das empresas brasileiras acabam fechando as portas até o seu terceiro ano de operação decorrente da má gestão financeira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É claro que não se pode generalizar pois as empresas podem acabar falindo por diversos outros fatores que não estão sob seu controle.

No entanto, sabe-se que a má gestão é a principal causa para o encerramento delas no Brasil.

Como evitar esse cenário? Construindo uma sólida gestão financeira.

E é justamente isso que queremos te ensinar neste artigo! Continue lendo!

 

Por que a gestão financeira é importante?

 

A gestão financeira é muito importante para um negócio, já que suas ações impactam diretamente toda a sua estrutura. Afinal, ela deve ser levada em consideração no planejamento da empresa como um todo por gerenciar o capital e, consequentemente, definir o quanto deve ser destinado para o que.

Por causa disso, a gestão financeira tem um caráter restritivo e limitador, muitas vezes sendo a única responsável por barrar um projeto ou investimento. Apesar disso poder ser visto de forma negativa, especialmente pelos que foram barrados, é graças a essas ações que uma empresa se mantém saudável e lucrativa.

É por isso que a importância da gestão financeira se deve muito à forma com que ela é feita, o que consiste em um trabalho altamente estratégico e de acordo com o planejamento. Caso contrário, ela pode estar sujeita a gastos excessivos e descontrole do fluxo de caixa e do capital de giro, por exemplo, entrando em um cenário que talvez não tenha volta. Para evitar esse cenário, a organização deve contar com quatro passos principais, que são: planejamento financeiro, acompanhamento, controle e análise.

 

Planejamento financeiro

 

Todo planejamento envolve estudar a situação atual de um negócio, assim como entender onde se quer chegar, as oportunidades para isso, as estratégias que guiarão o caminho e as métricas e metas que ajudarão a avaliar se ele está valendo a pena.

Em termos de planejamento financeiro especificamente, pode-se dizer que é muito parecido, mas o que deve ser olhado são ações e iniciativas específicas. Por exemplo, é preciso acompanhar a análise da situação financeira, entender quais os investimentos que fazem mais sentido no momento, estabelecer metas de lucratividade assim como seus prazos e mais. Para dar conta de todas as etapas, geralmente é feito planejamentos estratégicos, táticos e operacionais.

 

Planejamento estratégico financeiro

 

No planejamento estratégico da gestão financeira, deve-se olhar para o longo prazo, o que deve ser acima de cinco anos. Como é importante entender que muitas coisas podem mudar ao longo do caminho, incluindo até o rumo da empresa, ele deve ser menos detalhado e mais flexível. Aqui pode ser estimado o tamanho que a empresa alcançará nesse período, seus possíveis gastos e o quanto precisará lucrar para se manter.

 

Planejamento tático financeiro

 

O planejamento tático financeiro fica no meio do caminho, focando no médio prazo, ou seja, de um a cinco anos. Por ser mais próximo da realidade atual, ele já pode contar com mais detalhes e desenvolver melhor as estratégias estabelecidas. Em outras palavras, o planejamento tático já é capaz de mapear as principais ações que serão tomadas pela empresa ao longo desse tempo, assim como os caminhos a serem seguidos para alcançar os objetivos. Aqui a gestão financeira teria uma visão muito mais clara de como deve estar o controle financeiro, entrando em alguns detalhes como fluxo de caixa, investimentos, entre outros.

 

Planejamento operacional financeiro

 

Por fim, vem o planejamento operacional financeiro, o que conta com mais detalhamento, uma vez que abrange um período de até um ano. Ele praticamente consiste de ações e estratégias que devem ser tomadas tanto no dia a dia como nos meses seguintes para não só manter a empresa saudável como também lucrativa. Nele, podem ser envolvidos inclusive outras áreas da empresa para realizar o controle de projetos também.

 

Acompanhamento dos processos

 

Nada é posto em prática de forma correta sem um acompanhamento. Seja um profissional no papel de liderança ou o próprio empreendedor, a gestão financeira também precisa contar com alguém que fique de olho nos processos e aponte o caminho a ser seguido. Isso significa realizar cobranças e supervisionar tudo o que é feito, evitando que a área se perca e prejudique a estrutura da empresa.

