Liderança transacional: entenda o que é, características e como funciona

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Introdução

Os líderes são fundamentais para o bom andamento da empresa, já que são os primeiros a organizar demandas, definir estratégias e supervisionar atividades. E dentre os tipos de gestão, temos a liderança transacional, que é mais conservadora.

Como o próprio nome indica, esse tipo de direção se baseia em uma transação, um intercâmbio, uma troca, onde os liderados são premiados e recebem recompensas pelo seu esforço e bom desempenho.

Se você quer saber mais sobre esse modelo de gestão, neste artigo, vamos mostrar o que é a liderança mais tradicional, quais as suas vantagens e suas diferenças em relação ao modelo transformacional. Boa leitura!

 

O que é a liderança transacional?

A liderança transacional possui um estilo mais conservador, ainda é muito adotado em grandes empresas e se caracteriza pela figura do chefe que tem como função cobrar a produtividade e o alcance das metas por parte da equipe.

Por isso, podemos dizer que esse modelo prioriza o reconhecimento e desempenho alcançado, de acordo com o esforço, a obediência e o resultado entregue pelos funcionários. Ou seja, é uma relação de troca entre líder e liderado, daí o nome: transacional.

Caso sejam alcançados os objetivos e as metas, o líder define as recompensas para os liderados. Esse tipo de líder vai trabalhar estabelecendo acordos para o cumprimento das tarefas, especificando qual a recompensa caso o resultado seja alcançado.

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Para alguns estudiosos, como Bass e Avolio (2004), esse tipo de liderança, independente da transformacional, é pré-requisito para empresas que querem ter liderança eficaz, pois promove maior desempenho por parte dos funcionários.

Esse tipo de liderança envolve um compromisso “follow the rules” (seguir as regras) e esses líderes se preocupam mais em manter a estabilidade do que promover mudanças.

Muitas vezes, é chamada também de liderança autoritária e serve para articular e estabelecer posições definidas pelo líder. Eles dão menor suporte a mudanças intencionais e prezam pelas posições corretas de cada um.

As características do modelo de liderança transacional incluem:

• direcionamento claro;
• controle de descuidos;
• procura pela certeza e estabilidade;
• tratamento justo entre os liderados.

Neste caso, se o líder percebe que houve um benefício, como a melhoria na qualidade do trabalho ou na performance da produtividade, ele vai promover uma recompensa, como o aumento salarial, que denota a natureza dessa liderança.

Dessa forma, esse modelo tem como chave a troca entre líder e liderado, de modo que ambos se influenciam de uma forma para receber algo de valor em troca. Dessa forma, se tornam dependentes e as contribuições dos dois lados são recompensadas.

O relacionamento é visto como uma série de trocas racionais que capacita os dois lados para alcançar suas metas, de modo que o líder transacional não usará a sua influência para motivar a equipe e nem estará aberto às ideias de inovação, por exemplo.

Essas trocas recebem o nome de recompensas contingentes, e um exemplo, é quando o chefe elogia imediatamente o funcionário após uma meta batida, um trabalho concluído com sucesso ou promove uma recompensa em dinheiro.

Como esse estilo de liderança se baseia em objetivos que são combinados previamente entre ambas as partes, temos grupos e equipes que são capazes de atingir os níveis de performance esperados.

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Quais as características da liderança transacional?

