Orçamento, encargos trabalhistas, ferramentas de gestão: dicas para planejar seu RH

Budget de RH: 7 dicas para fazer o planejamento

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Costumeiramente no último trimestre, o setor de Recursos Humanos das empresas deve fazer seu planejamento orçamentário para o próximo ano. Porém, o orçamento de RH é especialmente complexo, demandando mais tempo e detalhes, porque envolvem questões de salários, reajustes, encargos trabalhistas, treinamentos e capacitações e uma reavaliação da sua gestão de benefícios.

O orçamento é uma tarefa fundamental para a gestão eficiente de qualquer setor pois, a partir do momento em que os elementos do planejamento financeiro são identificados, é possível projetar os recursos e as ações da empresa para atingir as metas estabelecidas.

Tendo isso claro, fica mais fácil adotar estratégias no decorrer do ano para não ultrapassar o limite do saudável, caso alguma coisa ocorra diferente do que foi planejado. Além disso, planejar o orçamento é importante para reduzir custos, otimizar processos, aumentar a produtividade e ter um maior retorno sobre os investimentos da empresa.

 

Atenção aos encargos trabalhistas: as obrigatoriedades da lei

Logo depois dos salários, os encargos trabalhistas são as despesas mais significativas que devem ser consideradas no planejamento do orçamento de Recursos Humanos. Os encargos são previstos na legislação e na convenção dos sindicatos.

São benefícios, garantidos por lei, pagos ao trabalhador pela empresa. O valor dos encargos depende do regime tributário da empresa. A alíquota mais baixa é das empresas enquadradas no Simples Nacional.

Nessa situação, a organização deve desembolsar, no mínimo, 33,77% do valor do salário bruto do colaborador para o pagamento de encargos. Já uma empresa enquadrada no Lucro real ou Presumido, pode ter que pagar até 96,75% do salário bruto do colaborador para o pagamento de encargos.

A reforma trabalhista de 2017 trouxe algumas flexibilizações, mas os empregadores ainda têm que cumprir uma série de exigências. Caso contrário, podem ter que arcar com multas, prejudicando as finanças do negócio.

 

Quais são os principais encargos trabalhistas?

 

13º salário

 

Corresponde a um salário adicional, pago em duas parcelas nos dois últimos meses do ano. Se você trabalhou ao longo do ano inteiro, você ganha um salário cheio a mais. Se você não completou esse período, você recebe o valor proporcional aos meses trabalhados.

 

Férias

 

A cada 12 meses trabalhados, você tem, por lei, o direito de tirar 30 dias de férias remuneradas. Além do pagamento integral, você recebe um adicional equivalente a 1/3 do valor de seu salário.

 

Vale-transporte

 

Aqui é o custo necessário para você chegar no seu trabalho, mas o custo é dividido entre você e o seu empregador. Para isso, é descontado 6% do seu salário bruto, e o valor restante é custeado pela empresa.

 

Adicional de remuneração

 

O adicional de remuneração é uma porcentagem paga além do salário para profissões consideradas perigosas. Essa porcentagem varia de 5% a 40%.

 

Ausência remunerada

 

Ausência remunerada garante que você receba sem descontos em caso de faltas excepcionais como doar sangue, ser mesário, falecimento de algum parente, casamento.

 

Licenças

 

As licenças mais comuns, que você pode tirar por um tempo determinado e continuar sendo remunerado, são a de maternidade, paternidade e o afastamento para tratamento de saúde.

 

Rescisão contratual

 

Você tem que ser avisado com, no mínimo, 30 dias de antecedência quando a empresa for rescindir o seu contrato. Por parte de lá, ela deve pagar no primeiro dia útil, após o seu último dia trabalhado, o seu saldo de salário (correspondente aos dias trabalhados no mês); o 13º salário proporcional aos meses trabalhados; as férias vencidas e proporcionais; adicional de 1/3 sobre férias; multa no valor correspondente a 40% do saldo do FGTS (indenização por tempo de serviço); e o próprio FGTS.

 

Como a empresa pode reduzir seus custos de encargos trabalhistas?

 

Independentemente do porte da empresa, os encargos sociais e trabalhistas incidentes sobre quem gera empregos no Brasil costumam ser proibitivos. Mas, apesar das amarras da legislação trabalhista, é possível adotar algumas práticas para reduzir um pouco o peso destes encargos.

O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), por exemplo, tem por objetivo aprimorar a condição nutricional dos trabalhadores, melhorando sua saúde e prevenindo doenças do trabalho. Para estimular a adesão das empresas, o PAT permite que elas deduzam até 4% do seu Imposto de Renda por conta das despesas com alimentação dos próprios trabalhadores. Aderir é fácil: é só contratar uma empresa de gestão de benefícios que te ofereça produtos cadastrados no PAT, como o Ticket Restaurante ou Ticket Alimentação.

Além disso, sua empresa pode economizar com a isenção de encargos sociais (INSS e FGTS) sobre o valor da parcela paga em forma de benefício, além de descontar até 20% do valor total do benefício concedido ao colaborador.

 

Planejando o orçamento do Recursos Humanos

O RH é o setor responsável pela gestão do capital humano da corporação: recrutamento e seleção, contratação, salários, benefícios corporativos, e planos de carreira. Mas sua tarefa não acaba aí. O setor de recursos humanos é o coração da empresa.