 

Controle das estratégias e metas

 

O controle da gestão financeira está muito ligado ao acompanhamento, mas acaba sendo mais específico. Enquanto acompanhar abrange entender se a área está funcionando como um todo e na direção correta; realizar o controle dela é olhar mais a fundo. Nele, é preciso ficar muito atento aos resultados que são gerados e se eles estão indo de acordo com o planejado nas estratégias. Todas as métricas importantes precisam passar pelo controle constante, talvez até diário. Ao longo desse processo é muito comum fazer a análise.

 

Análise dos resultados

 

A análise dos resultados é uma parte de grande importância para qualquer estratégia e a gestão financeira não é diferente. Para poder ser feita, é imprescindível que lá no planejamento as principais métricas já tenham sido definidas. Afinal, é a partir delas que poderá ser avaliado o caminhar do negócio, ou seja, se ele está seguindo como planejado ou se está diferente, exigindo uma análise ainda mais intensa para entender se há outras estratégias mais indicadas.

Aqui não há motivo para pavor: são nessas análises que muitas informações são descobertas, podendo trazer muitos benefícios para o negócio em questão. Um exemplo disso é perceber que há um gargalo no fluxo de caixa e, a partir de então, investir em formas de resolver essa situação e ter resultados melhores no futuro.

 

Se você está gostando desse conteúdo, confira também nossos guias completos sobre Gestão de Pessoas; Burocracia nas Empresas; Inovação; Marketing e Vendas; e Gestão de Processos.

 

Quais as funções de uma gestão financeira

Uma das áreas mais importantes de uma empresa, a gestão financeira é composta por diversas funções. Elas são as grandes responsáveis por manter a saúde financeira do negócio, abrangendo todas as tarefas cotidianas. Essas tarefas geralmente são distribuídas pela equipe focada na área ou, principalmente se o empreendimento estiver muito no começo, ficam concentradas nas mãos do empreendedor.

Confira abaixo as principais funções de uma gestão financeira:

 

Planejamento financeiro

 

Como mencionado na importância de uma gestão financeira, o planejamento financeiro é um dos principais passos para a sua realização. É por meio dele que serão definidas as metas e objetivos da empresa, assim como onde ela pode chegar e os melhores caminhos para tal.

Por isso, o planejamento financeiro é elaborado próximo e por vezes até junto ao planejamento estratégico. Isso acontece porque tanto o financeiro pode obrigar as estratégias a mudarem, como o seu planejamento também depende inteiramente do que está sendo desenvolvido, sendo o orçamento em caixa um dos maiores fatores a serem considerados.

Em outras palavras, cada passo pensado e dado pelo negócio deve considerar quais serão os gastos e a lucratividade da empresa para entender se ela continua a se sustentar ou se corre o risco de quebrar. É aqui que, junto com a estratégia, entra também a parte analítica, responsável por acompanhar e entender se os resultados gerados são positivos para os negócios ou se precisam de mudanças. Se o último for o caso, o ideal é voltar ao planejamento estratégico e procurar novas linhas de atuação.

 

Aplicação do capital

 

Outra das funções de uma gestão financeira é exatamente entender para onde vai o dinheiro, também conhecido com o aplicação de recursos financeiros. Assim como no planejamento financeiro há a elaboração de estratégias para o negócio, na aplicação há um mapeamento dos gastos que serão necessários para o futuro da empresa no geral ou para projetos pontuais.

Essa função é uma das mais básicas exatamente porque para se ter um negócio é preciso gastar e, na maioria das vezes, é preciso fazê-lo antes de receber. Tanto na compra de material com fornecedores até mesmo na abertura de uma empresa, há investimentos que precisam ser feitos, por menores que sejam. O que difere uma boa gestão financeira de uma ruim nesse caso é exatamente o cuidado de mapear e planejar bem a sua aplicação.