 

Como vimos, a liderança transacional é baseada na imposição e no sistema de recompensas e punições, conforme o desempenho do colaborador. Entre outras características deste sistema de gestão, podemos também citar:

• não lida bem com as mudanças: o objetivo desse tipo de liderança é manter a conformidade do processo, sem mudanças rápidas e bruscas;
• mantém as metas claras e bem definidas: o líder transacional deixa as metas e expectativas muito bem alinhadas com a equipe. Dessa forma, todos sabem o que é esperado e o que devem fazer. É um modelo mais engessado, menos flexível;
• aplica punições quando o desempenho é menor do que o esperado e quando as metas não são atingidas: esse sistema é coercitivo e isso poderá custar, até mesmo, o emprego do funcionário;
• demonstra satisfação pelos funcionários por meio de recompensas: aqueles que têm boa performance e atingem as metas podem ganhar elogios e aumento na remuneração;
• não leva em consideração a automotivação dos funcionários: ou seja, acreditam que para deixar um funcionário engajado, são necessárias motivações externas, como incentivo financeiro, estrutura, instrução, para que ele consiga atingir as metas;
• não possui ambiente humanizado: prioriza valores como agilidade, rapidez e pressa. Aqui a gestão não é pautada nas relações;
• os líderes nesse modelo são corretivos: vão interferir apenas quando houver desvio dos padrões e das regras ou quando não os objetivos não forem alcançados;
• não estimula a mudança e o crescimento dos funcionários: a liderança é centralizadora, não abre espaço para compartilhar ideias, a cobrança é por resultados, tem cultura de feedback negativo e as necessidades dos liderados nao sao levadas em consideração;
• Pode levar a altas taxas de turnover e baixo desempenho: proporciona um baixo comprometimento por parte dos trabalhadores, que podem passar a encarar o local como meio de sobrevivência e, pode ficar desmotivado, o que influencia no desempenho.

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Quais as vantagens de uma gestão baseada em recompensas

 

Por ser um modelo de liderança mais rígido, pode ser que muitas pessoas achem que ele está descartado atualmente, mas sabemos que esse tipo de gestão pode trazer alguns tipos de benefícios, dependendo do modelo de negócios que a empresa adota. Entre elas:

• melhora na produtividade: os líderes transacionais são muito focados e direcionam suas ações para o cumprimento das metas. Isso favorece o aumento da produtividade, uma vez que fica mais claro para os funcionários o que se espera deles;
• aloca recursos de forma assertiva: é um ótimo meio para alocar recursos de forma segura para atingir as metas propostas;
• esse tipo de liderança possui um objetivo claro a ser alcançado: conseguem descrever com facilidade as atividades e sabem o caminho para atingir as metas;
• permite delegar tarefas facilmente: como possuem um plano muito claro e objetivo, fica mais fácil delegar as responsabilidades, o que gera mais eficiência no trabalho.

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Mas como todo modelo de gestão, a liderança transacional também tem as suas desvantagens, e entre elas, podemos citar:

• dependente das recompensas: o líder usa como motivação apenas ass recompensas e punições, por isso, ele fica limitado e acaba criando um clima de medo insegurança na equipe;
• menor envolvimento dos funcionários a longo prazo: isso acontece porque não há nenhuma motivação em relação ao crescimento profissional e desenvolvimento em outras áreas da empresa;
• o líder precisa ser bom nos seus relacionamentos: devido a atuação punitiva eles podem ter dificuldade em se adaptar as mudança e as circunstâncias não esperadas;
• ambiente muito hierárquico: com isso, as tomadas de decisão são sempre todas de cima para baixo e os funcionários geralmente não se envolvem, assim, o um ambiente possui baixa inovação e criatividade.

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Liderança Transacional X Liderança Transformacional

 

Além da liderança transacional, que tem como principal característica a manutenção do status quo, temos a liderança transformacional, que é justamente o oposto da primeira.

A liderança transformacional é também chamada de carismática e tem como característica motivar os funcionários, o que aumenta os ganhos organizacionais, como o aumento do desempenho.

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Os líderes transformacionais usam sua influência para inspirar os funcionários por meio do exemplo, são mais empáticos, se preocupam com os membros da equipe. Esse modelo é orientado para as pessoas e tem ênfase nas relações humanas.

Esse estilo de liderança juntamente com a comunicação possui uma influência positiva para promover a maior satisfação dos liderados, o que resulta em um aumento da produtividade, criatividade e gerenciamento do conhecimento.