O trabalho impacta diretamente nas políticas de atração e retenção de talentos, na motivação dos colaboradores, na formação de equipes e qualificação do time. Portanto, a gestão do orçamento deste setor é algo que se deve ter em atenção.

Por isso, trouxemos dicas para facilitar esse planejamento na sua empresa, de maneira organizada e eficaz.

 

Alinhamento com o planejamento estratégico geral da empresa

 

Antes de mais nada, o departamento de RH deve estar alinhado com o planejamento estratégico da empresa. Nesse sentido, é importante entender se o foco de crescimento para o próximo ano será baseado em performance ou em expansão. 

A partir disso, é possível saber se o investimento do RH deve ser mais aplicado no recrutamento e seleção ou em treinamentos e premiações dos colaboradores, por exemplo. 

Outra dica para uma boa gestão do orçamento de Recursos Humanos é analisar as questões que envolvem outros departamentos e descobrir o que pode ser feito em conjunto, no sentido de projetar estratégias que possam otimizar os recursos sempre que possível. 

 

Planejamento de expansão

 

Depois de tudo alinhado e de ter considerado as despesas fixas no orçamento, já é possível traçar os objetivos de acordo com a perspectiva de crescimento da empresa: quantos funcionários serão contratados? Com quais cargos, salários e benefícios? Quais funcionários serão promovidos e quais serão desligados? Tenho que me preocupar com as variáveis das questões de encargos trabalhistas?

Caso tenha dúvidas neste aspecto, os especialistas na área recomendam a seguinte fórmula:

  • Os 10% de destaque devem receber promoções;
  • Os 10% menos expressivos devem ser demitidos;

Dos 80% restantes, deve-se dividir em dois grupos. Os 40% menos expressivos devem receber treinamentos. Com essas informações, você pode incluir no planejamento do orçamento de Recursos Humanos o investimento necessário para recrutamentos, contratações, treinamentos e demissões.

 

Acompanhamento com base em dados

 

Identifique quais são os pontos a melhorar e entenda se seu setor consegue ter boas métricas de acompanhamento de metas, que são os chamadas KPI´s (Key Performance Indicator, ou, em tradução livre, Indicador Chave de Performance). Isso é muito importante para o trabalho de gestão de Recursos Humanos. Alguns indicadores ou KPI´s para se prestar atenção são:

  • Headcount: quantos colaboradores a empresa possui?
  • Índice de turnover: como é a rotatividade de colaboradores? Há muitas contratações e demissões?
  • índice de satisfação dos colaboradores: o quão engajadas as equipes estão?
  • Investimentos em treinamentos: os colaboradores da sua empresa são referência em suas áreas de atuação?
  • Gastos com folha de pagamento: o quão saudável está sua folha de pagamentos?

Planejamento com reservas e considerando reajustes

 

Outra dica válida na hora de planejar o orçamento de Recursos Humanos é considerar um valor de reserva. É preciso ter em caixa orçamento suficiente para pagamento de rescisões contratuais não planejadas e para o pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR), caso esse benefício faça parte da política da empresa.

Além disso, o RH deve levar em consideração os valores de reajustes anuais, como do dissídio coletivo, o aumento de valores relativos aos benefícios, como transporte, alimentação e planos de saúde, e todos os outros encargos trabalhistas, por exemplo.

 

Uso de ferramentas de gestão de Recursos Humanos

 

Uma dica valiosa para fazer a gestão de Recursos Humanos de maneira eficiente, e ainda facilitar o planejamento do orçamento, é usar ferramentas terceirizadas. Por isso, é importante que o profissional de RH esteja atualizado em relação aos lançamentos de ferramentas e tecnologias voltadas ao departamento de Recursos Humanos que possam otimizar suas operações.

Empresas que fornecem serviços de gestão de folha de pagamentos e de benefícios corporativos são muito úteis em qualquer departamento de Recursos Humanos. Elas podem ajudar a aumentar o desempenho e a produtividade da equipe de RH, além de reduzir custos de administração interna.

A Ticket, por exemplo, fornece diversas soluções de gestão de benefícios para funcionários – como o Ticket Transporte, Ticket Restaurante, Ticket Alimentação, Ticket Cultura, entre outros. Com os produtos Ticket, seu departamento de RH consegue economizar no orçamento e fazer o controle dos benefícios para os colaboradores de maneira prática e fácil.

 

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Dicas para não estourar o orçamento

Além de todas as dicas sobre como fazer a gestão de Recursos Humanos, existem outras maneiras inteligentes de evitar atingir o limite do orçamento antes do final do ano fiscal.

Uma delas é sugerindo estratégias de diminuição de gastos internos, como os de materiais de escritório e insumos. Diversas empresas adotam políticas de incentivo ao uso de canecas personalizadas, com objetivo de substituir o uso dos copos plásticos pelos colaboradores. Isso serve tanto para reduzir gastos na compra dos materiais, quanto para minimizar o impacto ambiental causado pelo descarte de plástico.

Outra dica importante que pode ajudar muito na manutenção de um orçamento de RH saudável é adotar técnicas para manter os colaboradores motivados. Isso pode, entre outras coisas, evitar gastos com desligamentos e rescisões.

A motivação pode ser alcançada com um bom plano de cargos e salários e com a oferta de um pacote de benefícios atraente. Lembre-se: não existe retorno sem investimentos, por isso, para economizar no futuro, é preciso dedicação agora.

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