Geralmente, a aplicação de capital é distribuída entre equipamentos (móveis e outros materiais), gestão de pessoas (desde processo seletivo até estratégias de retenção de funcionários) e iniciativas ligadas à gestão do negócio no geral. No entanto, um fator importante é entender que exatamente por influenciar tantas esferas diferentes da empresa, é necessário estabelecer prioridades antes de determinar para onde vai o que. Essas prioridades poderão depender do momento da empresa, por exemplo, se ela estiver precisando de mais talentos, mais recursos para processos seletivos e por aí vai.

 

Controle do fluxo de caixa

 

O fluxo de caixa é exatamente a parte responsável por registrar a entrada e a saída de capital na gestão financeira de uma empresa. Pode parecer algo básico, mas fazê-lo com cuidado é de extrema importância, afinal ele será o primeiro a apontar se a saúde financeira não está bem ou se a empresa está em crescimento acelerado.

No caso, um fluxo de caixa negativo é sinal de gastos maiores que ganhos e em um cenário normal isso é um sinal de alerta. Ao mesmo tempo, há também casos de negócios que optam por um crescimento acelerado e se planejam para um período em que a saúde financeira ficará no vermelho. Outro cuidado que se deve ter é com situações em que o resultado do faturamento é negativo mas o fluxo de caixa está positivo, dando uma falsa sensação de que está indo tudo bem. Isso pode acontecer se nesse período, apesar de ter poucas vendas por exemplo, a empresa recebeu um alto investimento.

Além disso, o fluxo de caixa é muito usado como forma de prever os gastos e lucros dos próximos meses, o que ajuda lá no planejamento financeiro. Dentro desse planejamento pode entrar inclusive as contas a receber e a pagar, valores que podem ser fixos ou variáveis, que fazem parte do futuro próximo da empresa e que, portanto, devem ser considerados ao organizar a gestão financeira.

Por poder servir como um indicador de quão bem a empresa está, é recomendado que o fluxo de caixa seja feito sempre que possível, de preferência diariamente, e não só ao final do mês, quando as contas já fecharam. Mas não se deve esquecer de olhar para todo o fluxo e não só para se ele foi positivo ou negativo para não cair em pegadinhas!

 

Análise de investimentos

 

Toda empresa precisa de investimentos e aqui estamos falando de valores que a empresa como um todo pode precisar e não da aplicação de capital para projetos, que já foi abordada. Investimentos para manter o negócio em pé podem ser necessários ao longo de toda a sua jornada: ao abrir, ao escalar, ao enfrentar uma crise e por aí vai.

O ideal é que a empresa consiga fazer um planejamento em relação a esses grandes investimentos, inclusive para entender a melhor forma de consegui-los. Se ela tiver planos de escalar, o que na maioria das vezes envolve um valor considerável, é importante mapear vários fatores. Alguns deles são o prazo para esse crescimento, assim como média de valor e o tempo que o negócio precisaria para voltar a lucrar novamente e se manter sozinho.

Geralmente, as soluções mais comuns são resgatar de uma reserva de capital da empresa, contratar um empréstimo ou ir atrás de investidores que podem ter interesse em investir. Por exemplo, no caso do empréstimo, é preciso levar em consideração os juros e se a empresa conseguirá pagar as parcelas depois.

Por fim mas não menos importante, a análise de investimento tem que levar em consideração o retorno que o negócio receberá. Em outras palavras, o quão eficaz aquele investimento é para a empresa e se vale a pena repeti-lo ou se é melhor pará-lo o quanto antes.

 

Como fazer o planejamento de uma gestão financeira: passo a passo

 

O planejamento de uma gestão financeira é por meio de onde ela conseguirá ter mais previsibilidade e também definirá as melhores rotas e estratégias para alcançar seus objetivos. Fazê-lo, portanto, é um parte bem importante da área.

Existem inúmeras formas de fazer um planejamento de uma gestão financeira e uma delas é por meio do Ciclo PDCA, que nada mais é do que uma série de etapas que sempre se repetem na mesma ordem. Essas etapas são:

  • Plan ou, em portugês, Planejar: consiste no momento de definir metas;
  • Do ou, em portugês, Fazer: treinar, executar e coletar dados;
  • Check ou, em portugês, Checar: checar metas em relação a resultados;
  • Action ou, em portugês, Ação: ação, prevenção e melhorias.