Uma característica muito marcante dessa liderança é a sua capacidade de fazer com que outros queiram perseguir interesses compartilhados.

Esses líderes são capazes de promover uma mudança de consciência em seus seguidores acerca do que é importante e podem influenciar uma mudança dos liderados em relação aos desafios e oportunidades dentro da organização.

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Entre algumas das principais características desse tipo de liderança, podemos citar:

 

• seus líderes se comunicam de forma persuasiva e expressiva;
• assumem riscos, estimulam o crescimento da equipe e seu desenvolvimento intelectual e comunicam de forma clara suas expectativas e a da organização;
• conduzem mudanças no ambiente e se preocupam com os liderados, demonstrando empatia;
• é baseada nas boas relações e contribui para melhorar a produtividade, criatividade, gerenciamento do conhecimento e os liderados se sentem envolvidos no processo;
• orienta os funcionários de acordo com os objetivos do planejamento estratégico da organização, procurando sempre expressar os propósitos, missão e visão da empresa;
• O líder consegue usar sua influência através do exemplo para construir uma equipe que possui habilidade de comunicação. Estimula melhorias, criatividade, agilidade e o alcance de resultados;
• proporciona ações que favorecem a aprendizagem, compartilhamento, controle do conhecimento, relação baseada na ética, transparência e feedback construtivo;
• contribui para a satisfação dos níveis de desempenho, é efetiva e induz as empresas a alcançar os objetivos.

 

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O modelo de liderança transacional se importa apenas com as metas e o desempenho por parte dos colaboradores, sem olhar para o lado humano, das relações, e de criar um bom clima organizacional.

O modelo transformacional, por sua vez, procura criar um bom clima interno, estimular e escutar os colaboradores, o que demanda escutar os colaboradores, suas sugestões e ideias.

Para resumir as diferenças entre os sistemas, veja a tabela a seguir:

 

Liderança transacional	Liderança transformacional
Recompensa contingente: troca bom desempenho e cumprimento de metas por recompensas.	Carisma: quer ganhar respeito e confiança dos liderados e procura alinhar as ações com a missão da empresa.
Liderança pela exceção: procura pelos erros e desvios para tomar ações corretivas.	Liderança inspiracional: expressa altas expectativas, procura focalizar os esforços da equipe e criar objetivos mais simples.
Gestão passiva: realiza intervenção apenas quando as metas não são alcançadas e o desempenho não é bom.	Estimulação intelectual: cria um ambiente que estimula a solução de problemas de forma criativa.
Laissez-faire: procura se abster de responsabilidades e tomadas de decisões.	Atenção individualizada: trata cada funcionário de forma individual, desenvolve e dá conselhos.

 

Decidir entre as duas lideranças é uma decisão que requer avaliação dos empreendedores e gestores, para avaliar qual modelo é melhor para atender as necessidades da empresa e a realidade do grupo.

Por isso, é importante saber qual é o perfil dos funcionários da organização, quais os melhores estímulos e a melhor dinâmica para extrair os melhores resultados, treinando sempre a liderança, para atuar da melhor forma possível.

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Conclusão

 

Atualmente, a liderança transacional é um dos estilos mais frequentes nos negócios, principalmente nas indústrias. Ao longo do tempo, esse comportamento  de recompensa do líder foi usado para obter um bom desempenho dos funcionários.

Esse tipo de liderança realiza um monitoramento próximo dos desvios, problemas e erros para tomar ações que visam corrigir os problemas, procurando, até mesmo, se antecipar às ocorrências.

Por fim, podemos dizer que o modelo tem tendência a ser substituído pelo transformacional, que vem em um novo paradigma e se baseia no reconhecimento pessoal e no compromisso com os valores da empresa.

Essa forma de gestão, que prioriza as relações para obter resultados é mais benéfica e promove um ambiente mais inclusivo, estimula a criatividade e permite a inovação do negócio.

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