Com a recente onda de empresas que mudaram a estrutura de trabalho de presencial para home office, um questionamento muito feito tanto por colaboradores quanto por gestores de benefícios é: faz sentido oferecer o benefício de vale refeição se os colaboradores não estão mais nos escritórios?
De 2020 para cá muitas empresas têm se questionado se ainda faz sentido um modelo presencial de trabalho. Essa, que já era uma tendência observada há anos, se tornou uma realidade devido à pandemia.
Com essa experimentação forçada pelas circunstâncias, algumas empresas têm testado manter sua forma de trabalho à distância ou híbrido.
Assim como as empresas precisaram se adaptar, os colaboradores também se ajustaram aos novos modelos de trabalho e, em sua maioria, gostaram de modelos de trabalho mais flexíveis. Criou-se então uma pressão, ou preferência, da mão de obra mais qualificada trabalhar no modelo híbrido ou à distância.
Partindo deste contexto, atualmente as empresas têm se questionado sobre a permanência de modelos à distância ou o retorno presencial ao trabalho. Essa é uma decisão importante para a gestão de benefícios.
Eventualmente, caso a empresa ainda esteja testando modelos, não faz sentido repensar toda a estrutura de benefícios aos colaboradores, já que essas mudanças são delicadas e precisam de uma gestão de pessoas cuidadosa.
Um dos benefícios mais questionados no caso de empresas que adotaram em definitivo o modelo de trabalho home office, é o vale refeição. Isso porque, a princípio, ele é um benefício ligado a utilização em restaurantes e lanchonetes, o que faz muito sentido quando o trabalhador precisa se deslocar até o ambiente de trabalho.
Mas a partir do momento que os colaboradores não fazem mais esse deslocamento, e passam a trabalhar à distância, esse benefício pode ser pensado como dispensável, porque eles passariam a comer em sua residência. Só que não é tão simples assim. É importante refletir sobre alguns aspectos:
Não é porque o colaborador não precisa ir a um escritório que ele necessariamente trabalha de casa ou tem por hábito cozinhar nos dias de semana. Em muitos casos, profissionais optam por trabalhar em coworking ou salas comerciais para ter uma boa estrutura física. Ou ainda tem a opção de morar em locais sem acesso à cozinha, como hotéis, por exemplo.
Dessa forma, o benefício de vale refeição segue sendo muito vantajoso para esses colaboradores.
Uma boa prática é fazer uma pesquisa sobre a relevância que o vale refeição tem na rotina do colaborador. Em alguns casos pode ser interessante fazer uma troca para um benefício como o vale alimentação, por exemplo, mas antes de começar qualquer trâmite é importante ouvir o colaborador.
Uma opção que vale a pena ser analisada é a adoção de benefícios que ofereçam flexibilidade, ao mesmo tempo que atendem aos critérios do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).
Neste artigo você pode conhecer opções flexíveis oferecidas pela Ticket.
Entender quais são as convenções coletivas e acordos individuais vigentes e que englobam os benefícios de auxílio alimentação, como o vale refeição e vale alimentação é fundamental para qualquer tomada de decisão.
Na prática, as empresas têm mantido benefício de vale refeição, mesmo no caso de trabalho 100% remoto. A decisão vai além de uma estratégia pontual da área que cuida de benefícios, e passa pela estratégia de pessoas.
Segundo pesquisa da Robert Half, o vale refeição é o terceiro benefício mais desejado pelos colaboradores ao avaliar uma proposta de emprego, perdendo apenas para o vale alimentação e convênio médico.
Então, a decisão de manter o vale refeição, mesmo quando o colaborador já não precisa se deslocar para o trabalho, é estratégica. Com o aumento na competição por talentos no mercado de trabalho, ter benefícios desejados é essencial.
Uma empresa que hoje oferece trabalho remoto, que é altamente desejado por colaboradores somado a bons benefícios, se destaca na busca por novos talentos.
Para manter essa competitividade é importante que os valores do Vale Refeição e Vale Alimentação estejam atualizados. Para saber qual o valor médio utilizado em cada região do Brasil, acesso a pesquisa +Valor.
Embora o modelo de trabalho à distância seja uma novidade em grande parte das empresas e exista essa dúvida em relação ao vale refeição, deixar de oferecer esse benefício é um risco à competitividade da empresa como marca empregadora, além de gerar impactos negativos no engajamento.
Dessa forma, mudar esse benefício é uma exceção para ser analisada em casos muito específicos, somente depois de uma consolidação do modelo de trabalho home office na organização.
Se você gostou deste tema, também poderá se interessar neste artigo: Como melhorar o engajamento home office com o cartão vale alimentação
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