Confira com mais detalhes como funciona esse planejamento e os detalhes de cada etapa:

 

Planejar: definir metas e estratégias

 

Esse momento do planejamento de uma gestão financeira é bem inicial, portanto, é aqui onde os objetivos, antes de qualquer coisa, devem ser traçados. Para isso, é importante pensar em qual seria o próximo passo para o negócio, as possibilidades são inúmeras… pode-se querer expandir o negócio, conquistar um novo público-alvo, mudar de nicho, entre vários outros. Lembre-se que ao tomar a decisão é preciso avaliar o momento atual da empresa e o que ela precisa mais. Por exemplo, se ela estiver perdendo público, talvez seja mais urgente mudar o nicho ou focar em conquistar outros clientes.

Os objetivos não precisam ser super específicos, pois eles servirão de base para o próximo passo: elaborar as metas. As metas de um negócio são definidas a partir da realidade atual dele e de onde ele precisa estar em um determinado período de tempo. Elas também precisam se basear em indicadores ou métricas do negócio e serem bem detalhadas para não perderem sua validade.

Para ficar mais claro, vamos aos exemplos. Decidir que em três meses o negócio deve crescer não é uma meta, porque não é algo tangível ou desafiador. Afinal, o crescimento é de tamanho, de faturamento, de público? Além disso, se for de faturamento, um real a mais já pode ser considerado um crescimento, não sendo nada difícil de alcançar. Já se for definido que em três meses o faturamento da empresa deve crescer 10%, podemos dizer que é uma meta: há um prazo, é específico e promove um crescimento claro.

Depois, vem o momento de definir as estratégias para poder alcançar essas metas. Aqui depende muito de cada meta e de cada situação. No entanto, é importante ter em mente que essas estratégias devem ser flexíveis caso não deem o resultado esperado e precisem ser reformuladas ao longo do caminho.

 

Fazer: aplicar as estratégias

 

Aplicar as estratégias de uma gestão financeira não é tarefa simples, muito menos fácil. Por isso, é importante saber que os responsáveis por elas entendem do assunto e não cometerão erros. Tanto se essa equipe for formada por profissionais especializados como se for somente o empreendedor à frente do negócio, é bom começar com treinamentos e qualificação dos envolvidos. Ou seja, se for necessário usar softwares para fazer os controles ou se houver algum passo a passo que deve ser seguido, tenha certeza que todos na linha de frente saibam como fazer.

Aqui é bom não deixar de lado outro detalhe: a gestão financeira não é uma parte isolada da empresa, pelo contrário, ela lida com toda a estrutura e permeia diversas áreas diferentes. Por exemplo: para a fabricação de mais produtos, é preciso que o orçamento para a compra de matéria-prima seja liberada e se isso não estiver bem ajustado, poderá influenciar toda a cadeia de produção e consequentemente o fluxo de caixa. Por isso, para as estratégias serem aplicadas de forma correta é preciso se certificar que todas as áreas estão com uma boa comunicação e entrosamento.

Por fim, além de entender se todos os profissionais estão exercendo bem as próprias funções, também é preciso ver se os números que estão sendo coletados estão de acordo com a previsão original. No começo é muito provável que eles ainda estejam em desacordo, algo que tende a melhorar conforme a prática do ciclo e o conhecimento do negócio vai se aprofundando.

 

Checar: avaliar os resultados

 

Com os resultados sendo recolhidos, é hora de analisá-los e entender o que eles estão revelando sobre o planejamento de uma gestão financeira. Isso pode e até deve ser feito simultaneamente à aplicação de estratégias, ou seja, assim que os primeiros dados comecem a aparecer, já é bom passá-los por uma leitura detalhada. Nesse momento, o principal é entender se eles estão alinhados com o planejado ou se deram muito diferente do esperado (tanto para o bem como para o mal) e o porquê.

Por exemplo, se o faturamento foi abaixo do esperado, o que pode ter dado errado? Há algumas possibilidades, como: a comunicação estava clara? O preço estava muito elevado? O interesse deles mudou? Os concorrentes estão com ofertas mais interessantes? Há outra tendência no mercado?

Para ajudar a solucionar essas questões, é preciso analisar diferentes dados de diferentes áreas. Só assim será possível chegar a uma conclusão mais certeira e entender qual o cenário e quais as possibilidades.

 

Ação: por em prática as mudanças

 

Diferente do fazer, a ação do ciclo se baseia muito mais em aplicar algo aprimorado, agindo a favor do aperfeiçoamento do processo. Essa etapa acontece depois da avaliação dos resultados, quando algumas melhorias ficam mais claras e é preciso entender qual o caminho a ser tomado.

Se no caso de um faturamento abaixo do esperado for avaliado que a causa é uma nova tendência de mercado, é importante entender qual é ela e quais os impactos para o negócio. Ela é fácil de aplicar? A empresa está disposta a investir nisso? Essas e mais questões devem ser consideradas para definir qual será o caminho a ser seguido.

Uma vez decidido, o ciclo da gestão financeira volta para o começo e é novamente hora de planejar, definir novas metas e estratégias para os novos objetivos que surgiram.

 

Tudo sobre como ter uma gestão financeira eficaz para o seu negócio

 

Saber o que é uma gestão financeira, suas funções e como planejá-la são passos importantes. No entanto, colocá-la em prática também exige muito do empreendedor e da equipe à frente do desafio. Se ela não estiver bem feita, pode não ser tão eficaz e fazer com que um problema pequeno escale e vire uma bola de neve. É por isso que para auxiliar nessa tarefa, trouxemos algumas dicas sobre como ter uma gestão financeira eficaz! Confira:

 

Mapear gastos

 

Entender os gastos da empresa não é importante somente por uma questão de saúde financeira e controle de fluxo de caixa. Além de ser essencial para essas previsões, também é uma forma de identificar se o capital do negócio está indo para despesas que não estão dando o devido retorno ou até se está sendo desperdiçada de alguma forma.

No caso, conforme uma empresa cresce é comum que com o grande volume de responsabilidades alguns erros passem batido. Um deles pode ser ter um gasto que não é mais necessário, com uma assinatura de um software que não é mais usado, por exemplo, algo que pode passar batido se não houver um mapeamento detalhado de todos os custos.

É indicado que nesse mapeamento conste a divisão da empresa em centros de custo, os custos com depreciações, provisionamentos e grupos de despesas e seus valores.

 

Planejar a gestão financeira

 

O planejamento de uma gestão financeira é uma das partes responsáveis pela eficácia da área exatamente por estruturar todas as suas ações. É nessa etapa que são traçados objetivos, metas e estratégias que guiarão o caminho a ser seguido pelo negócio para obter sucesso. Mas não só.

Para chegar às metas e até às mudanças de estratégia – algo comum da etapa – o planejamento conta com muita análise: do cenário atual, de dados passados e atuais, de metas que não foram atingidas, de informações de outras áreas influenciam a gestão financeira, entre outros. É a partir dessas avaliações que os planos são traçados e até reformulados, com base no diagnóstico dos dados obtidos.

 

Acompanhar o fluxo de caixa

 

Quando o assunto é gestão financeira eficaz, o fluxo de caixa é um dos assuntos que mais aparece. Apesar de ser uma ferramenta muito simples, nada mais do que um balanço entre ganhos e custos, ela é uma excelente aliada para entender como está a saúde financeira da empresa como também para prevê-la. Enquanto no cotidiano seu uso baseia-se na movimentação diária, na previsão são usadas projeções baseadas em meses anteriores.

No entanto, para ser eficaz, é importante que o fluxo de caixa seja detalhado, sem deixar passar nenhum gasto ou ganho. Afinal, é a partir dele que muitas decisões são feitas e para isso é essencial que os responsáveis tenham uma visão real e global da situação. Além disso, é recomendado adotar algum tipo de padronização no cadastramento do fluxo para evitar que informações se percam.

 

Fazer controles recorrentes

 

Tema que já apareceu no mapeamento de gastos, no planejamento financeiro e no acompanhamento de fluxo de caixa, o controle recorrente dos dados é de extrema importância para uma gestão financeira eficaz. No entanto, apesar de já ter sido mencionado, ainda não abordamos como fazê-lo.

Na realidade, não há uma fórmula única para isso. Há profissionais que fazem o acompanhamento em planilhas de forma manual, outros que optam por aplicativos de gestão financeira e até os que fazem à mão, apesar de não ser muito recomendado. Independente de como forem feitos, é preciso frisar a importância de ter um padrão para não prejudicar esse controle de alguma forma. Depois, a partir deles é muito comum que sejam elaborados relatórios e demonstrativos a partir deles, por exemplo.

Acontece que um controle não é só sobre verificação de dados, mas também sobre periodicidade. Afinal, para controlar a situação da empresa é preciso visitar essas informações constantemente. Só com esse olhar de perto é possível entender as mudanças tanto positivas como negativas assim como identificar logo no começo alguma tendência. Por exemplo: se as vendas estão bombando e o faturamento está baixo, a margem de lucro pode precisar ser reajustada e o ideal é que isso seja visto rápido, caso contrário, o negócio pode não conseguir se pagar mais e entrar no vermelho.

Para entender a periodicidade que cada informação da gestão financeira deve ser checada, confira os exemplos:

  • Para controlar todo dia: fluxo de caixa, controle de contas a pagar e a receber, balancete de verificação, entre outros.
  • Para controlar toda semana: verificação de estoque, caixa e contas;
  • Para controlar todo mês e todo ano: balanço patrimonial e demonstração de resultados dos exercícios (DRE).

Automatização de processos

 

Tudo o que falamos até agora envolve muitas informações sobre gestão financeira e diga-se de passagem que não são exatamente simples. Assim como o conteúdo, seu controle e armazenamento também devem ser criteriosos e de preferência seguir algum tipo de padrão, que pode variar de empresa para empresa. Hoje, no entanto, é quase impensável fazer todo esse acompanhamento sem tecnologias que possam ajudar a torná-lo mais eficaz.

Os riscos de não contar com programas especializados ou formas de automatizar processos da gestão financeira são muito grandes. É possível que dados sejam perdidos ou cadastrados de forma errada, o que pode ter consequências catastróficas para o negócio. Vale lembrar que nesse caso quanto maior a empresa, maiores as chances.

Além dos cuidados com as informações, a automatização também conta com a vantagem de liberar profissionais que gastavam parte da rotina dedicando-se a um trabalho puramente repetitivos. Deixando para programas e aplicativos realizarem essa parte, esses colaboradores podem se dedicar a tarefas mais estratégicas para a empresa.

Por fim, não é possível deixar de lado o aumento da eficiência financeira da empresa com a adoção da automatização. Afinal, com a diminuição de erros possíveis gastos desnecessários chegam ao fim e, junto a eles, são necessários menos profissionais nessas posições. Em outras palavras, a tendência é que o negócio fique cada vez mais enxuto e eficiente, gastando bem menos do que antes.

 

Quais são as consequências de uma má gestão financeira?

 

Uma má gestão financeira pode render prejuízos financeiros enormes à sua empresa.

Como já abordamos anteriormente, quando feita de forma descuidada, a má gestão poderá levar uma empresa à falência e, consequentemente, ao seu fechamento.

E infelizmente, essa é uma realidade dura no Brasil, dado que das empresas criadas em 2012, cerca de 40% fecharam as portas, segundo o IBGE.

Mas quais são os erros mais comuns que levaram empreendedores ao caminho do fechamento? Separamos os principais para que você fique atendo em sua empresa.

Gestão financeira: os principais erros e como evitar

 

Errar é humano, mas é preciso admitir que evitar passar dor de cabeça é a melhor opção. Com gestão financeira é bem parecido: é muito comum cometer erros, mas se puder evitá-los, será possível se poupar de muitos problemas que podem escalar rapidamente. Para ajudar nisso, reunimos os principais erros cometidos na gestão financeira de uma empresa e como evitá-los ao longo da jornada empreendedora. Confira:

 

Não separar contas e despesas pessoais das empresariais

 

Pode até ser básico demais, mas por ser um erro muito comum não poderia ficar de fora da lista. Acontece que muitos empreendedores, ainda mais no começo do negócio, optam por utilizar uma conta só para os gastos pessoais e o caixa da empresa. Ao fazer isso, as consequências podem ser catastróficas, pois os valores podem se misturar e a gestão financeira fica impossibilitada, o que pode por todo o negócio em risco.

Por isso, é recomendado ter uma conta empresarial onde todos os gastos e ganhos da empresa possam se concentrar, assim como contar com um cartão de crédito corporativo. Lembre-se que tudo que for relacionado ao trabalho deve ser descontado dele. Além de ser uma ótima forma de ajudar a gestão financeira do negócio, também ajuda na hora de fazer o imposto de renda, que fica bem mais simplificado de fazer.

 

Não anotar todos os gastos e ganhos

 

Às vezes um gasto pode parecer pequeno demais para acrescentar ao controle de entradas e saídas de recursos… mas acredite: não é. É imprescindível anotar toda movimentação do caixa da empresa, nem que seja somente um cafézinho. Isso, porque esses pequenos gastos somados podem resultar em um montante expressivo e acabar comprometendo a gestão financeira.

Dessa forma, ter um registro detalhado da entrada e saída de capital ajuda a entender como ele está sendo utilizado e até se existem gastos desnecessários. No caso, se há cafézinhos ou almoços corporativos demais pode ser uma prática que precise ser cortada, talvez sendo necessário apostar em reuniões mais simples ou até videoconferências.

 

Não usar ferramentas de gestão financeira

 

Aqui é importante comentar sobre as ferramentas de gestão financeira que ajudam a manter tudo em ordem. Uma delas é o próprio fluxo de caixa, que por apresentar um acompanhamento diário da entrada e saída de dinheiro é um verdadeiro diferencial para a tomada de decisão. Sem ela, por exemplo, não seria possível saber como está a saúde financeira da empresa, ou seja, se ela está no vermelho ou não.

Ao mesmo tempo, há também os programas de gestão financeira, que automatizam algumas boas práticas da área. No começo de um negócio eles podem ser algo opcional, mas conforme ele vai crescendo é cada vez mais imperativo que contrate programas para auxiliar a área. Isso, porque a quantidade de dados é grande e se a empresa está prosperando, ela só vai aumentar. Em outras palavras, manter o controle e fazer o cadastro de todos eles é muito arriscado, sendo muito suscetível a erros.

É aqui que entram inúmeros programas focados em oferecer soluções práticas e automatizadas de gestão financeira. Alguns deles, por exemplo, contam com sistemas integrados e inteligentes que podem controlar as entradas e saídas, assim como as contas a pagar e a receber, entre outros. Independente do tipo de solução escolhida, é importante que ela facilite esse controle e minimize as chances de riscos.

 

Não definir metas e não acompanhá-las

 

Em termos de negócio, as metas são como uma bússola para o negócio, o guiando para alcançar os seus objetivos. Dessa forma, não ter metas por si só já é um erro, uma vez que a empresa pode ficar completamente estagnada e até perder clientela com isso. Aqui é importante frisar que por mais que um negócio não tenha planos de expansão, os objetivos e metas podem ser focados em trazer melhorias para ele, mantendo-o competitivo e importante no mercado.

Outro perigo com as metas é fazê-las muito vagas, sem delimitar um prazo para serem alcançadas ou definir um grau de dificuldade. Por exemplo, em um semestre a empresa deve crescer 20% em vendas online é uma boa meta, pois conta com um prazo e uma linha de chegada muito clara.

Por fim, não adianta ter uma bússola, só olhar para ela uma vez antes de começar o trajeto e depois esquecer da sua existência. É preciso sempre checar para ver se você continua no caminho certo e acontece exatamente o mesmo com os indicadores definidos para alcançar as metas. Eles servem principalmente para mostrar se o negócio está indo em direção às metas ou não e para poder identificar essa situação o ideal é acompanhá-los sempre.

 

Não fazer previsões para a gestão financeira

 

Em uma gestão financeira, é importante acompanhar o dia a dia dos gastos e ganhos do negócio, mas não se resume a isso. Pelo contrário, é a partir do planejamento e do controle desses dados que é possível ir além e prever como poderão ser os próximos meses para o negócio.

No caso, as previsões financeiras nunca acertarão em cheio, principalmente porque imprevistos acontecem e muitos deles podem ser impossíveis de rastrear. Ao mesmo tempo, ela poderá dar uma boa estimativa do que esperar e, assim, preparar o negócio da melhor forma. Por exemplo, se a empresa decide escalar, é preciso realizar uma previsão de quanto investimento será necessário, por quanto tempo e quando, mais ou menos, a empresa poderia se sustentar sozinha novamente. Sem esse planejamento, uma escalada seria feita completamente no escuro, o que é altamente arriscado.

 

Não ter processos organizacionais

 

Como já mencionado, é de extrema importância que a gestão financeira siga processos e métodos. Não só isso é necessário para manter o controle organizado, como também porque dificilmente só uma pessoa é responsável pela área, pelo contrário. Geralmente um time inteiro cuida da gestão financeira e se não houver processos com regras e uma organização bem definida, é possível que as informações fiquem bagunçadas e se percam, o que traria um grande prejuízo para o negócio.

Não analisar seu desempenho periódico

É muito importante que haja um acompanhamento recorrente de seus indicadores financeiros.

Mais importante ainda é fazer uma retrospectiva periódica, e comparar seus números atuais com o histórico de sua empresa.

É necessário ter uma comparação mensal, semestral e anual.

Dessa forma, pode-se evitar má escolhas e padrões de gastos que não resultaram no retorno esperado.

 

Desconsiderar Capital de Giro

 

O capital de giro é a diferença entre os recursos disponíveis em seu caixa e as contas a pagar.

Portanto,  desconsiderar essa diferença pode fazer com que sua empresa fique facilmente no negativo ao acumular mais dívidas do que consegue pagar.

Para que você sempre tenha um capital de giro positivo, busque fazer negociações condizentes com a realidade de seu negócio.

Essa realidade, você e/ou seu gestor financeiro, deve ter um controle e conhecimento sobre para que, então, possa tomar decisões estratégicas.

 

O que faz uma pessoa formada em Gestão Financeira?

 

O profissional formado em gestão financeira é responsável por acompanhar os resultados e métricas financeiras de uma empresa.

Entre esses resultados e métricas estão: gastos, lucro, investimento, contas a pagar, contas a receber, folha de pagamento, entre outros.

Quanto tempo dura o curso de Gestão Financeira?

No Brasil, o curso de Gestão Financeira é um tecnólogo e, portanto, tem duração de 2 anos.

 

Qual o salário de um gestor financeiro?

Segundo o Portal Vagas, um gestor financeiro no Brasil ganha em média R$ 3.260. No entanto, claro, essa remuneração varia muito de acordo com a empresa.

Ainda segundo portal, é comum que em início de carreira, o gestor financeiro comece ganhando em torno de R$ 2.000 e chegue a R$ 5.100.

É importante notar que também existe o chamado Chief Financial Officer, que exerce o cargo equivalente ao de um diretor financeiro.

Ainda de acordo com o portal Vagas, a média salarial de um CFO é de R$ 25.900 no Brasil.

 

Livros de Gestão Financeira

A área de gestão financeira requer que você esteja continuamente atualizado.

Portanto, caso você tenha interesse em se aprofundar na área, separamos alguns livros que podem te interessar:

 

  1. A Arte da Guerra – Sun Tzu
  2. Saia da Crise – W. Edwards Deming
  3. A vantagem competitiva das nações — Michael Porter
  4. Pai rico, pai pobre — Robert T. Kiyosaki
  5. Princípios da administração financeira — Lawrence J. Gitman

 

Gestão financeira: a estrutura indispensável de um negócio

A gestão financeira é parte indispensável de um negócio, pois como vimos na sua ausência não é possível mantê-lo.

Neste artigo, passamos pelos principais pilares da gestão financeira: da teoria às melhores práticas ao que evitar no momento de gerir as finanças de seu negócio.

É preciso muito planejamento, controle e estratégia para fazer com que essa estrutura seja eficaz e sem erros.

Por isso, nunca abandone ou deixe de lado essa parte do seu negócio, pelo contrário: acompanhe sempre de perto para ter certeza que a saúde financeira dele estará de vento em popa.

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